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segunda-feira, 1 de abril de 2013

É a ciência fonte de todos os males? (Parte 2)


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Algumas questões do senso-comum que propalam a negação da ciência:
A partir de perguntas que tenho recebido de meus leitores, seja por e-mail ou em fóruns, compilei esses questionamentos (que são os mais recorrentes) e estou postando na forma de artigos numa série que intitulei “A Negação da Ciência” e aqui vai a segunda parte:
3. A ciência perde sua credibilidade ano a ano. E só mesmo um grupo de nerdsfanáticos (que escrevem e/ou leem o Hypescience ou outro portal semelhante) é que tem coragem de defendê-la.
Conceituando a credibilidade como sendo “a característica de quem consegue ou conquista a confiança de alguém” a ciência tem credibilidade em função dos resultados de sua aplicação que é a tecnologia. Tal avaliação é fruto de várias pesquisas de opinião e se apoiam em fatos que são incontestáveis. Só para citar alguns poucos exemplos, basta observar os avanços significativos na ciência médica, na informática, nas tecnologias dos transportes e nas tecnologias da comunicação.
Mesmo com a campanha de marketing de alguns setores da sociedade norte americana que propalam o modismo da “negação da ciência”, tanto a ciência quanto a tecnologia seguem firmemente em seu papel revolucionário e garantidor da qualidade de vida e da sobrevivência de nossa espécie.
Tanto isso é verdade que o conjunto de melhorias que a tecnologia propiciou em nossa relação com os ambientes natural e social gerou dois grandes resultados: o aumento da esperança de vida e o aumento da população humana.
Hoje uma criança de um bairro pobre de Nova Déli vive mais que um rei do século XIX.
(Sonho com o dia em que não existam mais crianças pobres em parte algum do mundo!)
Todos os dias somos bombardeados com novidades em todas as áreas, principalmente nas ciências da saúde.

BOM DIA! FELIZ INICIO DE SEMANA!


A triste preguiça

O garoto era, decididamente, um preguiçoso! Todos sabiam disso mas ninguém atinava sobre a melhor forma de ajuda-lo a vencer essa preguiça. Seus irmãos acabavam sempre terminando as tarefas apenas começadas por ele ou simplesmente deixadas de lado, como acontecia muitas vezes.

Sempre que a mãe o incumbia de sair para lhe comprar alguma coisa urgente, ele dava um jeitinho ate conseguir passar a responsabilidade para outro. Não gostava de se levantar de manha e a mesa ele não tinha pressa de tomar a refeição, mesmo notando que já esperavam impacientes por ele.
E assim, dia após dia, o garoto ia ficando cada vez mais preguiçoso. Empurrava todas as suas obrigações para os irmãos e não se importava com coisa alguma boa ou má que fosse acontecendo ao seu redor. Certa tarde, tio Cornélio veio visita-los. Não custou muito para que ele percebesse que, enquanto as outras crianças trabalhavam, o menino só fazia de conta, ou nem isso se dava ao trabalho de fazer.

Pobre garoto, pensou o tio. Ninguém o suportará, se continuar assim. Preciso descobrir uma maneira de ajuda-lo! Depois de vários dias de observação continua o tio descobriu que uma das poucas coisas que o menino gostava de fazer era pescar. Então, discretamente, o tio falou perto dele como pessoalmente apreciava passeios, piqueniques e pescarias. O plano funcionou mais depressa do que se imaginava.

- Tio Cornélio, o senhor quer me levar para um dia inteirinho de pescaria? --pediu o menino ao entardecer de um certo dia.
- Bem, você não acha que os seus irmãos também gostariam de ir? Talvez a gente possa planejar o passeio e a pesca para o próximo sábado, lá no Lago dos Espelhos. Passaremos o dia todo por lá e retornaremos ao anoitecer. Os pais vibraram com a idéia e concordaram felizes!

- Mas muitas coisas deverão ser feitas antes do passeio - disse-lhes a mãe. - Eu farei a minha parte, providenciando um suculento e bem substancioso lanche, e cada um terá de fazer também a sua parte.
- Nos a ajudaremos naquilo que for necessário - propuseram os irmãos do nosso garoto, enquanto ele, silencioso, não se prontificou a ajudar em nada. Tio Cornélio, lá do seu canto, mantinha-se atento a cada detalhe.
Na sexta-feira a noite, as crianças, eufóricas e ansiosas, já não conseguiam mais esperar pela manha de sábado. O tio comunicou que partiriam muito de manha e que todos deveriam deixar suas roupas em condições de serem vestidas rapidamente. A essa altura o garoto foi dizendo:

- Procurem a minha roupa e coloquem de jeito pra eu vestir amanha.
- Nada disso, mocinho! Cada um terá de cuidar do que é seu. Essa é a minha condição; do contrario, não iremos - disse o tio com firmeza.
Na manha seguinte, todos pularam da cama e se arrumaram depressa, menos o menino, que nem se lembrou do passeio. Quando estava acordando ouviu a caminhonete já saindo. Era tarde demais...