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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A alteridade como desafio

Fotos: ShutterStock

Reconhecer o próximo é parte essencial para a própria percepção de si, já que o "eu" só existe no contato com o outro, em um processo em que cada um se torna interdependente

Desejos egoístas e a preocupação cada vez menor com o bem-estar alheio são marcas de nosso atual momento histórico, um dos mais complexos para as relações interpessoais. Isso tudo é fruto de uma época marcada pelo individualismo. Tais atitudes, que podemos até considerar banais, trazem consequências graves para a sociedade atual, e não é à toa que assistimos um alto grau de violência, desestruturação nas relações familiares e nas relações amorosas.

O culto ao “eu” é aparentemente positivo, pois é direito de cada um buscar sua própria felicidade. Apesar disso, levado às consequências últimas, como nos dia de hoje, faz que os seres humanos, que são destinados a viver em sociedade, afundem num individualismo desmedido e desregrado, solapando as bases das relações sociais. Os homens encontram-se, de uma maneira geral, cada vez mais embrutecidos diante dos dramas alheios, porque cada um aprendeu a cultuar seu próprio mundo, seu próprio ego. E nos esquecemos de que, para constituir nossa personalidade, precisamos de algum contato com os outros. Nosso modo de pensar, de agir e até de sentir, urge de nossas relações sociais.(...) segue

Fonte : Portal Ciência e Vida/Filosofia

2 comentários:

  1. Nada acontece por acaso, estamos todos interagindo dentro desse fantástico universo, nossas relações vem completar uma necessidade interior.

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  2. As pessoas hoje são individualistas ,mais do que egoistas.Acho que é um pouco para se protegerem também,até do preconceito .
    Fui criada de maneira bem humilde porque meus pais eram operarios e os dois trabalhavam para que tivéssemsos uma vida um pouco melhor.Não tinham sequer o primeiro grau completo mas nos ensinavam coisas sobre solidariedade que hoje nao vejo os pais mesmo com nivel Superior ensinar a seus filhos.
    Meu pai era um mineirão daqueles bem da roça mesmo,mas não sei como aprendeu tanta coisa boa para nos passar,inclusive ética ,hoje tão vilipendiada.
    Seu texto é muito atual e voce está certíssimo amigo.
    Abs
    Teca

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