
Os radicais livres são átomos com um elétron de carga negativa que reagem com outros átomos de carga positiva, causando danos às células do corpo — é o que os especialistas chamam de estresse oxidativo.
A produção de radicais livres é constante e faz parte do metabolismo, que utiliza o sistema de defesa do organismo para neutralizar a ação deletéria dos elétrons. O problema está no excesso de radicais livres no organismo, que pode levar a um colapso do funcionamento celular que resulta em baixa resistência imunológica e no processo degenerativo do corpo, promovendo o envelhecimento precoce das células.
Esse excesso pode ser causado por situações que levam ao desgaste físico como o uso de cigarro, a poluição, ingestão de álcool, altas temperaturas, umidade, atividade física intensa, além de estado emocional que provoca estresse.
Estratégias de defesa antioxidante foram desenvolvidas para as células lidarem com a toxicidade do oxigênio. Entretanto, quando a formação de radicais livres excede a capacidade antioxidante celular, ocorre uma condição denominada estresse oxidativo, ou seja, um desequilíbrio entre agentes oxidantes e antioxidantes, que pode ser bastante danoso às células — explica a nutricionista Emília Ishimoto, mestre e doutora em Saúde Pública, pela USP.
O estresse oxidativo tem sido associado com o desenvolvimento de diversos distúrbios e doenças degenerativas, como câncer, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças neurodegenerativas (Parkinson e Alzheimer), catarata, artrite e disfunções cognitivas.
O LDL-colesterol, por exemplo, pode ser 'atacado' por um radical livre, gerando óxidos de colesterol — este fenômeno contribui para o desenvolvimento de placas de ateroma, que evolui para a aterosclerose, uma das principais causas da doença isquêmica do coração — comenta Emília.
A especialista ressalta ainda que este efeito varia de pessoa para pessoa, dependendo da idade, da saúde do organismo, da qualidade de vida e dieta, ressalta a especialista.
A idade, inclusive é um fator agravante para a geração do estresse oxidativo já que o consumo de antioxidantes acima dos 60 anos, tende a diminuir devido a uma série de fatores inerentes ao envelhecimento, como redução da ingestão de alimentos e da capacidade de absorção pelo trato digestivo. Além disso, nesta fase, o organismo tende a reduzir a capacidade de prevenir e remover os produtos de oxidação e há maior possibilidade de geração de radicais livres.
Como minimizar esses estragos? Suprindo o organismo com vitaminas e minerais adequados para combatê-los, como as vitaminas A, C e E, que são antioxidantes. Atreladas ao zinco, as vitaminas fortalecem o sistema imunológico, auxiliando no combate a gripes, resfriados e outras infecções. Aliada à alimentação equilibrada, deve-se evitar radiação solar inadequada, não fumar, não beber em excesso e realizar exercícios físicos regularmente.
A suplementação de vitaminas e minerais pode ser uma estratégia a ser utilizada para complementar os nutrientes que a alimentação não conseguir suprir.
Frutas, verduras e legumes são as principais fontes destes nutrientes:
Beta caroteno (precursor da vitamina A): presente em alguns alimento como cenoura, abóbora, espinafre, melão, batata doce.
Vitamina A: encontrada no fígado, no leite, no queijo, no bacalhau.
Vitamina E: presente em óleos vegetais , nozes, castanhas e sementes.
Vitamina C: encontrada na acerola, kiwi, couve-manteiga, pimentão amarelo, limão, suco de laranja, brócolis e laranja.
Zinco: presente nas ostras, caranguejos, carne vermelha, aves (parte escura), leite e derivados, castanha de caju, amêndoas, amendoim, feijão.
Fonte: CLIC RBS
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