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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

As boas novas em células-tronco: Cirm, sistema imune e iPS
Postado no G1, por Alysson Muotri em 26 de Setembro de 2008 às 09:26

Na semana passada aconteceu o primeiro Congresso anual de cientistas que foram financiados pelo Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia (Cirm) (www.cirm.ca.gov). Para relembrar o leitor, o Cirm foi criado para administrar os 3 bilhões de dólares que os eleitores da Califórnia aprovaram para financiamento através da proposição 71. Todo esse dinheiro foi para a pesquisa em células-tronco (principalmente nas embrionárias humanas, não aprovadas pelo digníssimo presidente Bush) e com foco especial no desenvolvimento de novas terapias celulares. O Cirm é uma estratégia nova e corajosa em ciência, um experimento que nunca havia sido feito no mundo. Só o tempo vai revelar o impacto desse ensaio para a ciência mundial. (segue...) Fonte: G1.

Investigação revela que a dor é comum na Doença de Parkinson

Aproximadamente 70 por cento dos pacientes com Doença de Parkinson relataram a existência de dor, o que é significativamente mais elevado do que a frequência de dor em controlos saudáveis, segundo um breve relatório publicado na edição de Setembro da "Archives of Neurology".

De acordo com o Dr. Giovanni Defazio, da Universidade de Bari, na Itália, e colegas, os pacientes com Doença de Parkinson frequentemente apresentam queixas de sensações dolorosas, o que pode envolver partes do corpo afectadas ou não afectadas por distonia.

A distonia, típica da Doença de Parkinson, caracteriza-se pela paragem brusca do movimento no meio de uma acção, devido a contracções musculares involuntárias, lentas, repetitivas e sustentadas; também podem aparecer posições anormais, rotações e movimentos de torção do tronco, de todo o corpo ou somente de uma parte do mesmo. Estes movimentos são involuntários e podem ser dolorosos.

Fonte : + Farmacia.Com.PT
Descoberta forma mais segura de criar células-tronco
quinta-feira, 25 de setembro de 2008 - A replicação da técnica em humanos poderia trazer uma forma mais segura de testar terapias.
por MAGGIE FOX - REUTERS

WASHINGTON - Pesquisadores dos EUA desenvolveram uma forma mais segura de criar células-tronco a partir de células cutâneas comuns, dando um passo a mais na direção da chamada medicina regenerativa.

Em ratos, os cientistas usaram um vírus comum de resfriado para levar genes transformadores até células comuns, que então passaram a agir como células-tronco embrionárias.

A replicação dessa técnica em humanos poderia abrir as portas para uma forma mais segura de testar terapias celulares para tratar doenças como anemia das células ou o mal de Parkinson, segundo artigo publicado por Konrad Hochedlinger, do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola Médica de Harvard (Boston), na revista Science que circula na quinta-feira.

As células-tronco funcionam como "manuais de instrução" do organismo, dando origem a todos os órgãos e tecidos do corpo. As células-tronco embrionárias são consideradas mais eficazes porque podem se transformar em qualquer espécie de célula.

Mas obtê-las exige recorrer a um embrião ou à clonagem, o que desperta objeções éticas de muita gente. O governo dos EUA restringe verbas públicas para esse tipo de pesquisa.

Nos últimos meses, vários grupos de cientistas relataram a descoberta de diversos genes capazes de transformar células comuns em células-tronco pluripotentes induzidas (células iPS, segundo a sigla em inglês). Tais células-tronco se parecem com as células embrionárias e se comportam como tais.

Para levar os genes necessários até as células, é preciso usar retrovírus, que integram seu próprio material genético às células infectadas. Isso pode ser perigoso, causando tumores e eventualmente outros efeitos colaterais.

Mas a equipe de Hochedlinger usou um vírus muito menos nocivo, chamado adenovírus, para levar os genes transformadores Oct4, Sox2, Klf4 e c-Myc para células da pele de ratos e também de células do fígado de fetos de rato. Em ambos os casos, foram obtidas células iPS.

"O legal dos adenovírus em contraste com os retrovírus é que eles entregam proteínas dentro das células, mas jamais irão integrar seu DNA ao das células", disse Hochedlinger por telefone.

Quando as células se dividem, elas diluem o vírus até que este desapareça, enquanto as alterações genéticas prosseguem, segundo ele.

Para testar as células eles produziram quimeras, uma mistura de dois animais diferentes. Injetaram as células recém-produzidas em embriões de ratos, e os filhotes resultantes tinham claros sinais das transformações genéticas esperadas.

"Isso resulta nesse padrão listrado de pêlo marrom, que vem das células iPS, e do pêlo preto que vem do tecido do embrião hospedeiro", explicou o cientista.

Até agora, esses ratos quiméricos não desenvolveram tumores. "Já estamos no processo de tentar fazer células iPS sem integração nas células humanas. É um pouco mais complicado, porque a reprogramação humana demora um pouco mais do que a reprogramação em ratos."

Se isso funcionar, algum dia talvez os médicos possam produzir tecidos sob medida, desenvolvidos em laboratórios para serem transplantados para pacientes com doenças degenerativas. Fonte: Estadão.