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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CENTRO GENERAL ERNANI AYROSA EM ITAIPAVA

Dançando com Parkinson

Eu, que toda a minha vida abdiquei de mim, pelos outros, para ser feliz, só me basta ver o sorriso na cara daquele que eu me dipus a ajudar.

Não me lamento, por isso, eu sou assim, não sou melhor nem pior que qualquer um, só sei que um inglês impertinente entrou na minha vida, o que me deixou mais irritada, pois não o convidei.

Olá, eu sou a Olivia, tenho parkinson há seis anos, a minha reacção ao saber deste infortunio, não me desesperou, acho que já estava a contar, os outros é que não, principalmente quem eu mais queria, quem mais amo.

Danço folclore há muito anos e uma vez que entrei em palco, para dançar uma coisa simples e não consegui de maneira nenhuma entrar no ritmo, não sabia o porquê de tamanha descoordenação, assim como querer escrever e a minha caligarfia era muito esquisita, só depois de descobrir esta doença, é que soube a razão para tão mau estar. Por isso achei por bem dizê-lo aqueles que mais lidam comigo na minha vida social.

Tudo está gerido na minha cabeça para tentar continuar assim por muito tempo ainda, tenho pena que aquele que eu mais amo, não queira aproveitar como eu, aquilo que eu ainda sou.

Eu faço tudo para exercitar a minha memória, danço folclore, faço teatro, escrevo poesias, pensamentos, faço voluntariádo, para mexer, trabalhar a minha parte motora, apesar de ainda ter acrescido outras doenças; Hipotiroidismo e fibriomiolgias.

Mas eu costumo dizer que tenho um anjo ou vários que me seguram pela camisola e me puxam para cima, para que eu não caia num abismo, para que eu não me sinta só no meio da multidão, para que eu ainda seja válida, seja forte e consiga ainda pôr um sorriso no olhar do outro.

Quando falo com Deus, só lhe peço que nunca me deixe perder o meu sorriso também , pois não sei quem vai ter um sorriso para mim.

Está nas mãos de Deus, eu vivo um dia de cada vez.

Olivia Marinho

"BOM DIA MESMO DE ITAIPAVA"

A AMIZADE É IDENTIFICAÇÃO E DIFERENÇA

Hermann Hesse