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domingo, 29 de agosto de 2010

Os perigos do suplemento

O suplemento é uma BOMBA?

A análise de amostras de produtos muito utilizados para hipertrofi ar os resultados da musculação constatou a presença de anabolizantes na fórmula de 25% deles. E agora? Vamos entender direito essa história

O alerta partiu do renomado Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Lá, depois de receber inúmeras denúncias, uma equipe de pesquisadoras resolveu tirar a limpo a suspeita sobre suplementos vendidos a quem treina musculação. Foram analisados 111 produtos apreendidos em academias de ginástica paulistas pelo serviço de vigilância sanitária local. Ninguém divulgou as marcas, mas sabe-se que seis eram nacionais, dez eram fabricadas no exterior e 95 nem sequer apresentavam no rótulo o país de procedência.

O resultado da investigação foi bombástico: “Cerca de 25% dos suplementos tinham esteroides, substâncias derivadas do hormônio masculino e usadas para aumentar a massa muscular”, conta a farmacêutica Blanca Elena Ortega Markman, uma das pesquisadoras do Adolfo Lutz.

A desconfiança de que os suplementos alimentares podem conter substâncias prejudiciais não declaradas na embalagem vem de longa data. Outra pesquisa, esta realizada pelo Comitê Olímpico Internacional, o COI, em 2001, com marcas provenientes de 215 fabricantes de 31 países, revelou que, das 634 fórmulas avaliadas, 94 continham substâncias que não apareciam no rótulo e que dariam um resultado positivo no teste de dopping. “Nos últimos anos, muitas publicações internacionais vêm alertando sobre a presença de drogas de uso controlado, como estimulantes e anabolizantes, em produtos comercializados como simples suplementos nutricionais”, conta Blanca.

Como era de esperar, os resultados recentes obtidos no Adolfo Lutz levaram a polêmica, aquecida há tempos, a ponto de fervura. O nutrólogo Euclésio Bragança, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), saiu em defesa dos produtos nacionais. “As amostras contaminadas devem estar entre aquelas de procedência indefinida”, brada. “Os produtos vendidos em estabelecimentos sérios no Brasil têm registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e, por isso, passam por uma rígida avaliação”, garante Bragança. De fato, sem saber o nome das marcas, fica difícil ao consumidor separar o joio do trigo — ou melhor, suplemento de anabolizante.

Usar única e exclusivamente produtos com o aval da Anvisa é, sem a menor sombra de dúvida, a maneira segura de se esquivar da armadilha dos anabolizantes. E, claro, isso não significa que só porque os suplementos alimentares têm a aprovação dessa agência dá para tomá-los por conta própria. “É fundamental que sempre haja a indicação de um especialista, seja em medicina do esporte, em nutrologia, seja em nutrição”, afirma o cardiologista José Kawazoe Lazzoli, presidente eleito da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Até porque aqueles produtos sem anabolizantes também apresentam seus senões.

“Quem faz uso de suplementos à base de aminoácidos e proteínas precisa estar com os rins e o fígado trabalhando em perfeitas condições ou terá problemas nesses órgãos”, exemplifica Lazzoli. Pelo mesmo motivo, o acompanhamento é indispensável: até mesmo rins normais às vezes reagem mal se são obrigados a filtrar um excesso de moléculas proteicas. “Já os diabéticos precisam ser bem orientados em relação aos carboidratos”, complementa. A médica do esporte Renata Castro, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, complementa: “Há também o risco da hipervitaminose”. Em outras palavras, certas vitaminas além da conta causam intoxicações.

Malhação turbinada

Esqueça as propagandas enganosas. Ninguém vai ficar magro ou com músculos de mister Universo por causa de qualquer suplemento alimentar — sem os perigosos anabolizantes, bem entendido. Mas, bem indicados, ao fornecer determinados nutrientes, eles podem, sim, melhorar o desempenho de quem pratica atividade física. “Os produtos ricos em proteínas auxiliam no desenvolvimento muscular”, diz a nutricionista Mariana Del Bosco, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. “Já a reposição de carboidratos é fundamental antes e durante exercícios de longa duração”, acrescenta Lazzoli. É claro: nenhum suplemento substitui a boa alimentação. Aliás, alguns especialistas defendem a tese de que, quando o menu é equilibrado, esses produtos são totalmente desnecessários — pesando apenas no bolso e arriscando o bom funcionamento dos rins, por exemplo, à toa. “Eles só são recomendados quando há de fato uma deficiência na dieta diagnosticada por um especialista”, frisa Renata Castro, que também é da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

Fonte: Saúde Abril

POR DENTRO DO CÉREBRO…

O neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho conta os avanços nos tratamentos de doenças como o mal de Parkinson, e como evitar aneurisma e perda de memória.
E projeta, ainda, o futuro próximo, quando boa parte do sistema neurológico estará sob controle do homem.

Chegar à casa do neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, no alto da Gávea, no Rio de Jane iro, é uma emoção. A começar pela vista deslumbrante da cidade, passando pelos macacos que passeiam pelos galhos até avistar as orquídeas que caem em pencas das árvores, colorindo todo o jardim.
Cada uma dessas flores foi presente de um paciente do médico, que sua mulher, Isabel, replantou na parte externa da casa.
Ou seja: a competência desse médico, com 33 anos de profissão, que dedica sua vida à medicina com a paixão de um garoto, pode ser contada em flores. E são muitas.
Filho do lendário neurocirurgião Paulo Niemeyer, pioneiro da microneurocirurgia no Brasil, e sobrinho do arquiteto Oscar Niemeyer, Paulo escolheu a medicina ainda adolescente.

Aos 17 anos, entrou na Universidade Federal do Rio de Jane iro (UFRJ).
Quinze dias depois de formado, com 23 anos, mudou-se para a Inglaterra, onde foi estudar neurologia na Universidade de Londres.

De volta ao Brasil, fez doutorado na Escola Paulista de Medicina.
Ao todo, sua formação levou 20 anos de empenho absoluto. Mas a recompensa foi à altura. Apaixonado por seu ofício, Paulo chefia hoje os serviços de neurocirurgia da Santa Casa do Rio de Jane iro e da Clínica São Vicente, onde atende e opera de segunda a sábado, quando não há uma emergência no domingo, e ainda encontra tempo para dar aulas no curso de pós-graduação em neurocirurgia da PUC-Rio.
Por suas mãos já passaram o músico Herbert Vianna – de quem cuidou em 2001, depois do acidente de ultraleve em Mangaratiba, litoral do Rio -, o ator e diretor Paulo José, a atriz Malu Mader e, mais recentemente, o diretor de televisão Estevão Ciavatta – marido da atriz Regina Casé que, depois de um tombo do cavalo, recupera-se plenamente -, além de centenas de outros pacientes, muitos deles representados pelas belas flores que enchem de vida o seu jardim.

PODER: Seu pai também era neurocirurgião. Ele o influenciou?

PAULO NIEMEYER: Certamente. Acho que queria ser igual a ele, que era o meu ídolo.

PODER: Seu pai trabalhou até os 90 anos. A idade não é um complicador para um neurocirurgião? Ela não tira a destreza das mãos, numa área em que isso é crucial?

PN: A neurocirurgia é muito mais estratégia do que habilidade manual. Cada caso tem um planejamento específico e isso já é a metade do resultado. Você tem de ser um estrategista..

PODER: O que é essa inovação tecnológica que as pessoas estão chamando de marcapasso do cérebro?

PN: Tem uma área nova na neurocirurgia chamada neuromodulação, o que popularmente se chama de marcapasso, mas que nós chamamos de estimulação cerebral profunda. O estimulador fica embaixo da pele e são colocados eletrodos no cérebro, para estimular ou inibir o funcionamento de alguma área. Isso começou a ser utilizado para os pacientes de Parkinson. Quando a pessoa tem um tremor que não controla, você bota um eletrodo no ponto que o está provocando, inibe essa área e o tremor pára. Esse procedimento está sendo ampliado para outras doenças. Daqui a um ou dois anos, distúrbios alimentares como obesidade mórbida e anorexia nervosa vão ser tratados com um estimulador cerebral. Porque não são doenças do estômago, e sim da cabeça.

PODER: O que se conhece do cérebro humano?

PN: Hoje você tem os exames de ressonância magnética, em que consegue ver a ativação das áreas cerebrais, e cada vez mais o cérebro vem sendo desvendado.
Ainda há muito o que descobrir, mas, com essas técnicas de estimulação, você vai entendendo cada vez mais o funcionamento dessas áreas. O que ainda é um mistério é o psiquismo, que é muito mais complexo. Por quê um clone jamais será igual ao original?
Geneticamente será a mesma coisa, mas o comportamento depende muito da influência do meio e de outras causas que a gente nunca vai desvendar totalmente.

PODER: Existe uma discussão entre psicanalistas e psiquiatras, na qual os primeiros apostam na melhora por meio da investigação da subjetividade, e os últimos acreditam que boa parte dos problemas psíquicos se resolve com remédios. Qual é sua opinião?

PN: Há casos de depressão que são causados por tumores cerebrais: você opera e o doente fica bem. Há casos de depressão que são causados por deficiência química: você repõe a química que está faltando e a pessoa fica bem. Numa época em que se fazia psicocirurgia existiam doentes que ficavam trancados num quarto escuro e, quando faziam a cirurgia, se livravam da depressão e nunca mais tomavam remédio. E há os casos que são puramente psíquicos, emocionais, que não têm nenhuma indicação de tomar remédio.

PODER: Já existe alguma evolução na neurologia por causa das células-tronco?

PN: Muito pouco. O que acontece com as células-tronco é que você não sabe ainda como controlar. Por exemplo: o paciente tem um déficit motor, uma paralisia, então você injeta lá uma célula-tronco, mas não consegue ter certeza de que ela vai se transformar numa célula que faz o movimento. Ela pode se transformar em outra coisa, você não tem o controle ainda.

PODER: Existe alguma coisa que se possa fazer para o cérebro funcionar melhor?

PN: Você tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter motivação. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto.

PODER: Cabeça tem a ver com alma?

PN: Eu acho que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma. Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo.

PODER: O que se pode fazer para se prevenir de doenças neurológicas?

PN: Todo adulto deve incluir no check-up uma investigação cerebral.
Vou dar um exemplo: os aneurismas cerebrais têm uma mortalidade de 50% quando rompem, não importa o tratamento. Dos 50% que não morrem, 30% vão ter uma seqüela grave: ficar sem falar ou ter uma paralisia. Só 20% ficam bem. Agora, se você encontra o aneurisma num checkup, antes de ele sangrar, tem o risco do tratamento, que é de 2%, 3%. É uma doença muito grave, que pode ser prevenida com um check-up.

PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?

PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.

PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro?

PN: O exagero. Na bebida, nas drogas, na comida. O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra. É muito difícil um cérebro muito bem num corpo muito maltratado, e vice-versa.

PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?

PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que você vai entrar na célula, com partículas que carregam dentro delas um remédio que vai matar aquela célula doente. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.

PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer?

PN: Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso o que a gente espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem de saúde, de aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha, não é?

PODER: Você não vê contraindicações na manipulação dos processos naturais da vida?

PN: O que é perigoso nesse progresso todo é que, assim como vai criar novas soluções, ele também trará novos problemas. Com a genética, por exemplo, você vai fazer um exame de sangue e o resultado vai dizer que você tem 70% de chance de ter um câncer de mama. Mas 70% não querem dizer que você vai ter, até porque aquilo é uma tendência. Desenvolver depende do meio em que você vive, se fuma, de muitos outros fatores que interferem. Isso vai criar um certo pânico. E, além do mais, pode criar problemas, como a companhia de seguros exigir um exame genético para saber as suas tendências. Nós vamos ter problemas daqui para a frente que serão éticos, morais, comportamentais, relacionados a esse conhecimento que vem por aí, e eu acho que vai ser um período muito rico de debates.

PODER: Você acredita em que, na hora em que as pessoas puderem decidir geneticamente a sua hereditariedade e todo mundo tiver filhos fortes e lindos, os valores da sociedade vão se inverter e, em vez do belo, as qualidades serão se a pessoa é inteligente, se é culta, o que pensa?
PN: Mas aí você vai poder escolher isso também. Esse vai ser o problema: todo mundo vai ser inteligente. Isso vai tirar um pouco do romantismo e da graça da vida. Pelo menos diante do que a gente está acostumado. Acho que a vida vai ficar um pouco dura demais, sob certos aspectos. Mas, por outro lado, vai trazer curas e conforto.

PODER: Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas?

PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.

PODER: Paciente famoso dá mais trabalho?

PN: A revista New England Journal of Medicine publicou um artigo sobre as complicações do tratamento vip, mostrando que o perigoso nesse tipo de tratamento é que você muda a sua rotina. Eles deram o exemplo do papa João Paulo 2º e do ex-presidente norte-americano Ronald Regan, que levaram tiros. E mostraram momentos em que eles quase morreram porque, quando chega um doente desses, o hospital pára, todo mundo quer ver e ajudar, a sala de cirurgia fica lotada, o cirurgião deixa de fazer um exame que devia ser feito porque pode doer… O doente vip acaba influindo nas decisões médicas pela importância que tem, e isso pode complicar o tratamento. Ele tem de ser tratado igualzinho ao doente comum para poder dar certo.

PODER: Já aconteceu de você recomendar um procedimento e a pessoa não querer fazer??

PN: A gente recomenda, mas nunca pode forçar. Uma coisa é a ciência, e outra é a medicina. A pessoa, para se sentir viva, tem de ter um mínimo de qualidade. Estar vivo não é só estar respirando. A vida é um conjunto. Há doentes que preferem abreviar a vida em função de ter uma qualidade melhor. De que adianta ficar ali, só para dizer que está vivo, se o sujeito perde todas as suas referências, suas riquezas emocionais, psíquicas.
É muito difícil, a gente tem de respeitar muito.

PODER: Como é o seu dia-a-dia?

PN: Eu opero de segunda a sábado de manhã, e de tarde atendo no consultório. Na Santa Casa, que é o meu xodó, nós temos 50 leitos, só para pessoas pobres. Eu opero lá duas vezes por semana. E, nos outros dias, na Clínica São Vicente. O que a gente mais opera são os aneurismas cerebrais e os tumores. Então, é adrenalina todo dia. Sem ela a gente desanima e o cérebro funciona mal. (risos)

PODER: Você é workaholic?

PN: Não é que eu trabalhe muito, a minha vida é aquilo. Quando viajo, fico entediado. Depois de alguns dias, quero voltar. Você perde a sua referência, está acostumado com aquela pressão, aquele elástico esticado.

PODER: Como você lida com a impotência quando não consegue salvar um paciente?

PN: É evidente que depois de alguns anos, a gente aprende a se defender. Mas perder um doente faz mal a um cirurgião. Se acontece, eu paro com o grupo para discutir o que se passou, o que poderia ter sido melhor, onde foi a dificuldade. Não é uma coisa pela qual a gente passe batido. Se o cirurgião acha banal perder um paciente é porque alguma coisa não está bem com ele mesmo.

PODER: Como você lida com as famílias dos seus pacientes?

PN: Essa relação é muito importante. As famílias vão dar tranquilidade e confiança para fazer o que deve ser feito. Não basta o doente confiar no médico, o médico também tem de confiar no doente. E na família. Se é uma família que cria caso, que é brigada entre si, dividida, o cirurgião já não tem a mesma segurança de fazer o que deve ser feito. Muitas vezes o doente não tem como opinar, está anestesiado e no meio de uma cirurgia você encontra uma situação inesperada e tem de decidir por ele. Se tem certeza de que ele está fechado com você, a decisão é fácil. Mas se o doente é uma pessoa em quem você não confia, você fica inseguro de tomar certas decisões. É uma relação bilateral, como num casamento. Um doente que você opera é uma relação para o resto da vida.

PODER: Você acredita em Deus?

PN: Não raramente, depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando você acaba de operar, vai até a família e diz: “Ele está salvo”. Aí, a família olha pra você e diz: “Graças a Deus!”. Então, a gente acredita que não fomos apenas nós.

PODER: Como você relaxa?

PN: Estudando. A coisa de que mais gosto de fazer é ler. Sábado e domingo, depois do almoço, gosto de sentar e ler, ficar sozinho em silêncio absoluto.

PODER: E o que gosta de ler?

PN: Sobre medicina ou história. Agora estou lendo um livro antigo, chamado Bandeirantes e Pioneiro, do Vianna Moog, no qual ele compara a colonização dos Estados Unidos com a do Brasil. E discute porque os Estados Unidos, com 100 anos a menos que o Brasil, tiveram um enriquecimento e um progresso tão rápidos. Por que um país se desenvolveu em progressão geométrica e o outro em progressão aritmética.

Publicado por Tulio em 29 de agosto, 2010.
Fonte: eHelpCarolina

webvale net

Cuidados paliativos aliviam sofrimento e aumentam sobrevida de pacientes com câncer

Brasil discute legalização do “testamento vital”, que garante direitos dos pacientes.

Diego Junqueira, do R7

O "testamento vital" pode garantir respeito aos desejos dos pacientes terminais

Médicos especialistas em bioética, juízes e outros profissionais de direito e saúde se reúnem nesta quinta (26) e sexta-feira (27), em São Paulo, para discutir a implantação no país do “testamento vital”. O documento, que já existe em países como Espanha, Holanda, Estados Unidos e Uruguai, permite a pacientes que sofrem de uma doença incurável decidirem qual o limite do tratamento que querem receber.

Com o “testamento vital”, um paciente que não queira ser mantido vivo com a ajuda de aparelhos, nem receber “tratamento desproporcional” (ser submetido a procedimentos invasivos ou dolorosos), tem a chance de escolher um tipo de tratamento que alivia as dores e diminui o sofrimento. São os chamados cuidados paliativos.

A ideia do I Fórum Sobre Diretivas Antecipadas de Vontade, organizado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), é ser um importante passo para que esse documento se torne uma lei no país. Atualmente, mesmo que uma pessoa prepare um documento como esse, não há garantia nenhuma de que suas vontades serão respeitadas.

De acordo com José Eduardo Siqueira, da Sociedade Brasileira de Bioética, professor da UEL (Universidade Estadual de Londrina) e membro da comissão de cuidados paliativos do CFM, o grande avanço da medicina nas últimas décadas permitiu prolongar a vida das pessoas. Mas essas técnicas, segundo o médico, não são aplicadas de maneira adequada.

- Em condições de terminalidade, [e se o paciente escolher], o médico não introduz procedimentos desproporcionais, só os cuidados paliativos, que visam aliviar e confortar.

Uma pesquisa publicada este mês na revista científica The New England Journal of Medicine mostrou que os cuidados paliativos não somente possibilitaram menos sofrimento para os pacientes, como também aumentaram a sobrevida deles.

A pesquisa, realizada por um grupo de cientistas de diversos centros de estudos norte-americanos, avaliou 151 pacientes com um tipo de câncer de pulmão que faz com que eles se submetam a procedimentos invasivos no fim da vida. Desses pacientes, uma parte recebeu o tratamento padrão junto com os cuidados paliativos, enquanto a outra parte recebeu apenas o tratamento tradicional.

Os cientistas descobriram que os pacientes com cuidados paliativos, além de viverem mais que os do grupo padrão (11,6 meses contra 8,9), sofreram menos com sintomas de depressão (16% contra 38%).

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Para a médica Maria Goretti Sales Maciel, chefe do Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, a discussão sobre o testamento vital se tornou uma necessidade, “quase uma emergência”.

- A medicina incorporou tecnologia em sua pratica, mas não incorporou as forma de como usar bem essa tecnologia, que são os limites para se usar essa tecnologia.
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Fonte : R7 Notícias Saúde

SEGUNDA-FEIRA É DIA DO CHAT AMIGOGAMP



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Mudanças de hábitos para dormir melhor

RIO - A qualidade do sono vem caindo nos últimos 40 anos e, para piorar, as pessoas estão dormindo menos do que deveriam.

Segundo pesquisa britânica, a redução do tempo de sono de sete para cinco horas dobra o risco de infarto e derrame, e ainda aumenta a chance de sofrer de diabetes.

E pouco resolve tentar recuperar as horas de cama perdidas na semana, compensando com o sono extra no sábado ou domingo, alerta o neurologista Flávio Alóe, neurofisiologista clínico do Laboratório do Sono do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, que participou do XXIV Congresso Brasileiro de Neurologia, no Riocentro.

Nessa entrevista, ele fala dos principais distúrbios do sono e como se livrar deles

EM DÍVIDA COM A CAMA: "Estamos dormindo menos e pior. Somar horas de descanso depois de dias dormindo mal pouco adianta.

O nosso organismo foi programado para dormir pelo menos sete horas por noite. E não tem como mudar isso. Somos seres diurnos e estimulados pela luz.

As pessoas estão estudando e trabalhando abaixo do nível mínimo necessário para vigília e isso traz sérios prejuízos à saúde.

A privação de sono leva à obesidade, ao diabetes, à depressão, à ansiedade, ao abuso de álcool e cafeína. E dormir de dia é seguir na contramão do nosso relógio biológico. (...) segue

Fonte : O Globo Saúde

DIA DO CUIDADOR NA CÂMARA MUNICIPAL DE S.PAULO.

BOM DIA E UM FELIZ DOMINGO!!


O abraço

Que ao receber este pequeno gesto de carinho,saiba que alguém, neste momento, se lembrou o quanto você é importante na vida dela...

Que as distâncias serão sempre superadas, por algo que não se mede, nem pelo tempo e/ou espaço...

Sabemos que a falta de um sorriso, de um olhar, de um abraço, e até mesmo, o simples apertar das mãos, nos entristece e nos magoa...

Mas... também sentimos,que mesmo ao longe, os nossos pensamentos estão caminhando lado-a-lado, em busca de um novo dia e de um novo amanhã...

Receba, portanto o meu abraço apertado, que representa "apenas" a saudade... que sinto de você, longe de mim, neste instante...

Você acabou de ser abraçado. Isto é o começo de uma guerra de abraços...

Abrace todo mundo que você conhece,seus amigos, seus inimigos... todos. Abraço é o meu sinal de afeto favorito.

Isso pode fazer o dia de alguém brilhar. Todos precisamos de um abraço. Então... mande um para todos a quem você tem um carinho especial....