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sábado, 13 de junho de 2009

Entre o bem e o mal

Durante décadas, psicanalistas associaram as doenças mentais a certos comportamentos religiosos, mais precisamente às possessões mediúnicas. Hoje, após anos de pesquisas, os médicos admitem a contribuição da religião no tratamento de patologias

Por Roberta de Medeiros


O médico Sigmund Freud (1856-1939) considerou a religião como remédio ilusório contra o desamparo. A crença na vida após a morte estaria embasada no medo da morte, análogo ao medo da castração. Nesse caso, o ego estaria reagindo à situação de abandono. Para ele, os demônios são desejos maus e repreensíveis, derivados de impulsos que foram reprimidos. Os espíritos que se comunicam durante os estados de transe e possessão seriam apenas projeções dessas entidades mentais para o mundo externo.

Da mesma maneira que o fundador da Psicanálise, a Psiquiatria tendia a tomar como patológicos certos comportamentos religiosos. A visão negativa por parte dessa classe deu origem a reações discriminatórias, principalmente em relação ao espiritismo e a religiões afro-brasileiras, cujas experiências foram interpretadas como manifestação (ou causa) de doenças mentais. Essas religiões partem do princípio de que o espírito é imortal e que pode se comunicar com os vivos por intermédio de um médium - pessoa com a capacidade de "mediar" a comunicação com o mundo espiritual.

Fonte : Revista Psique

Malhação terapêutica

Portadores de doenças crônicas e degenerativas podem ter benefícios com atividades físicas bem orientadas.

Alzheimer, Parkinson, reumatismo, esclerose múltipla, artrose e artrite deformante. Difíceis de serem diagnosticadas e tratadas, as doenças degenerativas fazem parte da vida de milhões de brasileiros. Como o próprio nome diz, as que se encaixam nessa categoria caracterizam-se por corromper o organismo, ou partes dele, de forma gradual e irreversível. Além de medicamentos específicos para cada tipo de doença, os pacientes que procuram nos exercícios físicos uma forma de amenizar os sintomas devem tomar cuidado para que não acabem agravando o problema.

O professor de neurofisiologia da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Nogueira Aucélio explica que o benefício dos exercícios físicos depende do tipo de patologia.

– Nas doenças em que o prejuízo é cortical, como Parkinson ou Alzheimer, os exercícios auxiliam na oxigenação do cérebro – diz.

Para os males que precisam de fisioterapia, o médico explica que atividades como hidroginástica e natação são as mais indicadas, por não terem tanto impacto quanto exercícios em terra. Já para as doenças em que o paciente apresenta comprometimento muscular, o médico alerta: fazer exercícios pode não ser uma boa ideia, pois as articulações já estão prejudicadas.

Fonte : Zero Hora