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quarta-feira, 14 de julho de 2010

QUINTA-FEIRA É DIA DO CHAT DA APPP


A partir das 20:00 hs

ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DOS PORTADORES DE PARKINSONISMO

TEMA

"HIPERSEXUALIDADE PODE SER INDUZIDA POR DOPAMINERGICOS,
VC SENTIU AUMENTO DO LIBIDO?"

parkinsonlimonada

Portador de Parkinson pedala de Curitiba a Porto Alegre para provar que é possível ser saudável

[23-06-2010]

Para mostrar que pode haver uma boa convivência com doenças crônicas, o ciclista Roberto Coelho, portador do Mal de Parkinson, realizará uma viagem de cerca de 800 km de bicicleta, de Curitiba (PR) a Porto Alegre (RS). O percurso deve ser feito em sete dias e servirá para alertar as pessoas que muitas enfermidades podem ser amenizadas com a prática de esportes. “Desde que descobri que estava doente, aos 25 anos de idade, comecei uma busca por qualidade de vida e encontrei apoio no ciclismo”, conta Coelho, portador da doença há cerca de 30 anos. A viagem faz parte do projeto Faça uma limonada, uma referência ao ditado popular "Se a vida lhe der limões, faça uma limonada".

Mesmo sabendo da gravidade da doença, o ciclista foi otimista e decidiu viver plenamente. Por meio do ciclismo percebeu que a prática de esportes pode melhorar a vida da pessoa que está doente. Desde 2000, o atleta se tornou promotor de eventos de ciclismo, trabalhou na organização do passeio noturno Bike Night, um dos eventos mais importantes do segmento no Paraná. Também trouxe novas modalidades de cicloturismo e realizou no Estado a primeira série completa de provas de resistência Audax, depois de ter participado em Porto Alegre por dois anos consecutivos.

O passeio começará no dia 25 julho e o ponto de partida será a cidade de Curitiba. Ainda nesta data, o ciclista pretende chegar a Joinville às 16h, pedalando uma distância aproximada de 142 km. Para não perder o ritmo, durante todos os dias serão percorridos em torno de 100 km e já no domingo, dia 1º de agosto, Roberto Coelho chegará ao seu destino final, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O atleta está recebendo apoio da Ótima Indústrias Gráficas, Associação Viking, Dinha Gonçalves, Jorge Aoki, Banavilis de C. Cavalheiro Filho, Bridge Comex, Zanatto & Schupp e Renz do Brasil. Os interessados em apoiá-lo podem entrar em contato pelos telefones: 41 9656-8738 ou 41 3366-9654.

Mais sobre Mal de Parkinson

Segundo o Dr. Paulo Rogério M. de Bittencourt, neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, a Doença de Parkinson é caracterizada pela associação de distúrbios motores, entre eles a lentidão de movimentos, rigidez corporal, instabilidade de postura, tremor, principalmente em repouso, e costuma se manifestar de maneira diferente do lado esquerdo e direito do corpo. “A causa hereditária da doença vem sendo estudada nos últimos 10 anos. Talvez exista algum fator tóxico ambiental que desencadeie a doença, especialmente naquelas pessoas que possuem predisposição genética. Porém, não há comprovação científica sobre qual o fator ambiental”, comenta o médico. Sobre a atividade física ajudar no combate à enfermidade, o médico considera que existem casos específicos, é preciso levar em consideração o estágio da doença e o comprometimento que o paciente apresenta. “Geralmente são recomendados alongamentos para trabalhar com os músculos mais afetados pelo Mal de Parkinson, mas tudo deve ser feito com acompanhamento médico”, explica.

Acompanhe os preparativos da viagem e o trajeto do ciclista pelo www.parkinsonlimonada.blogspot.com

Roberto Seja Bem vindo

Mudanças no Roteiro!
Considerando o interesse das associações de Parkinson de Florianópolis e de Araranguá no desafio "Faça Uma Limonada", estou revendo e alterando o roteiro da minha viagem. São alterações que podem modificar o meu desempenho, porque estive esse tempo todo com o roteiro original na cabeça.
No entanto, muito mais importante do que meu esforço físico, é cumprir o objetivo desse desafio - levar uma atitude positiva, um alento e um bom exemplo que pode ser seguido por quem quer que se atreva a continuar lutando por qualidade de vida, apesar da doença.
O roteiro modificado ficará assim:



Dia 27/07
Camboriu (SC) / Florianópolis (SC)
Distância aproximada de 80 km. A saída está prevista para as 7 horas da manhã e a previsão de chegada a Paulo Lopes, por volta das 15 horas.
28/07
Florianópolis (SC) / Laguna (SC)
Distância aproximada de 134 km. A saída está prevista para as 7 horas da manhã e a previsão de chegada a Criciuma, por volta das 16 horas.
29/07
Laguna (SC) / Araranguá (SC)
Distância aproximada de 107 km. A saída está prevista para as 7 horas da anhã e a previsão de chegada a Torres, por volta das 14 horas.
30/07
Araranguá (SC) / Osório (RS)
Distância aproximada de 156 km. A saída está prevista para as 7 horas da manhã e a previsão de chegada a Santo Antonio da Patrulha, por volta das 15 horas.
31/07
Osório (RS) / Porto Alegre (RS)
Distância aproximada de 100 km. A saída está prevista para as 7 horas da manhã e a previsão de chegada a Porto Alegre, por volta das 13 horas.

Agradecimentos ao Marcílio e à Angela da Associação de Parkinson de Santa Catarina e à Maria Célia da Associação de Parkinson de Araranguá pelo interesse.

Um abraço a todos!

BOA TARDE!!!




Solidariedade, amigos, não se agradece,
comemora-se.

Betinho

Parkinson: diagóstico, tratamento, cuidados. [PARTE17]



Quem cuida do cuidador?, [por Flavio José Kanter*]

Vive-se cada vez mais. Cada vez mais pessoas tornam-se dependentes de outras, seja por doenças e suas consequências, seja pelas limitações impostas pelo envelhecimento. O aumento da longevidade entre nós traz junto o aumento no número de cuidadores familiares. São pessoas da família que se encarregam de prover e gerenciar todas as necessidades de quem se tornou dependente.

A equipe de saúde poderia ater-se a essas necessidades: o cuidador deveria prover todas as soluções identificadas e essa tarefa é dele. O cuidador lida com tensões de sua própria existência além das que decorrem da condição de quem ele cuida. É preciso administrar cuidados, tratamentos, profissionais, lidar com hospitais, clínicas e serviços, planos de saúde, assuntos financeiros e burocráticos e com outros componentes da família. Não é pouco nem é fácil. O cuidador submetido a tensões fortes fica mais suscetível a traumas e doenças.

QUEM CUIDA DO CUIDADOR? PROBLEMA DELE?
O Journal of General Internal Medicine publicou na edição online de 9 de janeiro deste ano diretrizes éticas destinadas à relação paciente-médico-cuidador. Foram elaboradas pelo American College of Physicians, o Colégio Americano de Médicos, com apoio de 10 outras entidades médicas.

A proposta é elevar a atenção dos médicos para a importância e complexidade desta relação. Há muitas recomendações. Sugere que o respeito aos valores e crenças, direitos e dignidade do paciente devam nortear todas as interações com ele. A privacidade do paciente deve ser respeitada. A quantidade da participação do cuidador em encontros clínicos deve ser decidida pelo paciente, bem como o grau de informação que ele permite compartilhar, a não ser que suas limitações o impeçam.

Respeitados esses limites, o cuidador deve conhecer toda informação disponível, inclusive de prognóstico, para planejar ações que conduzam ao melhor resultado possível. A disponibilidade do médico para as necessidades de paciente e cuidador é estimulada. O médico deve validar sempre o papel do cuidador familiar e dos compromissos que este haja assumido para obter o melhor manejo possível do paciente. Deve estar atento ao excesso de tensão no cuidador e ajudá-lo a encontrar soluções e busca de cuidados para ele mesmo quando for o caso. Impõe-se preservar a qualidade de vida de ambos, cuidador e cuidado. É necessária muita atenção ao cuidador de doentes terminais na fase que precede a perda, e as consequências emocionais causadas por essa perda quando se aproxima ou após a morte.

Recomenda-se atenção especial para cuidadores distantes, e com os que são profissionais de saúde, para que disponham dos recursos adequados de serviços, suporte e referências. Não é incomum cuidadores que não moram na mesma casa que o paciente, e muitas vezes nem mesmo na mesma cidade. Quando o cuidador é profissional da área da saúde deve ser fornecido apoio para não ser levado a exercer papel de profissional nos cuidados de seu familiar, preservando-o desta sobrecarga indesejável.

Estima-se que nos Estados Unidos existam atualmente 30 milhões de cuidadores familiares. Não se dispõe de estimativas de quantos são entre nós, mas não são poucos. Temos que incluí-los em nossos cuidados.

FONTE: Contexto Político