RIO - É possível chegar a estados alterados da mente usando efeitos sonoros digitais? Esta foi a pergunta que se espalhou recentemente pela rede quando um artigo publicado pelo jornal "USA Today" alertou os pais para o perigo de os filhos se "drogarem" digitalmente, usando sites que oferecem "doses" de estimuladores sonoros para o cérebro.
Os sons binaurais são assim denominados porque, ao ouvi-los num fone estéreo, o cérebro produziria neles uma espécie de pulsação de baixa freqüência. Na verdade, são dois tons em freqüências próximas, mas diferentes. Descobertos pelo americano Heinrich Dove no século retrasado, esses sons só ganharam notoriedade na década de 70, graças a um artigo publicado na "Scientific American", que dizia serem as batidas binaurais interessantes pontos de partida para a pesquisa neurológica. Elas explicariam, por exemplo, a capacidade dos animais de localizarem e selecionarem ruídos específicos, o que ajudaria na sua sobrevivência na natureza. Também ajudariam a pré-diagnosticar doenças, não só as ligadas ao aparelho auditivo, mas aquelas mais complexas, como o mal de Parkinson.
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