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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Humor Negro combate estresse

O que há nos seres humanos que nos faz querer rir quando deveríamos chorar?

Por Judith Newman

Meu filho de 6 anos gosta de pular. Pula por toda parte. Esse hábito faz com que pareça implacavelmente alegre, apesar de os pulos terem mais a ver com o fato de ele ser portador da síndro­me de Asperger (ou desordem de Asperger) do que com um bom humor genuíno. Às vezes acho que, quando os jacarés de 30 metros saírem dos esgotos de Nova York para devorar a população, Gus irá pulando na direção deles para cumprimentá-los, perguntando se preferem andar de trem, ônibus ou táxi. (Transporte urbano: sua obsessão atual, junto de girafas, os Beatles e pés femininos.)

Pensando bem, ter um filho autista e hiperativo não é tão engraçado assim. Mas todos os dias ele me faz rir. Às vezes me meto em enrascadas graças a uma certa falta de “solenidade” diante de suas diferenças. Em primeiro lugar, não as chamo de diferenças; digo que ele é doido. Isso nem sempre gera simpatia nas outras mães de crianças com necessidades especiais. E não é que eu não entenda a preocupação de ter um filho que não pode chutar uma bola de futebol, nem ter uma conversa complexa, nem, aliás, fechar o zíper das calças. Eu entendo. Mas, em vez de ver o nascente fetiche de Gus por pés e sair correndo atrás do psiquiatra, prefiro pensar: Na melhor das hipóteses, ele será pedicuro; na pior, terá muitos amigos nas salas de chat. (...) segue

Fonte : Revista Seleções

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