Cientistas estudavam uma rara doença que causa envelhecimento precoce, a disceratose congênita
MAGGIE FOX - REUTERS
A equipe do Children's Hospital, de Boston, e do Instituto da Célula-Tronco de Harvard trabalhava com um novo tipo de célula chamada célula-tronco pluripotente induzida (ou iPS, na sigla em inglês), muito parecida com as células-tronco embrionárias, mas feitas com células cutâneas comuns.
Eles queriam estudar uma rara doença que causa envelhecimento precoce, a disceratose congênita, um distúrbio da medula óssea que provoca sintomas da velhice como cabelos brancos e unhas tortas, além de um risco mais elevado de câncer.
Raríssima, a doença costuma ser diagnosticada entre os 10 e 30 anos de idade. Em cerca de metade dos pacientes a medula óssea deixa de produzir sangue e células imunológicas de forma adequada.
Um dos benefícios das células-tronco e das células iPS é que os pesquisadores podem obtê-la de uma pessoa com uma doença para estudar a enfermidade em laboratório. George Daley, de Harvard, e seus colegas estavam produzindo células iPS de vítimas de disceratose congênita para estudar o problema.
Mas, segundo relato na edição de quinta-feira da revista Nature, o próprio processo de fabricação das células iPS pareceu reverter um dos principais sintomas celulares da doença --a perda da telomerase, uma enzima que ajuda a manter os telômeros (as "pontas" no fim dos cromossomos que carregam o DNA). Quando o telômero se decompõe, a célula envelhece, o que leva a doenças e à morte.(...) segue
Fonte : estadao.com.br
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