O Mal de Parkinson e possíveis políticas públicas para o portador do doença serão tema de reunião da Comissão de Saúde, nesta quarta-feira (7/4/10), às 9h30, no Auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O autor do requerimento pela audiência pública é o deputado Wander Borges (PSB), que foi procurado pelo Instituto Parkinsoniano de Minas Gerais.
Na justificativa do requerimento, o parlamentar explica que “as graves consequências e alterações acarretadas ao portador da síndrome” o levaram a propor a reunião. Na ocasião, ele pretende colocar em debate diversas demandas sugeridas pelo instituto, tais como: isenção de impostos na compra de veículos, equipamentos e produtos que melhorem a qualidade de vida dos parkinsonianos; passe livre nos transportes para os portadores e cuidadores; prioridade no atendimento.
O Instituto Parkinsoniano de Minas Gerais reinvindica também: linha de crédito para aquisição de imóveis; direito ao abono de 25% sobre o salário na confirmação da aposentadoria por invalidez devido à doença; criação de 0800 para informar sobre a doença; apoio e financiamento de projetos que visem à cura do mal; oferta gratuita de equipamentos e procedimentos para aliviar os sintomas da doença; enquadramento do parkinsoniano como portador de necessidades especiais.
A doença – Descrita pela primeira vez em 1817 pelo médico inglês James Parkinson, a Doença de Parkinson caracteriza-se pela disfunção ou degeneração dos neurônios produtores da dopamina no sistema nervoso central. Ela afeta os movimentos da pessoa, provocando lentidão e tremores, causa rigidez muscular, desequilíbrio, alterações na fala e na escrita.
O Mal de Parkinson é uma enfermidade sem causa definida e pode atingir qualquer pessoa, independentemente do sexo, raça, cor ou classe social. Os primeiros sintomas geralmente ocorrem em pessoas com mais de 50 anos. Estudos recentes apontam que cerca de 1 % das pessoas com mais de 65 anos são portadoras do mal, sendo uma das doenças neurológicas mais frequentes – sua prevalência situa-se entre 80 e 160 casos por cem mil habitantes.
Após o surgimento dos sintomas, a enfermidade progride ao longo de 10 a 25 anos. O agravamento contínuo dos sintomas promove alterações na vida do doente e, frequentemente, causam uma profunda depressão. O prejuízo aos movimentos, devido à lentidão, ao tremor e à rigidez muscular, é talvez o maior problema enfrentado pelo parkinsoniano. Isso porque o enfermo passa a levar mais tempo e ter muita dificuldade para praticar ações antes realizadas com desenvoltura, tais como banhar-se, vestir-se, cozinhar, preencher cheques.
Sintomas não motores podem aparecer também, entre os quais sudorese excessiva ou outros distúrbios do sistema nervoso involuntário e problemas psíquicos como depressão e demência. Além desses, o paciente apresenta dificuldade de deglutição, da motricidade gástrica e esofagiana, constipação intestinal, problemas vasomotores, de regulação arterial, inchaços, dificuldade de regulação da temperatura corporal, perturbações do sono e perda de peso. A síndrome de Parkinson não é fatal mas fragiliza e predispõe o doente a outras patologias, como pneumonia e outras.
Convidados – Foram convidados para a reunião: o deputado Federal Júlio Delgado (PSB-MG); o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques; o presidente do Instituto Parkinsoniano de Minas Gerais, Gervásio Pierre Araújo Fraga; a fisioterapeuta e fonoaudióloga Luciana Ulhôa Guedes; e o médico neurologista Lucas Henrique Maia Magalhães.
Fonte: Maxipas saúde ocupacional
Um comentário:
Veja a pauta completa das reivincações do Gruparkinson no blog Mal de Parkinson:
http://maldeparkinson.blogspot.com/
Postar um comentário