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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Viver com PKS

Não lembro de ter contado até 10 depois de ter recebido o diagnóstico de Parkinson, há mais de três anos.  Aliás, não lembro de fazer esta contagem, antes ou depois de qualquer episódio, feliz ou infeliz, em minha vida. Lembro sim que a palavra degenerativa ficou como fundo de tela na minha mente.
Não levei muito tempo para contra-atacar o PKS. Sempre tive a mania de oferecer resistência nas situações adversas, e não seria agora que abandonaria este comportamento.
O fundo de tela foi sendo trocado seguida e surpreendentemente. O desconhecido e temido Parkinson foi sendo substituído pela minha plena convicção de que é preciso viver, amar viver e dar tudo pela vida. Evidente que não alcanço essa plenitude sozinha.  Tenho minhas parcerias nesta caminhada. A primeira eu convivo há mais de 20 anos, qual seja, meu marido, pai de meus filhos: Leandro Fischer. A seu jeito e a seu tempo, ele divide comigo minhas melhores e piores emoções. 

Fragilizado e indignado, talvez até mais do que eu mesma, ele resolveu enfrentar a doença comigo, me proporcionando momentos de muita vida. Talvez por isso a patalogia não nos dividiu,
não nos rachou ao meio.
Corro o risco de usar de estupidez ao enumerar a ordem de importância nas doses fartas de amor, carinho e aceitação que tenho recebido daqueles que me rodeiam.
Evidente que o levante vem juntamente com meus três filhos, Matheus, Fernando e Alice. Já vivi situações que me ofereceram muita instabilidade emocional e essas três vidas seguraram e devolveram a minha vida. Meus filhos sempre pontuaram as minhas maiores buscas e a minha incessante resistência continua vindo deste trio. Cada um com seu perfil.  Matheus mais parece um competente médico de plantão. 

Lembrando, cobrando, perseguindo a perfeição no tocante aos cuidados que eu devo ter com medicações, alimentação e atividades físicas. Dele parte um sonoro não para as atitudes que posssam desencadear, mais velozmente, os sintomas do PKS. Uma tentativa, é claro, de postergar a evolução de uma patologia que, ele sabe, ser progressiva.

Fonte : Viver com PKS

Um comentário:

Unknown disse...

Mais uma amiga pk que vem somar conosco, apresentada pela Ritchele Redivo Marchese no grupo do Facebook.
A ela o nosso mui obrigado.VALEU!