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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Aos 77 anos, Paulo José fala sobre os 20 na luta contra o mal de Parkinson - Diversão - O Dia


Já deixei de fazer muita coisa por conta do mal de Parkinson, mas também enfrentei a doença em várias outras ocasiões

Vitória - Paulo José está sob os olhares das filhas Bel e Ana Kutner. Não que ele precise. Mas é que elas não se cansam de admirar o pai forte e ativo, que não se deixa abater por conta do mal de Parkinson, descoberto há 20 anos. A poucas horas de ser homenageado pelo 21° Festival de Cinema de Vitória, o ator está calmo, sentado em sua suíte com vista para o mar. Ele ri, folheia o livro explicativo do evento e conversa, pausadamente, com o DIA.
Aos 77 anos, ele também não nega a alegria de receber mais uma homenagem ainda em vida. “Morto a gente não sente nada. Vivo, posso sentir emoção. É bom ter essa sensação de que vale a pena viver”, reflete o ator.
Longe das telonas desde ‘O Palhaço’ (2011), Paulo acredita na força que o cinema tem de manter as obras dos atores sempre em evidência. “Cinema é imortalidade. Você continua ali, em movimento”. E ele elege ‘Macunaíma’ seu principal filme ao longo de seus 60 anos de carreira. “E muita gente não sabe que fiz esse filme por acaso”. Paulo também critica as novas produções com finalidade comercial. “São um retrocesso, uma falta de verdade.
Dedicando seu tempo atual à direção e concepção de novas peças teatrais, o ator não esconde o desejo de fazer mais trabalhos na TV e no cinema. “A gente se sente melhor quando está fazendo as coisas. Tem uma cena em ‘Luzes da Ribalta’, de Charles Chaplin, em que uma menina bailarina está doente. E o médico avisa que, se ela dançar mais uma vez, vai morrer. E Chaplin responde que ela morrerá se não dançar. Ela dança e morre. Mas ela morreu com amor”, explica ele, com o olhar de quem anseia por mais.
O currículo, com 39 filmes, 21 novelas, 25 minisséries, 31 peças e 22 montagens como diretor, ainda tem espaço para mais produções, garante. Paulo só lamenta não poder pegar qualquer tipo de papel e admite que seus próximos personagens precisam ser mais leves, como Benjamin, da novela ‘Em Família’. “Têm que ser mais delicados. Fazer televisão é muito cansativo e eu não tenho mais resistência. Mais de seis horas de trabalho eu já estou cansado. Dez horas, então, estou exausto”, comenta.


Fonte : Aos 77 anos, Paulo José fala sobre os 20 na luta contra o mal de Parkinson - Diversão - O Dia

Um comentário:

Unknown disse...

É como é bom receber noticias desse grande guerreiro, relembro da sua famosa entrevista para nossa revista Beija- Flor e sua receita contra o Parkinson, da sua apresentação nas comemorações do dia de Parkinson no Ibirapuera quando sentou ao piano e tocou lindas musicas.
Ele continua firme, mas sabe que não pode parar de lutar e estar sempre na batalha contra o Parkinson.