A notícia é deprimente. Mas novos estudos parecem comprovar que os antidepressivos não são mais do que rebuçados caros. Clique para visitar o canal Life & Style.
Embora o ano esteja no início, já me trouxe o primeiro dilema moral. No princípio de Janeiro, um amigo contou-me que a sua resolução de Ano Novo era vencer a depressão crónica de uma vez por todas. Ao longo dos anos, tinha gasto rios de dinheiro com antidepressivos, mas realmente nenhum tinha ajudado de modo duradouro, e quando os efeitos secundários se tornaram tão desagradáveis que parou de os tomar, a síndrome de abstinência (cólicas, vertigens, dores de cabeça) foi uma tortura. Será que eu sabia de alguma investigação que o pudesse ajudar a decidir se um novo antidepressivo prescrito pelo seu médico conseguiria finalmente aclarar o seu negrume crónico do meio-dia?
O dilema moral era este: claro que sabia dos mais de 20 anos de investigação sobre antidepressivos, desde os velhos tricíclicos até aos mais novos Inibidores Selectivos da Recaptação da Serotonina (ISRS ou SSRI) que actuam sobre a serotonina (Zoloft, Paxil e o avô de todos eles, o Prozac, bem como os seus descendentes genéricos), até aos mais recentes, que também actuam sobre a noradrenalina (Effexor, Wellbutrin). Estudos mostraram que os antidepressivos ajudam cerca de três quartos das pessoas com depressão. Mas desde a publicação de um estudo seminal em 1998, cujas conclusões foram reforçadas por uma notável investigação no "The Journal of the American Medical Association" ("JAMA") no mês passado, que essa evidência surge com um grande asterisco. Sim, os medicamentos são eficazes, na medida em que atenuam a depressão na maioria dos pacientes. Mas este benefício é pouco maior do que quando os pacientes tomam um placebo, sem o saber e como participantes num estudo. Tal como cada vez mais cientistas que estudam a depressão e os medicamentos que a tratam concluem, isso sugere que os antidepressivos são basicamente caramelos caros.(...) segue
Fonte : Expresso
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