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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Estresse mata os neurônios

Excesso de trabalho, medo da violência, irritação com o trânsito. Tudo isso provoca uma inflamação que pode levar as células cerebrais à morte

por Anderson Moço | design Thiago Lyra| ilustrações Caco 7

Que viver estressado favorece uma série de encrencas no corpo inteiro, de diabete a problemas cardiovasculares, passando por depressão e até mesmo infertilidade, já está mais do que comprovado. Agora, cientistas de dois importantes centros de pesquisa paulistanos, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), descobriram mais um efeito nocivo — para não dizer devastador — das reações orgânicas ao estado de tensão permanente: uma inflamação no cérebro. Mais precisamente no hipocampo, área da massa cinzenta associada à memória, e no córtex frontal, responsável pelos nossos raciocínios mais complexos. Isso pode, com o tempo, levar os neurônios à morte.

Os danos causados pelo desaparecimento gradual dessas células nervosas vão de pequenos lapsos de memória até doenças degenerativas, como os males de Alzheimer e Parkinson. O estresse, claro, em princípio não existe para nos atacar — ao contrário, seria uma reação de defesa do organismo diante de um perigo iminente, despejando substâncias que preparam o corpo para fugir ou lutar.

Fonte: Saúde; è Vital