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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Parkinson: diagóstico, tratamento, cuidados. [PARTE15]



VIII -3-
CUIDADOR


Cuidar de suas próprias necessidades é tão importante quanto cuidar da outra pessoa
Dar assistência a um familiar enfermo exige preparo emocional e dedicação, mas não deve fazer com que o cuidador esqueça da sua própria vida.

O termo cuidador é relativamente novo. Muitos dicionários ainda não o incluíram em suas listas de vocábulos. Não é uma profissão, essa atividade não exige necessariamente remuneração, tem uma carga horária indefinida, ou seja, pode ser necessária durante as 24 horas do dia e o cuidador, muitas vezes, não tem direito ou, simplesmente, não pode tirar folgas ou férias.

Geralmente, desempenhada por um parente ou amigo, a função de cuidar de uma pessoa doente em casa (na maioria das vezes, são pessoas com mais idade, que sofrem de doenças como Mal de Parkinson ou Alzheimer que se tornam totalmente dependentes de filhos, maridos ou esposas) exige doação de tempo, carinho, atenção e muita dedicação. Toda essa doação pode fazer com que o cuidador se esqueça de que também precisa se cuidar e dar atenção a sua própria vida.

Chamado de “estresse do cuidador”, esse é um mal que acomete com uma certa frequência as pessoas que se dedicam integralmente a parentes doentes. O cuidador, muitas vezes, já mora ou passa a morar na mesma casa do doente e por isso vive aquela situação a maior parte do seu tempo, o que pode exigir, inclusive, que ele tenha que largar seu trabalho e outras atividades que lhe davam prazer. E aí começam os erros.

Nem mesmo os especialistas têm uma fórmula que diga como a família deve agir quando algum membro precisa de cuidados especiais, cada caso tem suas especificidades e deve ser analisado separadamente. Mas vale pesar as responsabilidades e, principalmente, encontrar soluções benéficas ao paciente e ao cuidador. Se houver a possibilidade financeira de contratar um profissional para ajudar, essa pode ser uma saída para não sobrecarregar os familiares.

Se você é um cuidador, veja algumas recomendações importantes:

- Cuidar de suas próprias necessidades é tão importante quanto cuidar da outra pessoa.
- Inclua atividades prazerosas em sua rotina cotidiana. Escute sua música preferida, dedique certo tempo para cuidar do seu jardim ou para conversar com um amigo.
- Mantenha-se física e mentalmente saudável. Se alimente corretamente e pratique exercícios físicos.
- Não se esqueça das outras pessoas da sua família, elas também precisam da sua atenção. Busque nelas forças para não deixar que a tristeza se instale.
- Divida as responsabilidades com familiares e amigos. Não ache que você é o único que sabe cuidar do enfermo.
- Tire folgas: pode ser uma tarde, um dia, um fim de semana ou até férias.

Um estudo realizado no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), avaliou 67 pacientes com demência e seus cuidadores para identificar os fatores que contribuem para ocorrência de estresse do cuidador. Entre os que apresentaram variações mais significativas foram o tempo que a pessoa se dedica ao paciente e o grau de dependência do idoso, por exemplo. A pesquisa constatou que quanto mais tempo a pessoa se dedicava à tarefa, mais estresse sentia. Os cuidadores que moravam com o paciente sentiram-se pior.

Fonte: Manual do Cuidador do Departamento de Serviço Social e de Saúde do Estado de Washington e caderno Folha Equilíbrio do jornal Folha de São Paulo. Autor: Vivian Beltrame Awad e Designer: Pabla Vieira.

BOA TARDE!!!




Depois da virtude, é o conhecimento o que eleva um homem sobre os demais.

Joseph Addison