TEL AVIV - O manitol, um adoçante produzido por fungos, bactérias e algas, é um componente comum de goma de mascar sem açúcar e agora, segundo pesquisa da Universidade de Tel Aviv, em Israel, também pode ser capaz de prevenir o desenvolvimento do mal de Parkinson. Em laboratório, os cientistas observaram que o edulcorante consegue impedir a formação de placas de uma proteína chamada alfa-sinucleína no cérebro, mecanismo característico da formação da doença.
Os resultados, publicados no “Journal of Biological Chemistry” sugerem que o adoçante artificial pode ser uma nova terapia para o tratamento do mal de Parkinson e outras doenças neurodegenerativas.
Depois de identificar as características que facilitam o desenvolvimento das placas de alfa-sinucleína, os pesquisadores começaram a caçar para um composto que pudesse inibir a capacidade das proteínas de se unirem. No laboratório, eles descobriram que o manitol estava entre os agentes mais eficazes na prevenção da agregação de proteínas, mas em tubos de ensaio.
Em seguida, para testar as capacidades de manitol no cérebro vivo, os investigadores israelenses usaram moscas de fruta geneticamente modificadas para carregar o gene humano que produz a alfa-sinucleína. Para estudar a capacidade de locomoção da mosca, eles usaram uma experiência denominada "ensaio de escalada", na qual foi medida capacidade de moscas para subir as paredes de um tubo de ensaio. Na experiência, 72% das moscas normais foram capazes de subir o tubo de ensaio, contra apenas 38% das moscas geneticamente alteradas.
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Fonte : Adoçante foi capaz de impedir mecanismo do mal de Parkinson - Jornal O Globo