Ouvimos falar de pessoas submetidas a situações extremas, como ser queimado na fogueira, congelado ou esmagado com quantidades inacreditáveis de força. Mas o que realmente acontece com o corpo humano quando enfrenta tais extremos? O resultado não é sempre mortal. Confira:
10. Aceleração
A unidade “g” é uma unidade de aceleração definida como 9,806 65 m/s², aproximadamente igual à aceleração devida à gravidade na superfície da Terra. A força-g nunca afetou os seres humanos até a Primeira Guerra Mundial, quando os pilotos começaram a misteriosamente perder a consciência em pleno voo. Graças a um oficial da Força Aérea dos EUA, John Stapp, aprendemos muito mais sobre como essa força pode causar problemas ao nosso corpo.
A pesquisa de Stapp foi muito séria: ele se submeteu a forças de até 35 g, o que é equivalente a acelerar a 343 metros por segundo ao quadrado. Seus ossos racharam e quebraram, e suas obturações dentárias voaram para fora da boca. Mas o principal efeito, ele determinou, foi em seu sangue. Quando a aceleração acontece ao longo de um eixo horizontal, o corpo tolera as forças-g comparativamente bem, porque o fluxo de sangue fica no mesmo plano horizontal. Mas quando a força atua sobre o corpo de uma maneira vertical, as coisas não vão tão bem. Além de um certo nível (cerca de 4 ou 5 g para a maioria das pessoas), os nossos sistemas simplesmente não têm força suficiente para bombear o sangue, e ele é atraído para nossas extremidades inferiores. Forças-g negativas causam os mesmos problemas, interferindo com o fluxo de sangue e acumulando muito dele rapidamente em um só lugar. Trajes específicos para suportar tais forças podem manter o sangue no seu lugar, impedindo pilotos de perder a consciência, por exemplo.
Fonte : 10 histórias de como o corpo reagiu a situações extremas | HypeScience