Médicos americanos criticam a sobrecarga de informação conflitante gerada pelo excesso de possíveis efeitos inesperados nas bulas
Gina Kolata - O Estado de S.Paulo
Jon Duke, da Universidade de Indiana, tentou descobrir porque as plaquetas do sangue do seu paciente estavam anormais. Poderia ser efeito colateral de uma das dezenas de drogas que seu cliente tomava, o que é comum entre idosos. Passou, então, a ler a bula de cada um dos medicamentos. "Fiquei assombrado", disse o médico. "A lista de possíveis reações adversas é interminável."
Agora ele sabe o que causou o problema do seu paciente. Em artigo no Archives of Internal Medicine, Duke e dois colegas reportam que a bula de um medicamento traz uma lista de, em média, 70 possíveis efeitos laterais; outros chegam a listar mais de 500. "Isso vai além do que eu esperava", afirmou.
Para uma pessoa que sempre teve de ver anúncios de Flomax (remédio para tumor benigno da próstata), a lista dos efeitos colaterais de um remédio é quase uma piada. Mas a pergunta é: por que ela continua crescendo? Não é que o problema não tenha sido abordado. Em 2006, preocupado com um catálogo cada vez mais extenso de efeitos colaterais, Jerry Avorn e William Shrank, da Escola de Medicina de Harvard, escreveram um artigo para o New England Journal of Medicine qualificando o fato como "toxicidade linguística". (...) segue
Fonte : Estadão.com.br - notícias
Agora ele sabe o que causou o problema do seu paciente. Em artigo no Archives of Internal Medicine, Duke e dois colegas reportam que a bula de um medicamento traz uma lista de, em média, 70 possíveis efeitos laterais; outros chegam a listar mais de 500. "Isso vai além do que eu esperava", afirmou.
Para uma pessoa que sempre teve de ver anúncios de Flomax (remédio para tumor benigno da próstata), a lista dos efeitos colaterais de um remédio é quase uma piada. Mas a pergunta é: por que ela continua crescendo? Não é que o problema não tenha sido abordado. Em 2006, preocupado com um catálogo cada vez mais extenso de efeitos colaterais, Jerry Avorn e William Shrank, da Escola de Medicina de Harvard, escreveram um artigo para o New England Journal of Medicine qualificando o fato como "toxicidade linguística". (...) segue
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