Um novo estudo traz esperanças para os pacientes portadores da Doença de Parkinson. Trata-se de uma terapia gênica tripla, testada em primatas, que fez com que os animais recuperassem 80% da sua motricidade. Além disso, o benefício manteve-se por vários meses sem que surgissem efeitos colaterais secundários. O estudo já está sendo aplicado em seis pacientes humanos.
A Doença de Parkinson é uma patologia crônica degenerativa do sistema nervoso central, afetando especificamente as células da substância negra que produzem dopamina, ocorrendo mais frequentemente após os 50 anos de idade. Essa diminuição na produção de dopamina faz com que o paciente apresente alterações motoras particularmente incapacitantes, como a rigidez muscular, o tremor de repouso, a lentidão de movimentos (hipocinesia) e a instabilidade postural.
O tratamento atual mais usado consiste em reposição de L-Dopa, um precursor da dopamina que estimula a produção deste neurotransmissor. Entretanto, com o uso a longo prazo, a L-Dopa apresenta o inconveniente de induzir movimentos bruscos anormais (discinesias). Alguns pacientes também já fizeram tratamento com estimulação elétrica cerebral profunda, que nada mais é do que a implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro. Esse tratamento é efetivo para controlar os sintomas da doença de Parkinson, diminuíndo a necessidade do uso da L-Dopa em larga escala, mas tem como desvantagem o fato de ser um procedimento cirúrgico extremamente invasivo. (...) segue
Fonte : Dra.Tathiane Trócoli