Desde que o ator Paulo José, que convive com a doença de Parkinson nos últimos 20 de seus 76 anos, aceitou interpretar na atual novela das 9 um personagem que sofre da mesma doença, muito se tem discutido no Brasil sobre esta síndrome. Mesmo assim, a doença, que acomete 1% das pessoas com mais de 65 anos, ainda permanece obscura para boa parte da população, que carece de informações mais detalhadas sobre o tema. Com o intuito de reverter esse quadro, a classe médica aproveita o Dia Nacional do Parkinsoniano, lembrado em 04 de abril, para diferenciar o Mal de Parkinson de outras doenças afins, além de destacar os sintomas, os diagnósticos e os tratamentos possíveis.
De acordo com Clóvis Cechinel, geriatra do Laboratório Frischmann Aisengart, o parkinsonismo abrange uma série de doenças e é marcada por quatro sinais principais: tremores, acinesia ou bradicinesia (lentidão e diminuição dos movimentos voluntários), rigidez (enrijecimento dos músculos, principalmente no nível das articulações) e instabilidade postural (dificuldades relacionadas ao equilíbrio, com quedas frequentes). Entre as doenças descritas por esses sinais, observáveis clinicamente, está a doença de Parkinson, que figura como o diagnóstico mais frequente.
Outras alterações que podem estar associadas à doença são: diminuição do tamanho da letra, distúrbios da fala, dificuldade para engolir, alterações do sono, depressão, dores, diminuição do piscar dos olhos, alteração do equilíbrio e marcha, dificuldade para começar ou continuar o movimento (como começar a caminhar ou se levantar de uma cadeira), presença de roçamento dos dedos indicador e polegar (como o movimento de contar dinheiro), voz para dentro, mais baixa e monótona. Pode piorar com o cansaço, excitação ou estresse. “No entanto, quando os pacientes apresentam sintomas adicionais além desse quadro clássico, devemos pensar em outros diagnósticos diferenciais”, afirma Cechinel.
Fonte : Médicos chamam atenção para o Dia do Parkinsoniano, lembrado em 04 de abril - Paranashop