Cientistas norte-americanos acabam de fazer uma descoberta, que, segundo avançaram, pode ajudar a desenvolver um novo medicamento para tratar os doentes com Alzheimer, que em Portugal afecta 90 mil pessoas.
Em causa está um gene, chamado Sirt1, que está relacionado com o envelhecimento e que afinal está também presente no desenvolvimento das placas amilóides que danificam o cérebro dos doentes com Alzheimer. Esta é a primeira vez que os cientistas percebem existir uma ligação entre o processo associado à velhice e aquela doença. A equipa de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, liderada por Leonard Guarente, descobriu que o gene em causa controla a produção dos fragmentos de proteína que formam as tais placas amilóides.
Os cientistas fizeram experiências com ratinhos e conseguiram comprovar que os problemas de memória pioram quando este gene não está presente. Leonard Guarente diz, por isso, acreditar que com esta ligação é possível começar a pensar num medicamento que active aquele gene, tratando as pessoas que estão com Alzheimer.
Ainda no mês passado, uma outra investigação, desta vez do Instituto de Psiquiatria do King's College de Londres, descobriu uma relação entre o Alzheimer e os níveis de clusterina (proteína existente no sangue dos doentes com distúrbios neurológicos). Ou seja, de acordo com os cientistas, a presença de elevados níveis de clusterina no sangue pode indicar a possibilidade de vir a sofrer de Alzheimer, "muitos anos antes de os sintomas surgirem".
Esta investigação aposta assim na prevenção da doença, enquanto a nova descoberta de Massachusetts promete ajudar no tratamento, pois pode permitir a investigação de remédios que tratem os milhares de doentes.
Fonte : DN Ciências