19/10/2011 - Nesta terça-feira (18), foi realizada a reunião de abertura da recém-criada Associação Merê Cardoso de Apoio aos Portadores de
Parkinson (Asmec) para discutir aspectos da doença e eleger a primeira diretoria da entidade na Casa dos Conselhos. Estiveram presentes para a palestra do neurologista Wilson Adriano Abrão Borges familiares de portadores e profissionais das equipes de saúde da família da Secretaria de Saúde. A princípio, as reuniões devem acontecer mensalmente em uma sala localizada no Shopping Urbano Salomão, que foi cedida por um voluntário.
De acordo com a idealizadora do projeto, Silvana Elias, o objetivo da entidade é favorecer a organização e identificação das pessoas que vivem as dificuldades do
Parkinson. “Nossa intenção é fomentar o nascimento de uma associação que possa se reunir regularmente para promover melhorias de qualidade de vida do parkinsoniano. O
Parkinson é uma doença ainda muito ocultada, até porque, dependendo do grau, o portador tem dificuldades de acessibilidade e de sair sozinho. Então, queremos trazer à discussão esse problema para, em grupo, apresentar propostas e políticas”, esclarece.
Para Silvana Elias, outra dificuldade que a associação buscará lutar em benefício dos portadores de
Parkinson e seus familiares é o alto preço dos medicamentos utilizados no tratamento da doença, cuja distribuição pelo serviço público não contempla todos os necessários. “Além disso, para esta doença faltam profissionais especialistas para atuar neste segmento e o que pretendemos é fazer isso acontecer de forma participativa, democrática e integrada. Quem sabe um dia esta associação consiga assento no Conselho de Cidades ou no de Saúde, que prevejam mudanças na acessibilidade e no tratamento”, pontua. Apenas um dos vários medicamentos para tratamento do
Parkinson custa cerca de R$200 a caixa com 30 comprimidos, mas são necessárias quatro caixas por mês, o que gera um gasto mensal de R$800.
Família. Segundo Ranulfo Naves, viúvo de Merê Cardoso, que enfrentou as paralisias do
Parkinson por 10 anos, esta é a realização de um sonho da professora, que sofreu todos os estágios e dificuldades que a doença impõe a seu portador. Para o psicólogo Vicente Higino, o apoio da família de um parkinsoniano exerce papel fundamental no diagnóstico precoce da doença, que tem tratamento. Fonte:
JM Online.