Quando o ator norte-americano Michael J. Fox, estrela da trilogia De Volta para o Futuro, revelou ao mundo o seu problema de saúde, uma expressão ganhou as primeiras páginas dos jornais: o mal de Parkinson. Hoje, mais de dez anos após a revelação do astro, a doença ainda permanece obscura para boa parte da população, que carece de informações mais detalhadas sobre o tema.
Com o intuito de reverter esse quadro, a classe médica aproveita o Dia Internacional do Parkinsoniano, lembrado no último 11 de abril, para diferenciar o mal de Parkinson de outras doenças afins, além de destacar os sintomas, os diagnósticos e os tratamentos possíveis. A 'Síndrome Parkinsoniana', que abrange uma série de enfermidades, é marcada por sintomas específicos, como rigidez, tremores em repouso e lentificação dos movimentos e pensamentos. Entre as doenças descritas por esses sinais, observáveis clinicamente, está o mal de Parkinson, que figura como o parecer mais frequente. No entanto, "quando os pacientes apresentam sintomas adicionais, além desse quadro clássico, nós estamos lidando com outras doenças da síndrome, como a 'Paralisia Supranuclear Progressiva' e 'Atrofia de Múltiplos Sistemas'", explica o Dr. Saulo Lacerda, radiologista da DASA, especialista em neurorradiologia. Quando há suspeita de outras doenças, que podem trazer indícios como sudorese excessiva, impotência sexual e quedas frequentes, uma análise clínica não é suficiente. "É preciso realizar o diagnóstico por imagem. Uma ressonância magnética, por exemplo, oferece uma sensibilidade em torno de 80% na identificação dessas demais enfermidades", calcula Lacerda. Com o laudo médico em mãos, busca-se a melhor forma para o tratamento dos sintomas, que podem ser amenizados com cuidados farmacológicos (que utiliza medicamentos), não-farmacológicos (fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional) e, em casos especiais, até intervenções cirúrgicas.Fonte : Segs - Portal Nacional