A informação constante é essencial para cuidadores, familiares e os próprios doentes de Parkinson, para identificar os sinais da doença e superar as dificuldades que vão aparecendo em sua rotina.
Há ainda muita gente que confunde a doença de Parkinson com a velhice. O doente de Parkinson pode continuar trabalhando, embora o faça com mais dificuldade.
Não é raro que devido aos problemas em conseguir realizar as tarefas sozinho, com o passar o tempo, o portador de DP, venha a entrar em depressão. A tendência é isolar-se. Mas é fundamental que o portador de DP continue com seu convívio social e familiar, que preserve as atividades que lhe dêem maior prazer e partilhe suas vivências com outras pessoas que se encontrem na mesma situação.
Muitas vezes o diagnóstico é difícil de ser feito, porque o portador de DP tem medo de falar sobre suas dificuldades, por desinformação, por vergonha ou culpa e por isso escondem durante muito tempo suas dificuldades e evitam falar sobre elas.
Realmente não é preciso sentir-se culpado ou ter vergonha. É importantíssimo ter informações corretas para combater as consequências adversas da sua doença; procurar o médico e cumprir com rigor as recomendações médicas. A evolução da doença dá-se de modo muito particular em cada caso. Mas é imprescindível atividades físicas, cuidados com a alimentação, orientação e avaliação profissional com fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista para determinar o tratamento e as necessidades de cada caso.
Algumas metas a serem traçadas:
- Conscientização da necessidade de operar profundas mudanças na condução da vida. “Dizer não ao isolamento”. É necessário auxiliar o portador de DP a manter sua autonomia e independência diante da sua nova situação.
- Do ponto de vista psicológico, é também importante participar em atividades que tragam prazer à vida. Os doentes de Parkinson têm muitas vezes sentimentos de vergonha e evitam contactos sociais. A casa torna-se seu “refúgio” de onde não querem sair, mas isso pode levar à evolução dos sintomas.
- Os portadores de DP podem contribuir muito para retardar o progresso da doença. A inatividade é um fator agravante da sua situação e é indispensável quebrar o isolamento, sendo muitas vezes o médico a única pessoa com quem conversa sobre a sua situação.
- A melhoria da qualidade de vida do DP depende não apenas dos medicamentos, mas também e muito da relação pessoal entre o doente e aqueles que o cercam, do apoio e aceitação que deles recebe.
- Para conviver com sr. Parkinson tem que se esforçar, mudando os hábitos de vida: aceitar a necessidade de medicação diária e constante, criar novos hábitos para incluir na rotina exercício físico, evitar álcool, cuidar mais da alimentação e marter hábitos saudáveis.
- Aceitar as limitações que surgem como não poder dirigir. Aceitar com naturalidade mudanças de hábitos na rotina e adaptar-se as limitações, sem revolta, sem medo, sem vergonha e sem culpa.
- Seguir sempre orientações profissionais. Nunca usar medicamentos sem prescrição do seu médico.
-Viver cada dia segundo as possibilidades. Envolver-se socialmente nas atividades sem apatia: caminhada, aulas de dança, pintura, artesanato, coral, natação, hidroginástica, alongamento...
- A Doença de Parkinson tem que ser assumida em família. A companhia da família é essencial para a estabilidade emocional e aumento da auto-estima. Compartilhar experiências com o portador de DP de modo compreensivo e encorajador contribui amplamente para que ele não se sinta desanimado, isolado e desamparado. Sentir-se amparado pela família facilita o enfrentamento da doença.
- As reuniões de grupo de ajuda mútua animam as pessoas. Em grupo pode-se sentir útil uns para com os outros. É uma demonstração de solidariedade entre as pessoas. Participar de grupos favorece a criação de novas amizades, afasta o isolamento. A troca de experiência é sempre produtiva e benéfica.
- Não ter vergonha de expor as dúvidas ao seu médico! É o médico certamente quem melhor pode orientar o portador de DP.
A CULPA É TÃO INÚTIL COMO “ÁGUA EM PÓ”!
Vamos seguindo em frente!
Abraços. *TT