Nosso cérebro começa a perder as células do sistema nervoso antes mesmo dos 30 anos. Mas pesquisas mostram que é possível retardar esse processo. E o melhor: jogando videogame
POR PAULA REIS
ILUSTRAÇÃO MG STUDIO
Da próxima vez que você der um presente para alguém acima de 60 anos, pense duas vezes. Opções tradicionais como roupas de dormir ou mesmo jogos de xadrez ou de damas estão perdendo espaço para os videogames. Isso mesmo: videogames. A novidade tem agradado cada vez mais gente nessa fase da vida, principalmente em países como Estados Unidos e Japão — lançadores de tendências. O melhor é que essa moda tem o aval da ciência. Institutos de pesquisa, a exemplo da Universidade do Texas (veja boxe), estão conduzindo estudos e concluindo que esses aparelhinhos ajudam a melhorar o humor, a concentração e até a coordenação motora.
Tudo porque propõem desafios que estimulam o raciocínio e exercitam o cérebro, afastando problemas comuns a partir dos 60 anos, como a perda da memória e até o mal de Alzheimer (doença caracterizada pela progressiva perda das funções intelectuais). Boa novidade também é que eles oferecem a chance de as pessoas interagirem, tirando- as do isolamento — queixa freqüente nessa idade. “De forma geral, são fáceis de jogar e ideais para desfrutar a companhia de outras pessoas”, explica o jornalista David Lemes, mestrando em desenvolvimento de games na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e editor do site www.gamereporter.org.