Seja bem vindo ao nosso blog esperamos contribuir para esclarecer duvidas e minimizar os aspectos stressantes da Doença de Parkinson. Nossa meta é agregar valores e integrar a família parkinsoniana do Brasil criando um grupo (chat) de amigos com problemas afins.Sabemos que a doença ainda não tem cura, mas a troca de informações ajuda no combate ao Mr. Parkinson e seguimos firme para uma Qualidade de Vida.
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terça-feira, 31 de março de 2009
Sexo e DP pode? Pode sim! [Parte III]
Quando pensamos que o sexo pode ser explorado em nosso corpo por inteiro ampliamos infinitamente nossas possibilidades de encontrar e dar o prazer.
Exponho aqui uma situação muito pessoal: com o passar do tempo sinto que a minha sensibilidade está diminuída, mas isso não me impede de sentir desejo de compartilhar momentos de prazer com meu parceiro. Nada nos impede de amar e desejar estar um com o outro.
Sexo é a certeza de diminuir distâncias, é ternura multiplicada, é poder declarar nossa sensibilidade junto com nossa sensualidade àquela pessoa a quem tanto amamos e desejamos.
Há muitas descobertas que se pode fazer a dois: uma massagem relaxante, o toque suave das mãos tateando a pele, o abraço que envolve não só o corpo, mas que acolhe a alma também. Mas é essencial que a mente aceite sem revoltas, as mudanças pelas quais estamos passando e dê espaço para o que realmente tem valor numa relação a dois: compartilhar a companhia um do outro.
A aceitação aqui não é sinônimo de passividade, apatia ou desesperança. Aceitação neste caso significa a constatação de um fato e envolve todas as possibilidades de adaptar-se a ele, com dignidade.
Compartilhar não é dividir. Quem divide separa, afasta, aparta. Quem compartilha une, participa, torna-se parte do outro.
Há algumas pessoas que se sentem impotentes em relação ao sexo por serem portadores de DP. Eu considero impotentes àqueles que tem a mente cheia de preconceito, que são incapazes de compreender as limitações e que não tem competência para conviver com as diferenças e transformações pela quais passamos.
Eu entendo o sexo de uma forma muito natural, que desperta plenamente todos os sentidos. Sexo é comunicação, uma forma de explorar nossos sentimentos e a possibilidade real e descobrir novas sensações. Sexo é a comunhão de dois corpos no mesmo instante em que se dá o congraçamento de duas almas. E eu não encontro uma outra palavra que expresse mais claramente meu conceito sobre o que é o sexo que “congraçamento”.
É isto: “sexo é congraçamento”.
O Sr. Parkinson chegou, entrou e ficou. Tenho com ele uma relação amistosa, e creio de não deveria ser diferente com os outros portadores de DP, mas espero com ansiedade infinda pelo dia em que fará suas malas e deixará nossas vidas em definitivo. Até lá, juntemos nossas forças e de mãos dadas, vamos seguindo nossa luta diária, sem desconsiderar que somos pessoas completas com direito a felicidade e dignidade, o que também inclui amor e sexo. E nunca acreditem se alguém disser o contrário.
AVC pode ocorrer em jovens
Tiago, com 25 anos, passou por momentos muito difíceis há seis meses. Começou a sentir uma dor de cabeça diferente, depois veio a dormência no braço.
“Eu tinha conversado com o meu pai que eu não estava me sentindo muito bem e falei para ele que eu ia descansar um pouco e ia dormir. Depois disso eu não me lembro mais de nada”, declara Tiago Borges,
engenheiro eletricista.
Ele diz que ninguém na família imaginou que um jovem pudesse ter um derrame. Como foi socorrido imediatamente, a recuperação foi um sucesso.
Fonte : Jornal Hoje
Diálogos com o anjo
• Diálogos com o anjo
• 1. O diálogo diante, da poderosa presença de Gitta Mallasz
• 2. Tentativas para encontrar a questão
• 3. Reconhecer a questão esculpida pela verdade
• 4. Manter o silêncio
Uma forma simples de entrar em contato com o que existe de mais profundo em você. Bom recurso para transformar dores, aliviar o coração e estabelecer novas metas de vida, passo a passo.
Texto • Liane Alves
Foto • Divulgação As faces do anjo
A francesa Patrícia Montaud esteve recentemente no Brasil para falar do livro e das novas terapias surgidas com base em seus ensinamentos. “O livro abrange diferentes etapas da vida. Fala dos diversos estágios espirituais da alma até a hora do nascimento e também se refere às nossas dores primordiais e a identificação da tarefa de cada um nesse mundo. Por isso interessa tanto aos psicoterapeutas”, diz Patrícia.
Fonte : Bons Fluidos
Ter mais dinheiro, fazer mais sexo, mudar de emprego, ter mais amigos. O que você mudaria na sua vida?
Mudar de vida: pesquisa mostra o que os brasileiros desejam mudar em suas vidas.
Por Dirley Fernandes
Vanderlei José de Melo, de 57 anos, dono de um pequeno jornal em Vazantes, no Noroeste de Minas Gerais, acha que está cada vez mais difícil fazer amigos sinceros. Mas considera a amizade fundamental. “É a maior riqueza que um homem pode ter”, diz ele. O empresário conta que, há sete anos, parou de beber e percebeu quantos amigos havia perdido ao longo dos anos por causa do alcoolismo.
Eduardo Lambert concorda com Vanderlei. “Vivemos em sociedade porque precisamos uns dos outros. Um olhar amigo e uma palavra de apoio agem como terapia.” Ele acredita que há um distanciamento por conta da vida moderna, mas adverte: “Se as pessoas estão se afastando, pode haver uma questão particular delas ou algo em nós que as está afastando. Ou ainda alguma característica nos torna desinteressantes. Amizade é doação sem cobranças e sem esperar retribuição.”
Fazer mais sexo: 24% dos homens e 13% das mulheres querem fazer mais sexo.
Em quase todas as categorias da pesquisa, mulheres e homens tiveram mais ou menos os mesmos resultados. Mas quando o assunto é sexo, as diferenças ficam claras: 24% dos homens gostariam de ter mais relações sexuais, contra apenas 13% das mulheres. E quatro vezes mais homens do que mulheres confessaram que gostariam de ter mais parceiros sexuais.
Fonte : Revista Seleções
As surpresas depois do projeto genoma humano
O projeto genoma humano, vocês devem lembrar, tinha como objetivo identificar os genes que determinam nossas características hereditárias. Foi um esforço gigantesco, iniciado em 1990, que envolveu inúmeros pesquisadores ao redor do mundo, a um custo de 3 bilhões de dólares. Em 2003, Francis Collins e Craig Venter, os líderes desse projeto, anunciaram que ele havia sido concluído. Na realidade serão necessárias décadas de pesquisas para entender tudo o que nossos genes fazem. O que sabemos é que temos cerca de 25.000 genes, mas o seu modo de funcionar e os mecanismos que os regulam são muito mais complexos do que imaginávamos.
Fonte : Veja.com - Genética Mayana Zatz
segunda-feira, 30 de março de 2009
Frutas da estação
Que fruta é gostoso e faz bem, todo mundo sabe! Mas você saberia dizer quais são as frutas típicas do outono? São elas: banana maçã, abacate, caqui e carambola.
A carambola é um alimento excelente pra dietas e tem valor calórico baixo. Cada uma possui em torno de 29 a 30 calorias. Ela tem efeito diurético e possui ainda vitaminas e fibras. O caqui é rico em antioxidantes, principalmente vitamina C e licopeno. Ele ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, câncer e o envelhecimento precoce.
Já o abacate é riquíssimo em proteínas, gordura, mas diferentemente do que as pessoas pensam, é uma gordura que não faz mal à saúde. O abacate tem ainda ômega 9, que ajuda a reduzir o colesterol ruim e a aumentar os níveis de colesterol bom.
Ah, e o abacate tem outra propriedade importante: regula o intestino.
A banana, por sua vez, é conhecida por ser alimento rico em potássio que a gente encontra, o que é muito importante. O potássio é bom para os músculos e previne câimbras.
Fonte : Mais Você
Vai passar...
Sofremos muitas perdas importantes ao longo do caminho, mas podemos extrair aprendizado desses momentos e deixar que a dor, como tudo na vida, venha e vá.
Texto: Thays Prado
Ilustração: Adriana Alves
Deixe doer
Além de procurar um ombro amigo, também é essencial aceitar a dor como um componente do processo e não brigar com ela. “Quanto mais ela é combatida, mais dolorosa fica e mais demora a passar”, ensina o psicoterapeuta Fábio Oliveira, de Belo Horizonte. Para ele, o importante é entendermos que todas as situações que aparecem em nossa vida nos trazem um aprendizado e só nos resta procurar perceber o que aquele momento quer nos ensinar sobre nós mesmos.
Ao que acrescenta a monja Cohen, fundadora da comunidade Zen Budista, de São Paulo: “Na dor, seja a dor”, recomenda. Segundo ela, esse sentimento é importante para nos mostrar onde está o problema e nos estimular a perseguir o caminho da cura. “Cada obstáculo, dificuldade ou perda é uma porta, uma entrada, uma possibilidade de mudança, um novo encontro.”
Fonte : Bons Fluidos
"VAMOS JUNTOS, FAZER DO PARKINSON COISA DO PASSADO".
SEGUNDA-FEIRA É DIA DO AMIGOGAMP DA ABP
A PARTIR DAS 20:00 HS
CLIQUE AQUI
Cientistas extraem de pacientes células-tronco para uso em medicina
Cientistas americanos desenvolveram uma forma segura de obter células-tronco para aplicação terapêutica a partir de células da pele sem necessidade de usar embriões humanos ou vírus potencialmente nocivos. [Leia matéria completa...]
domingo, 29 de março de 2009
Sexo e DP pode? Pode sim! [Parte II]
Voltando ao assunto a que me propus falar, percebo que aqui se abre uma lacuna. Fala-se com o médico sobre a alimentação, atividade física, prisão de ventre, problemas de fala, deglutição, tremores e rigidez, dores musculares, depressão, mas quase nunca se fala sobre a nossa sexualidade.
Por que? Por medo ou vergonha? Medo de que? Medo de falar sobre nossos desejos, nossos sentimentos? Somos adultos e temos direito a ter uma vida completa com nossos parceiros. Vergonha porque? A sexualidade faz parte da vida adulta, como faz parte à alimentação, a respiração: sexo é também da natureza humana, desde o Homo sapiens.
Século XXI: sexo ainda é um tema que causa inibição, e há muito que não deveria ser assim. Falava ainda esta semana com uma amiga sobre sexo na adolescência. Ela disse ter encontrado preservativos no quarto do filho de 17 anos e não sabia como falar sobre o assunto com ele. Como tenho filhos mais velhos ela veio pedir um aconselhamento. Parece que alguns pais não se sentem ainda à vontade para expor a questão aos seus filhos, porque também não tiveram essa orientação.
Falar sobre sexo na adolescência é algo delicado, tanto quanto na maturidade. Devemos abordar o assunto de modo claro e responsável. Se não sabemos como fazê-lo, um caminho seguro, penso eu, é procurar um profissional da saúde, um médico da família ou um profissional de nossa confiança. O médico está em seu consultório para atender seu paciente e orientá-lo da melhor forma possível, seja para orientar nossos filhos, netos, ou para nossa própria informação.
Percebo que a sexualidade para pessoas portadoras de deficiência física, na terceira idade, ou pessoas com problemas de saúde ainda é tida como coisa não muito apropriada. Mas é. Sexo não tem prazo de validade desde que haja consenso entre os parceiros, desde que tenham desejo e disponibilidade para explorar o próprio corpo.
Comentei no Chat que sexo não se faz com uma única parte de corpo, mas com o corpo inteiro, e vou além, faz-se também com a alma porque eu vinculo o sexo ao amor, ao carinho, à atenção. O sexo não começa propriamente na cama, mas pode ter início num olhar, num afago feito na face do parceiro [a], num sorriso que vem iluminado pelo desejo de ter a companhia um do outro.
"Uma vida sexual prazerosa traz uma série de benefícios à saúde mental, cardiovascular e até imunológica. Vive-se mais e com mais alegria. [...] A qualidade da vida sexual é um termômetro de bem-estar. Tanto que se tornou uma das medidas de qualidade de vida de uma pessoa, segundo a Organização Mundial de Saúde”.[John P. Mulhall] [leia mais]
A Disfunção erétil é uma questão a ser discutida. Encontrei num site a seguinte afirmação: “A DP em si pode causar disfunção sexual, normalmente uma incapacidade para manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória”. Fiquei perplexa ao ler isso. Afinal qual é o conceito de “sexo satisfatório?” O que pode ser satisfatório na minha opinião pode não ser satisfatório para outras pessoas e vice-versa. Quem pode descrever o que é ou deixa de ser satisfatório é o próprio casal. Mas a questão tem dois lados, o masculino e o feminino: se por um lado há problemas com ereção, por outro lado também pode haver problemas com dores no momento da relação. Há alterações físicas e fisiológicas que podem comprometer a sexualidade. Há alguns tratamentos que amenizam ou eliminam o problema. A orientação médica é sempre bem vinda e na minha opinião é sempre o caminho mais adequado.
Agora faço aqui um questionamento: -se não há penetração, acabou-se a vida sexual? Certamente que não! Há muitas outras formas de obter prazer. Se estamos passando por transformações físicas ou fisiológicas, igualmente nossa mente terá que passar por algumas transformações. Se o conceito de “sexo satisfatório” for apenas de “ereção/penetrtação/orgasmo”, certamente haverá uma perda imensa de outras sensações igualmente ou até mais prazerosas. Se a mente pensa que a única forma de sexo é esta, então todo o resto é desnecessário. Não creio que devemos direcionar todas as nossas energias para o orgasmo e sim para as muitas outras sensações! E eu recuso-me a pensar que uma relação sexual se limita a dez ou doze segundos de orgasmo.
[continua 3a. feira]
EM SALVADOR 1º ENCONTRO DO GRUPARKINSON BAHIA
Como parte das comemorações pelo Dia Nacional do Parkinsoniano – celebrado em 11 de abril – ocorre no próximo dia 6/4, às 14h, no auditório do CREASI (Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso), na Avenida ACM, o I Encontro do Gruparkinson Bahia.
O evento, que possui entrada franca, tem por objetivo informar à população sobre a Doença de Parkinson, especialmente os portadores, familiares e cuidadores – aqueles que convivem diariamente com a doença.
O encontro também marcará a apresentação oficial do Gruparkinson Bahia, que tem a finalidade de reunir, em todo o estado, pessoas envolvidas com o Parkinson e fornecer informações sobre pesquisas, tratamentos, além de orientação sobre os direitos do portador.
Maiores informações: Genário Couto (71) 8131 6956 – presidente do Gruparkinson
ou gruparkinsonba@gmail.comFonte : Folha Salvador
sexta-feira, 27 de março de 2009
Sexo e DP pode? Pode sim! [Parte I]
Enviei um texto para o Badu, que me sugeriu dividí-lo em partes por ser muito extenso. Então eu o dividi em três capítulos e vou postá-los a cada 2 dias para que todos possam acompanhar e opinar. Abraços, *TT
Depois do chat de 5ª. Feira, dia 26/março/2009, da APPP [Associação Paranaense dos Portadores de Parkinsonismo], fiquei pensando muito sobre o tema sugerido pelo Magno e fui buscar na Internet alguma matéria que abordasse o tema “sexo relacionado à DP”. Encontrei pouca coisa. Na falta de artigos médicos esclarecedores, decidi abordar o assunto sob o meu ponto de vista, como portadora de DP.
É uma abordagem muito pessoal e espero que o assunto saia da casa dos parkinsonianos e chegue aos consultórios médicos, para maiores orientações, porque notei que os pacientes, parceiros [as] e médicos, raramente discutem esta questão com transparência. Embora meu enfoque esteja nos portadores de Parkinson, penso que posso generalizar, estendendo o assunto a outras pessoas que encontram problemas nesta área.
Creio que antes ainda de tratar da questão em si, devo abrir um espaço para falar sobre a educação e religião. Muitos de nós tiveram uma educação repressora quando se falava de sexo, ou pior que isto: nos era vetado falar sobre estas questões. Muitas vezes também a igreja tem um papel opressor, talvez não a instituição propriamente dita, mas a forma como cada um interpreta os princípios ditados pela religião.
O que pretendo dizer exatamente quando coloco em pauta a educação repressora e conceitos religiosos limitantes é que, se encontramos problemas com relação ao sexo, muitas vezes o problema pode não estar no nosso corpo, mas sim em nossa mente, por idéias que nos foram [ou ainda são] impostas.
Quero esclarecer que respeito às religiões e as opções de cada um, porque ao longo da vida aprendi a conviver com as diferenças e somar à minha vivência experiências de grande valor.
Embora eu não tenha uma religião descrita, acredito firmemente em Deus. Assim costumo dizer que Deus é minha religião e seu templo é meu corpo. Assim quando procuro Deus, é dentro de mim que eu o encontro. Acredito também que o propósito de Deus é a nossa suprema felicidade.
Abri este espaço para que conheçam um pouco mais de mim e de meus propósitos.
Em nenhum momento recebi a DP como castigo. Se foi algo vindo de Deus, entendo que não me veio por punição, mas sim como missão.
Meu propósito é aprender o máximo possível sobre a DP, ter condições de repassar as informações a outros portadores, que eu chamo carinhosamente de “minha família PK”.
Aqui cabe também um agradecimento ao Badu, que me deu a oportunidade de escrever no blog da ABP, tornando minha missão mais fácil.
[Continua domingo]
EXEMPLO DE VIDA
Atualmente, Jean treina de quatro a cinco horas por dia. Sua especialidade é não deixar nada cair. Agora o artista vai brilhar na Europa! Um exemplo e tanto! Conheça também um outro exemplo de vida. Clique aqui!
Fonte Mais Voce da Rede Globo
Força Maior
Que nos leva a viver, que nos faz recomeçar.
Que nos faz sorrir, que nos faz suportar as dores.
Que nos faz suportar a saudade.
Que nos faz buscar a felicidade.
Existe uma força muita além de nossos olhos.
Maior que imaginamos, que nem sempre procuramos.
Mas, ela sempre está a nossa espera.
Existe uma força que nos faz sonhar.
Uma força que nos faz acreditar.
É uma força chamado amor.
É uma força chamada persistência, coragem, fé!
Uma força que nos faz, desejar viver.
Olhe! Ela existe dentro de mim.
Ela existe dentro de você!
A minha força é Deus! Que essa força,
esteja com VOCÊ em todos os momentos,
lembre-se, que "o AMOR de DEUS é como mar,
podemos ver seu início, mais não o seu fim"
quinta-feira, 26 de março de 2009
4 verdades ( e 1 mentira) sobre o ovo
Ele passou décadas com fama de bandido. Mas foi absolvido e provou que é um ingrediente poderoso, capaz de ajudar a reduzir o colesterol e a emagrecer. Duvida? Veja as razões para ele ter se tornado o novo queridinho da alimentação saudável
POR FRANÇOISE GREGÓRIO FOTOS FABIO MANGABEIRA
Durante muito tempo, ele andou por baixo, acusado de ser uma bomba de colesterol. A má fama começou há cerca de 40 anos, desde que se cogitou a relação entre o ovo e as doenças do coração. Mas, na década de 1990, vários estudos contrários a essas acusações começaram a pipocar.
Uma das descobertas mais importantes, apresentada em um trabalho realizado pela Universidade de Kansas (EUA), foi a de que apenas uma pequena parcela do colesterol sanguíneo provém da dieta e a maior parte é produzida pelo próprio organismo. E o ovo possui uma substância (fosfolipídeo) capaz de interferir na absorção do colesterol, impedindo sua captação pelo intestino, que é o responsável por levar tal substância para o sangue. Portanto, aumentar a ingestão de colesterol não provoca necessariamente elevação importante em seus níveis.
Fonte : Revista VivaSaúde
Linhaça fortalece o coração e controla o colesterol
A semente dourada tem sabor mais suave e digestão melhor do que a marrom
Já imaginou se existisse um alimento capaz de proporcionar inúmeros benefícios, nas mais diversas fases da vida, ajudando na prevenção e combate de inúmeras patologias, do rejuvenescimento das células até mesmo prevenção e combate ao câncer? Pois acredite, esse alimento existe e atende pelo nome de linhaça.
Utilizada no oriente desde a antiguidade, essa pequena e poderosa semente já era sinônimo de proteção, estando presente nas tumbas do Egito, rituais religiosos e no tratamento de ferimentos. Com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, pesquisas comprovaram a eficácia da semente do linho para proteger a saúde de quem a consome.
[LEIA MATÉRIA COMPLETA]
quarta-feira, 25 de março de 2009
Pesquisa investiga uso de células-tronco no tratamento de doenças urológicas
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O último dia 14 de março (marcado como Dia Mundial da Incontinência Urinária), nos alertou para a importância de uma doença caracterizada pela incapacidade de controlar a micção ou de armazenar a urina, e que acomete cerca de sessenta milhões de pessoas no mundo, entre homens, mulheres e crianças. Segundo o site da Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária pode ser tratada, de forma geral, com fisioterapia do assoalho pélvico, medicamentos e cirurgias. No entanto, pesquisas realizadas pela equipe do médico Fernando Gonçalves de Almeida, da Universidade Federal de São Paulo, apontam as células-tronco como uma nova arma no tratamento terapêutico da doença. Fonte : Com Ciência - noticias |
Risoterapia ajuda a combater distúrbios emocionais como depressão
Segundo a psicopedagoga Rumilda Fernandes, rir libera serotonina, o hormônio da alegria e ainda estimula a produção de endorfinas, substâncias de ação relaxante
Fonte : Abril.com
A TÚLIPA DE JAMES PARKINSON
Transcrito do blog da APPP
segunda-feira, 23 de março de 2009
ALIMENTAÇÃO CORRETA
Os tremores e a dificuldade de locomoção que o portador do mal de Parkinson enfrenta podem ser amenizados com alimentação adequada. É o que mostra o livro A alimentação a doença de Parkinson, o primeiro do gênero no país. O manual dá dicas de como uma simples dieta ajuda a evitar algumas complicações da doença.
A REGRA NÚMERO UM É BALANCEAR A INGESTÃO DE ALIMENTOS PROTÉICOS, COMO A CARNE, O LEITE E OS OVOS, POIS COMPETEM DENTRO DO ORGANISMO COM O PRINCIPAL MEDICAMENTO RECOMENDADO AOS DOENTES, O LEVODOPA. Este é um precursor da dopamina, neurotransmissor responsável pela transmissão dos impulsos nervosos envolvidos nas funções motoras. Os portadores de Parkinson têm uma deficiência deste neurotransmissor, o que leva à perda do controle sobre os movimentos.
“Quando chegam ao tubo digestivo, as proteínas são quebradas em unidades menores, os aminoácidos. O levodopa também é formado de aminoácidos”, diz a nutricionista Maria de Fátima Marucci, da Faculdade de Saúde Pública da USP, em São Paulo, uma das três autoras do livro. “POR ISSO, SE OS ALIMENTOS PROTÉICOS COMO A CARNE SÃO CONSUMIDOS EM EXCESSO, OS AMINOÁCIDOS DESSES ALIMENTOS PASSAM A COMPETIR COM OS AMINOÁCIDOS DO LEVODOPA”, explica.
O resultado é que as células absorvem menos os aminoácidos do levodopa, diminuindo o efeito do remédio. Maria de Fátima recomenda ainda que os alimentos que contêm proteínas sejam consumidos à noite. “Como o paciente vai dormir em seguida, não há muito problema se os tremores não forem controlados devidamente”, diz.
Outro conselho da nutricionista, que trabalhou com as pesquisadoras, Estefânia Pereira e Cláudia Farhud, também da USP, é DAR PREFERÊNCIA ÀS FRUTAS E VERDURAS. “Os portadores de Parkinson costumam se queixar de prisão de ventre. Não se sabe se ela deriva da doença em si ou se é agravada pela reação a algum medicamento, mas o consumo de fibras ameniza este problema”. BEBER MUITO LÍQUIDO – NO MÍNIMO DOIS LITROS POR DIA – TAMBÉM AJUDA O INTESTINO A FUNCIONAR NORMALMENTE.
Maria ressalta que os ALIMENTOS MAIS CALÓRICOS, EM ESPECIAL A GORDURA E OS CARBOIDRATOS (COMO PÃES E MASSAS), TAMBÉM CONTRIBUEM PARA O BEM-ESTAR DO PACIENTE. Um dos primeiros sintomas de quem sofre de mal de Parkinson é a perda de peso.
Apesar de o paciente geralmente abandonar a prática de exercícios, pois não consegue andar direito, os constantes tremores fazem o organismo consumir muita energia, Além disso, pela própria dificuldade de locomoção, há uma tendência de o paciente deixar de cozinhar ou sair para fazer compras de mercado. “Nem todos têm uma pessoa da família ou um acompanhante para fazer a comida”, lembra Maria de Fátima.
A vaidade é outra inimiga da boa alimentação. A nutricionista conta que uma de suas pacientes se recusava a comer quando tinha uma festa, pois o remédio conseguia controlar melhor os tremores. “Não havia competição entre os aminoácidos. Com isso, o efeito do medicamento era maior.”
Tratamento: não existe cura para a doença. As células danificadas não podem ser repostas, pois não conseguem se multiplicar. Remédios que controlam os movimentos involuntários são fundamentais. O levodopa é o principal, pois supre parte da deficiência de dopamina. ACOMPANHAMENTO NEUROLÓGICO, SESSÕES DE FISIOTERAPIA E FONOAUDIOLOGIA, ALÉM DE ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL E TERAPIA OCUPACIONAL TAMBÉM SÃO INDICADOS.
FOI POR ESSAS E OUTRAS QUE AS NUTRICIONISTAS RESOLVERAM ESCREVER O LIVRO, DISTRIBUÍDOS GRATUITAMENTE PELA ASSOCIAÇÃO BRASIL PARKINSON, EM SÃO PAULO. O MANUAL TAMBÉM PODE SER ADQUIRIDO PELO TELEFONE.
ENDEREÇO ABP:
Sede Social: Av. Bosque da Saúde, 1155, São Paulo - SP, CEP: 04142-092.
Telefone: 011) 2578-8177
http://www.gastronomiabrasil.com/Nutricao_e_Saude/Setembro_2001.htm
20/3/2009
Agência FAPESP – Um nova esperança para quem tem doença de Parkinson acaba de ser aberta com o anúncio de um tratamento eficiente e menos invasivo para o problema para o qual ainda não se descobriu cura. A novidade é resultado de um trabalho de pesquisa desenvolvido nos Estados Unidos por um grupo de pesquisadores coordenados pelo brasileiro Miguel Nicolelis, na Universidade Duke.
Trata-se da primeira terapia potencial para a doença a ter como alvo não o cérebro, mas a medula espinhal, a parte do sistema nervoso central contida na coluna vertebral. A descrição do método está em artigo destacado na capa da edição desta sexta-feira (20/3) da revista Science.
Os pesquisadores desenvolveram uma prótese para estimular eletricamente o principal condutor de informações táteis para o cérebro. O dispositivo foi conectado à superfície da medula espinhal em camundongos e em ratos com baixos níveis de dopamina, mediador químico indispensável para a atividade normal do cérebro.
O objetivo foi representar em modelos animais as características biológicas de indivíduos com Parkinson, incluindo a grave perda de habilidades motoras verificada em estágios avançados da doença.
Ao ligar o dispositivo protético, os animais tiveram grande melhoria nos movimentos, passando a adotar comportamentos de exemplares saudáveis. Segundo os cientistas, a melhoria foi observada em média apenas 3 segundos após o estímulo.
“Observamos uma mudança imediata e dramática na capacidade funcional do animal que tem sua medula espinhal estimulada pelo dispositivo. Além disso, trata-se de uma alternativa simples e significativamente menos invasiva do que as tradicionais, como a estimulação cerebral profunda, que tem potencial para uso amplo em conjunto com medicamentos tipicamente usados no tratamento da doença de Parkinson”, explicou Nicolelis.
Foram testados camundongos e ratos com déficit agudo e crônico de dopamina por meio de níveis variados de estimulação elétrica. Os estímulos foram usados em combinação com doses diferentes de terapia de substituição de dopamina (3,4 dihidroxifenilalanina ou L-dopa) para determinar os conjuntos mais eficazes.
Quando a prótese foi usada junto com o medicamento, apenas duas doses de L-dopa foram suficientes para produzir movimentos comparados com as cinco doses necessárias quando o medicamento é usado sozinho.
Enquanto a estimulação cerebral profunda – que envolve cirurgia para implantação de eletrodos – e outros tratamentos experimentais atacam a doença em sua origem, ou seja, no cérebro, Nicolelis e equipe escolheram uma abordagem diferente.
A ideia da estimulação elétrica surgiu quando os cientistas fizeram uma relação surpreendente com outra condição neurológica. “Foi um momento de súbita iluminação. Estávamos analisando a atividade cerebral de camundongos com Parkinson e, de repente, me lembrei de uma pesquisa que fiz sobre epilepsia uma década antes. A partir dali, as idéias começaram a fluir”, disse Nicolelis.
A atividade cerebral em animais com Parkinson se assemelha a episódios leves, contínuos e de baixa frequência observados em exemplares com epilepsia. Uma terapia eficaz para tratar epilepsia envolve a estimulação de nervos periféricos, o que facilita a comunicação entre a medula espinhal e o corpo. O cientista e seu grupo partiram desse conceito para desenvolver a abordagem voltada à doença de Parkinson.
Segundo Nicolelis, os episódios de baixa frequência, ou oscilações, vistos em modelos animais de Parkinson também já foram observados em humanos com a mesma condição. Estimular a porção dorsal da medula espinhal reduz tais oscilações.
“Nosso dispositivo atua junto ao cérebro de modo a produzir um estado neurológico favorável para a locomoção, facilitando a recuperação imediata e notável dos movimentos”, disse Per Petersson, outro autor do estudo.
Estudos clínicos
Os cientistas apontam que, se a prótese se mostrar segura e eficiente na continuação da pesquisa, poderá ser usada como ponto de partida para o desenvolvimento futuro de dispositivos para implante na medula espinhal humana. Esses dispositivos produziriam pequenas correntes elétricas e seriam alimentados por baterias inicialmente carregadas e, posteriormente, inseridas no próprio corpo.
“Se pudermos demonstrar que o dispositivo é seguro e eficiente a longo prazo em primatas e, depois, em humanos, virtualmente todos os pacientes [de Parkinson] poderão receber tal tratamento no futuro próximo”, disse Nicolelis.
O grupo de Duke está trabalhando com neurocientistas do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS) para testar o método em primatas, antes que estudos clínicos em humanos possam ser iniciados.
Cientistas do Instituto Cérebro e Mente da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, também participarão para auxiliar a aplicar os resultados em prática clínica.
Graduado em medicina pela Universidade de São Paulo, em 1984, Nicolelis fez em seguida doutorado na mesma instituição, com bolsa da FAPESP. Em 1992 concluiu pós-doutoramento na Universidade Hahnemann, nos Estados Unidos.
Nicolelis é professor titular do Departamento de Neurobiologia e co-diretor do Centro de Neuroengenharia da Universidade Duke, professor do Instituto Cérebro e Mente da Escola Politécnica Federal de Lausanne e fundador do IINN-ELS.
O artigo Spinal cord stimulation restores locomotion in animal models of Parkinson’s disease, de Miguel Nicolelis e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
Agradeço a ROS MARI ZENHA QUE ENVIOU ME O ARTIGO
e a todos os amigos que tem se manifestado nesta corrente de ESPERANÇA
Questão de opinião
Questão de opinião
Há momentos em que o paciente, inseguro ou com dúvidas em relação a determinado diagnóstico ou tratamento, enfrenta um verdadeiro dilema: ele deve ou não ouvir uma segunda opinião médica?
POR EULINA OLIVEIRA
Em certas situações de emergência, o nervosismo pode im pedir o paciente ou a família de discordar da opinião do médico. No caso da enfermeira Patrícia Hirata, de 26 anos, moradora de São Paulo, a sabedoria da mãe impediu que ela fosse submetida a uma cirurgia desnecessária, prescrita a partir de um diagnóstico errado.
Fonte : Revista VivaSaúde
Obs. Trata-se de uma matéria antiga mas vale a pena rever
Um pouco mais sobre a técnica idealizada por Nicolelis
[...]
A técnica, idealizada por Nicolelis e desenvolvida pelo chileno Romulo Fuentes, consiste em conectar um pequeno eletrodo [uma lâmina de metal] na coluna dos animais e ligá-lo a uma bateria que dispara impulsos elétricos com uma frequência controlada.
Nos roedores, a estratégia conseguiu reverter os sintomas de Parkinson, doença degenerativa que afeta a habilidade motora das pessoas e causa tremores.
Como a aplicação de eletrodos na medula já se provou segura para tratamento de dor crônica em humanos, o uso da técnica contra Parkinson pode sair da fase experimental para a clínica mais rápido. E, a partir de agora, as pesquisas provavelmente serão feitas no Brasil.
[...]
Dose reduzida
Outra vantagem do novo tratamento, diz Nicolelis, é que ele permite prolongar a eficácia da L-dopa, a droga usada para barrar os sintomas da doença nos estágios iniciais. O grande problema da L-dopa é que ela perde a eficácia à medida que o paciente a ingere.
Mas, quando foi usada em conjunto com a estimulação elétrica da medula, melhorou ainda mais o estado dos roedores, mesmo com a dose da droga reduzida em 80%.
[LEIA A MATÉRIA COMPLETA - CLIQUE AQUI - ]
Cura de Parkinson promete avanços em outras doenças
Há promessa de avanços em doenças como paralisia, depressão e mal de Alzheimer. Quem afirma é o neurocientista Miguel Nicolelis.
JORGE PONTUAL Nova York
Mais adiante, a mesma técnica poderá ser usada para tratar outras doenças neurológicas, como depressão, esquizofrenia, mal de Alzheimer e paralisia. “Nós começamos a ver que existem outras doenças que, basicamente, oferecem condições para que a terapia possa ser usada”, afirma o neurocientista Miguel Nicolelis.
O objetivo é, em um futuro não muito distante, implantar aparelhos que enviem estímulos elétricos à medula dorsal para que os pacientes com mal de Parkinson possam ter uma atividade motora normal. Esses pacientes sofrem tremores e dificuldade em iniciar movimentos. Para aliviar os sintomas, eles tomam remédios que fornecem dopamina, um neurotransmissor que regula a atividade motora no cérebro. Mas, com o tempo, esse tratamento perde a eficácia.
Fonte : Bom Dia Brasil
"VAMOS JUNTOS, FAZER DO PARKINSON COISA DO PASSADO".
SEGUNDA-FEIRA É DIA DO AMIGOGAMP DA ABP
A PARTIR DAS 20:00 HS
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domingo, 22 de março de 2009
Diagnóstico diferencial das demências
Sabe-se que o diagnóstico definitivo da maioria das síndromes demenciais depende do exame neuropatológico. Entretanto, uma avaliação clínica cuidadosa incluindo anamnese detalhada, exames físico e neurológico, associado a determinações bioquímicas e de neuroimagem, podem possibilitar maior acurácia no diagnóstico diferencial. Inovações tecnológicas servindo-se de métodos de neuroimagem estrutural e funcional, bem como de técnicas de biologia e genética molecular, têm apresentado perspectivas para o diagnóstico precoce das demências, particularmente da doença de Alzheimer. As diversas etiologias implicadas no desenvolvimento de síndromes demenciais, bem como as respectivas condutas diagnósticas, serão revistas neste artigo.
Fonte : Revista de Psiquiatria Clinica
Dica do Dr.Daniel Cincinatus na sua Comunidade no Orkut Doenças de Parkinson Pesquisas:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=39835815
JADE, NOSSA MENINA DE OURO, PEDE AJUDA!
A ginasta brasileira Jade Barbosa vinha atuando desde antes da Olimpíada de Pequim contundida num dos pulsos. A imensa maioria dos esportes amadores no Brasil sobrevive graças, em primeiro lugar, à paixão e depois, por um semi-profissionalismo marrom.
O Mané Garrincha, faziam jogar mediante infiltrações em seus joelhos arrebentados.[...]
Precisou o Serginho, do São Caetano, morrer durante um jogo para que obrigassem (de verdade) a ter o tal de desfibrilador e ambulância a postos em todos os jogos.
[Leia matéria completa...]
Sem dinheiro, Jade faz promoção de camisetas para pagar tratamento
[...]Jade sofre com uma lesão rara chamada necrose no capitato, em que seu punho direito tem má circulação de sangue no osso central. Devido à gravidade, ela chegou a ser aconselhada por médicos a tentar resolver o problema nos Estados Unidos. No entanto, sem recursos, a ginasta irá se tratar no país. O caso chegou, inclusive, a ser observado em um congresso de ortopedia em São Paulo, mas os estudiosos não conseguiram chegar a qualquer conclusão.[...]
[Leia matéria completa]
Site oficial: http://www.jadebarbosa.com.br
sábado, 21 de março de 2009
COMPORTAMENTO: “LIVRE-SE DAS CULPAS E NÃO SEJA SEU PIOR INIMIGO!”
[Devo esclarecer que as opiniões colocadas aqui são de minha total responsabilidade].
Ao longo da vida, reunimos muitas experiências fartas de valores afetivos, hábitos, algumas crenças limitantes e mitos que deixam marcas em nossa mente, que busca a todo instante, em antigos conceitos, soluções para tratar com situações totalmente novas e inesperadas. Reconheço que cada pessoa é única, e que cada uma pode passar por diferentes situações conflitantes, mas entendo ainda que muitas vezes carregamos uma carga muito pesada de “culpa” que não nos pertencem.
Falo de regras e/ou dogmas impostos pela sociedade, ou por uma comunidade, que não raramente nos coloca numa posição inferior e inquestionavelmente inaceitável, atropelando o bom senso e nossos valores próprios.
Falo ainda mais especificamente de algumas experiências próprias. Algumas pessoas, depois que tomaram conhecimento de que sou portadora de Parkinson, me trataram com indiferença, descaso, desprezo, outras ainda foram omissas.
Logo no início do meu convívio com o Sr. Parkinson, sentia-me muito insegura, confusa, sem informação e infelizmente não tive apoio em meu lar para seguir em frente, com o respeito que me era devido. Deixei-me afetar pelo preconceito, pelo medo, pela indiferença.
Diante de uma situação de risco o que devemos fazer? Quando nos atiram pedras devemos nos desviar delas.
Incontáveis vezes ouvi pessoas dizerem: você “não pode”, “não consegue”, “não vai” porque tem Parkinson. Por algum tempo acreditei nisso.
Depois de um casamento desfeito, tendo vivido os últimos 20 anos como dona de casa (agora sem hífen), aos 46 anos, voltei a estudar, fui trabalhar para custear minha vida e meu tratamento e aprendi a desviar das pedras atiradas.
De quem é a culpa de eu, meu vizinho ou você sermos portadores de Parkinson? De ninguém! Vejo pessoas que se culpam pela doença, pensam que fizeram algo errado por isso ficaram doentes. Culpa é como se saíssemos para passear no parque carregando um saco de areia de 50 quilos nas costas, ou seja, é tão inútil como “água em pó”.
O tempo que perdi buscando culpados ou estendendo a culpa pelas minhas atitudes foi inútil, passou e não será recuperado. O que fazer com meu passado? Devo deixá-lo lá onde ficou: quieto no passado. Não tenho feito planos a longo prazo, no máximo com expectativas de um a dois anos, (excetuando-se uma série de cursos que planejei fazer em 4 anos). Tenho vivido e partilhado mais minhas alegrias com os que eu amo, dia após dia. Eu vivo um dia de cada vez, mas vivo com vontade de viver, com intensidade!
Como lidar com o presente e situações novas valendo-se de conceitos antigos? Eu realmente não sei responder, pois eu mesma rasguei e queimei algumas teorias que aprendi ao longo da vida. O mundo muda, evolui. Nós também somos capazes de mudar e evoluir.
Fui educada para constituir família, manter e cuidar para que todos estiverem sempre bem vestidos, bem alimentados, unidos e felizes... Até que um dia isso tudo desmoronou. Aceitar a separação, a indiferença, a falta de apoio foi um momento doloroso e difícil. E eu costumo dizer que o tempo não cura a dor, a dor está lá e ficará para sempre. O tempo nada cura! Mas com o tempo podemos nos tornar muito maiores e mais fortes que a dor e superá-la. Só depende do nosso real desejo superar a dor. A dor não diminui, nós é que nos tornamos maiores, mais fortes, se e somente se estivermos determinados a isso.
Se permitirmos que nos tratem com vítimas, então seremos vítimas. Se nos sentirmos derrotados, seremos derrotados. Nossas conquistas se iniciam a partir da nossa plena convicção de sermos vencedores.
Ser vencedor, na minha opinião, não é acumular bens, carros caros, poder financeiro. A sociedade consumista é cruel e impõe um modelo distorcido de sucesso, evidenciando o êxito como conquista de bens materiais. Mas vitória legítima está em tornar-se uma pessoa melhor a cada dia, em fazer o bem por convicção. Vivendo pelo melhor de nós, é evidente que teremos uma vida mais produtiva.
Superei a depressão, as ausências e descobri que “eu posso, eu vou e eu consigo”, porque eu realmente desejo. Aprendo todo dia um pouco mais como é conviver com o Sr. Parkinson. Fiz um pacto com a vida e não vou sabotar a minha felicidade.
Há doenças como câncer, artrite, reumatismo, tantas e tantas outras. Nós portadores de Parkinson necessitamos de cuidados como também necessitam os portadores de outras doenças. Pessoas saudáveis precisam de cuidados com alimentação, precisam praticar alguma atividade física, precisam de cuidados médicos periódicos, para que possam manter essa condição. Penso que em nada somos diferentes de outras pessoas.
A informação é uma ferramenta poderosa, que nos permite participar de maneira muito mais eficiente na escolha dos tratamentos e compreender como nos posicionar diante dos efeitos inesperados, por esta razão eu peço aos familiares, amigos, cuidadores e pessoas próximas dos portadores de DP que conversem com o médico, também busquem informações para entender melhor as necessidades, as dificuldades enfrentadas. Pelo fato desta doença ser intermitente, ou seja, variável entre intervalos bons e outros ruins, o humor do portador de DP também é inconstante. Há pessoas que por não terem informação sobre os estágios da doença, as dificuldades e variações de cada caso, imaginam muitas vezes que o portador de DP simula estar doente. Há parkinsonianos que inicialmente não apresentam tremores, mas possuem dificuldades de locomoção ou equilíbrio, alguns de um só lado do corpo, outros dos dois lados, alguns sentem maior dificuldade nos membros inferiores, outros nos membros superiores. É muito importante o apoio da família neste momento em que tratamos com o inesperado e estamos nos readaptando aos imprevistos diários.
Hoje eu percebo que a necessidade de conviver com o Sr. Parkinson não foi a maior barreira que enfrentei, mas foram sim o desamor e a omissão.
Nós todos, saudáveis ou não, (uns mais, outros menos), necessitamos sim de atenção, carinho, amor, respeito, dignidade, hábitos saudáveis, cuidados com a saúde.
Por isso enfatizo a necessidade de buscar informação, não desistir do tratamento médico, tomar os medicamentos de modo correto, nunca usar remédios por conta própria sem a devida prescrição médica, fazer exercícios físicos, ter hábitos saudáveis com higiene pessoal e alimentação, não se afastar dos amigos, tentar manter o convívio com a família, e nunca, jamais, em tempo algum desamar a si próprio.
Eu peço com insistência: - NÃO SABOTE SUA FELICIDADE! LIVRE-SE DAS CULPAS E NÃO SEJA SEU PIOR INIMIGO.
Volto a afirmar: - NOSSA ALMA NÃO TEM PARKINSON!
Deixo aqui um enorme abraço cheio de esperanças pela descoberta do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis.
E a vida tem urgência de seguir adiante...
Simplesmente *TT.
Conversa com o neurocientista Iván Izquierdo
Por Tatiana Bandeira
Revista Vida Simples - 02/2009
Para o neurocientista Iván Izquierdo, há ruídos demais no mundo. E, para saber diferenciar no meio da balbúrdia o que faz diferença, só usando o que se aprende desde pequeno: o bom senso. Ou cantar como Balu, o urso que adora aproveitar a vida no filme Mogli: “Eu digo o necessário, somente o necessário. Por isso que nessa vida eu vivo em paz”. Aos 71 anos, o coordenador do Centro de Pesquisas da Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e hoje pesquisando “basicamente o que faz com que as memórias persistam por mais tempo”, como diz, Izquierdo defende a necessidade de fazer escolhas – para escapar de tanto ruído. E sabe do que fala. Ele é autor do livro Silêncio, por Favor, no qual analisa a sociedade contemporânea e os ruídos – os mais variados possíveis – que atrapalham a qualidade de vida. O médico e pesquisador argentino, radicado no Brasil desde 1973, chama a atenção pela produção nada silenciosa: 630 artigos publicados, a maioria sobre a memória, e 18 livros. O mérito consiste em mesclar ciência e humanismo em boa parte de suas obras. Em uma sala coberta de publicações, ele conta, após desligar um rádio, que usa há dez anos aparelho auditivo. “Mas só em um ouvido”, faz questão de reforçar.
Há ruídos demais no mundo, o senhor admite. Mas de onde eles vêm?
Vêm do excesso de informações com que somos bombardeados, o tempo todo, pelas formas mais diversas, e isso atordoa. Os ruídos não são só auditivos mas também visuais, linguísticos e sensoriais. São os sons indesejáveis, que gostaríamos de ignorar para poder atender aos sinais que nos são importantes. No livro que escrevi, cito que no meio da balbúrdia generalizada queremos ouvir a voz que nos chama. A voz é o sinal. Tome-se como exemplo uma entrevista em que os repórteres se juntam todos a disparar perguntas. Quem vai responder, das inúmeras perguntas feitas, só vai entender uma. O restante atrapalha. Quanto ao excesso de informação, no jornal que se lê diariamente, ocorre o mesmo. É preciso selecionar os sinais em meio ao ruído. Quem lê pede “Silêncio, por favor!”. Se quero extrair informações sobre um filme num site, tenho dados em torno sobre todo o restante do mundo. As que realmente podem ser de interesse são poucas. Isso é ruído e é preciso saber escolher, tirar a mosca da sopa. Afinal, não queremos comer a mosca!
Nascemos fazendo barulho, chorando. O ruído, então, não é parte da dita condição humana?
Não, esse ruído é diferente, é informação. Não é melodia e, como sorriso, é uma forma de expressão. É como avisar alguém que está na rua e vai cair: por vezes, emitimos ruídos considerados feios, gritos, mas é uma maneira que se tem no momento de comunicar.
Como os ruídos e o excesso de informação podem afetar a memória e as emoções?
A memória, o cérebro, querem gravar informações. O que a gente quer é irrelevante. Se o silêncio compete com o ruído, atrapalha diretamente a formação da memória porque o cérebro “escolhe”, por mecanismos diferentes de memória, a forma desse processamento. Atrapalham a memorização, a percepção e a sensibilidade, nas suas mais variadas combinações, inclusive prejudicando as memórias guardadas anteriormente. Para dar um passo, preciso me lembrar do passo anterior para que possa ter sentido de direção. E continuar, seguir a vida. Na saúde mental, existe uma situação patológica que é a esquizofrenia, em que não se consegue identificar os sinais em meio aos ruídos – percebe-se tudo como importante. Mas, mediante tratamento, como no caso do cientista John Nash, que teve a vida retratada no filme Uma Mente Brilhante, é possível melhorar, levar a vida – inclusive ganhar um Nobel, como ocorreu com ele. Tratando-se de emoções, podem gerar ansiedade e, se ela for demasiada, causar desespero. Com tratamentos apropriados, entretanto, é possível se ver livre do “ruído que vem de dentro”, causado pela ansiedade.
Como se prevenir?
O cérebro, por meio de um sistema chamado “memória de trabalho”, quando não consegue fazê-lo, registra uma espécie de intoxicação e aí entra um processo de confusão. A principal forma de prevenção é se manter atento, aprender a discriminar informação de ruído.
Em que medida as pausas – por exemplo, parar para tomar um café durante o trabalho – são importantes para manter a mente mais tranquila?
Sempre fazemos pausas. É necessário para a percepção correta do que vivenciamos. É como o ponto final nos textos escritos, que usamos para, depois, seguir, passar para outra linha. A vida está cheia disso, caso contrário não conseguiríamos discriminar as memórias porque a capacidade de armazená-las é saturável.
A ignorância é barulhenta?
É muito barulhenta. Há um tipo de desinformação que tem sua origem no desejo de simplificar, reduzir tudo a uma frase de efeito. De tanto interpretar besteiras, às vezes por descaso, às vezes pelo hábito de não prestar atenção, as pessoas se confundem em meio à ignorância emitida até por gente que não é burra, por pessoas que sabem ler e escrever. Temos certos escritores por aí que se enquadram nessa classificação. Os demagogos e os políticos, com suas falsas promessas não cumpridas, que geram desinformação, são outros.
Como reconhecer em meio à balbúrdia, outro termo usado pelo senhor, quem e o quê, no meio dos ruídos, vale a pena?
Utilizando, novamente o bom senso. Muitos fatores, é verdade, influenciam. Mas o que importa é buscarmos afinidade nos relacionamentos, procurar ler, ouvir as músicas de que se gosta, refletir sobre o que é importante ou pelo menos útil. E sorte.
Há o risco de incorporar os ruídos definitivamente ao cotidiano, deixando de percebê-los?
Apareceu, junto com o ruído, o hábito do ruído, o costume de não saber mais ouvir em silêncio. É preciso prestar atenção na volta. É uma questão de educação coletiva. A imprensa desempenha um papel-chave, noticiando o necessário.
Quando o grito é necessário?
Grita-se para que se possa ser ouvido no meio dos ruídos, como numa festa, ou para se defender, se proteger e proteger os demais. Se fico sabendo de uma roubalheira no governo, por exemplo, posso fazer algo, gritar para defender o bolso do contribuinte.
As pessoas sabem conviver com o silêncio?
Não conheço ninguém. Os monges, talvez. Não sei.
Livros
Silêncio, por Favor, Iván Izquierdo, Unisinos
silêncio, por favor
Os ruídos atrapalham nossa qualidade de vida, acredita o neurocientista Iván Izquierdo. Mais: a profusão de estímulos pode afetar nossas memórias e emoções
Por Tatiana Bandeira
Revista Vida Simples - 02/2009
Para o neurocientista Iván Izquierdo, há ruídos demais no mundo. E, para saber diferenciar no meio da balbúrdia o que faz diferença, só usando o que se aprende desde pequeno: o bom senso. Ou cantar como Balu, o urso que adora aproveitar a vida no filme Mogli: “Eu digo o necessário, somente o necessário. Por isso que nessa vida eu vivo em paz”. Aos 71 anos, o coordenador do Centro de Pesquisas da Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e hoje pesquisando “basicamente o que faz com que as memórias persistam por mais tempo”, como diz, Izquierdo defende a necessidade de fazer escolhas – para escapar de tanto ruído. E sabe do que fala. Ele é autor do livro Silêncio, por Favor, no qual analisa a sociedade contemporânea e os ruídos – os mais variados possíveis – que atrapalham a qualidade de vida. O médico e pesquisador argentino, radicado no Brasil desde 1973, chama a atenção pela produção nada silenciosa: 630 artigos publicados, a maioria sobre a memória, e 18 livros. O mérito consiste em mesclar ciência e humanismo em boa parte de suas obras. Em uma sala coberta de publicações, ele conta, após desligar um rádio, que usa há dez anos aparelho auditivo. “Mas só em um ouvido”, faz questão de reforçar.
Há ruídos demais no mundo, o senhor admite. Mas de onde eles vêm?
Vêm do excesso de informações com que somos bombardeados, o tempo todo, pelas formas mais diversas, e isso atordoa. Os ruídos não são só auditivos mas também visuais, linguísticos e sensoriais. São os sons indesejáveis, que gostaríamos de ignorar para poder atender aos sinais que nos são importantes. No livro que escrevi, cito que no meio da balbúrdia generalizada queremos ouvir a voz que nos chama. A voz é o sinal. Tome-se como exemplo uma entrevista em que os repórteres se juntam todos a disparar perguntas. Quem vai responder, das inúmeras perguntas feitas, só vai entender uma. O restante atrapalha. Quanto ao excesso de informação, no jornal que se lê diariamente, ocorre o mesmo. É preciso selecionar os sinais em meio ao ruído. Quem lê pede “Silêncio, por favor!”. Se quero extrair informações sobre um filme num site, tenho dados em torno sobre todo o restante do mundo. As que realmente podem ser de interesse são poucas. Isso é ruído e é preciso saber escolher, tirar a mosca da sopa. Afinal, não queremos comer a mosca!
Nascemos fazendo barulho, chorando. O ruído, então, não é parte da dita condição humana?
Não, esse ruído é diferente, é informação. Não é melodia e, como sorriso, é uma forma de expressão. É como avisar alguém que está na rua e vai cair: por vezes, emitimos ruídos considerados feios, gritos, mas é uma maneira que se tem no momento de comunicar.
Como os ruídos e o excesso de informação podem afetar a memória e as emoções?
A memória, o cérebro, querem gravar informações. O que a gente quer é irrelevante. Se o silêncio compete com o ruído, atrapalha diretamente a formação da memória porque o cérebro “escolhe”, por mecanismos diferentes de memória, a forma desse processamento. Atrapalham a memorização, a percepção e a sensibilidade, nas suas mais variadas combinações, inclusive prejudicando as memórias guardadas anteriormente. Para dar um passo, preciso me lembrar do passo anterior para que possa ter sentido de direção. E continuar, seguir a vida. Na saúde mental, existe uma situação patológica que é a esquizofrenia, em que não se consegue identificar os sinais em meio aos ruídos – percebe-se tudo como importante. Mas, mediante tratamento, como no caso do cientista John Nash, que teve a vida retratada no filme Uma Mente Brilhante, é possível melhorar, levar a vida – inclusive ganhar um Nobel, como ocorreu com ele. Tratando-se de emoções, podem gerar ansiedade e, se ela for demasiada, causar desespero. Com tratamentos apropriados, entretanto, é possível se ver livre do “ruído que vem de dentro”, causado pela ansiedade.
Como se prevenir?
O cérebro, por meio de um sistema chamado “memória de trabalho”, quando não consegue fazê-lo, registra uma espécie de intoxicação e aí entra um processo de confusão. A principal forma de prevenção é se manter atento, aprender a discriminar informação de ruído.
Em que medida as pausas – por exemplo, parar para tomar um café durante o trabalho – são importantes para manter a mente mais tranquila?
Sempre fazemos pausas. É necessário para a percepção correta do que vivenciamos. É como o ponto final nos textos escritos, que usamos para, depois, seguir, passar para outra linha. A vida está cheia disso, caso contrário não conseguiríamos discriminar as memórias porque a capacidade de armazená-las é saturável.
A ignorância é barulhenta?
É muito barulhenta. Há um tipo de desinformação que tem sua origem no desejo de simplificar, reduzir tudo a uma frase de efeito. De tanto interpretar besteiras, às vezes por descaso, às vezes pelo hábito de não prestar atenção, as pessoas se confundem em meio à ignorância emitida até por gente que não é burra, por pessoas que sabem ler e escrever. Temos certos escritores por aí que se enquadram nessa classificação. Os demagogos e os políticos, com suas falsas promessas não cumpridas, que geram desinformação, são outros.
Como reconhecer em meio à balbúrdia, outro termo usado pelo senhor, quem e o quê, no meio dos ruídos, vale a pena?
Utilizando, novamente o bom senso. Muitos fatores, é verdade, influenciam. Mas o que importa é buscarmos afinidade nos relacionamentos, procurar ler, ouvir as músicas de que se gosta, refletir sobre o que é importante ou pelo menos útil. E sorte.
Há o risco de incorporar os ruídos definitivamente ao cotidiano, deixando de percebê-los?
Apareceu, junto com o ruído, o hábito do ruído, o costume de não saber mais ouvir em silêncio. É preciso prestar atenção na volta. É uma questão de educação coletiva. A imprensa desempenha um papel-chave, noticiando o necessário.
Quando o grito é necessário?
Grita-se para que se possa ser ouvido no meio dos ruídos, como numa festa, ou para se defender, se proteger e proteger os demais. Se fico sabendo de uma roubalheira no governo, por exemplo, posso fazer algo, gritar para defender o bolso do contribuinte.
As pessoas sabem conviver com o silêncio?
Não conheço ninguém. Os monges, talvez. Não sei.
Livros
Silêncio, por Favor, Iván Izquierdo, Unisinos
Fonte : Planeta Sustentável