Seja bem vindo ao nosso blog esperamos contribuir para esclarecer duvidas e minimizar os aspectos stressantes da Doença de Parkinson. Nossa meta é agregar valores e integrar a família parkinsoniana do Brasil criando um grupo (chat) de amigos com problemas afins.Sabemos que a doença ainda não tem cura, mas a troca de informações ajuda no combate ao Mr. Parkinson e seguimos firme para uma Qualidade de Vida.
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segunda-feira, 23 de março de 2009
ALIMENTAÇÃO CORRETA
Os tremores e a dificuldade de locomoção que o portador do mal de Parkinson enfrenta podem ser amenizados com alimentação adequada. É o que mostra o livro A alimentação a doença de Parkinson, o primeiro do gênero no país. O manual dá dicas de como uma simples dieta ajuda a evitar algumas complicações da doença.
A REGRA NÚMERO UM É BALANCEAR A INGESTÃO DE ALIMENTOS PROTÉICOS, COMO A CARNE, O LEITE E OS OVOS, POIS COMPETEM DENTRO DO ORGANISMO COM O PRINCIPAL MEDICAMENTO RECOMENDADO AOS DOENTES, O LEVODOPA. Este é um precursor da dopamina, neurotransmissor responsável pela transmissão dos impulsos nervosos envolvidos nas funções motoras. Os portadores de Parkinson têm uma deficiência deste neurotransmissor, o que leva à perda do controle sobre os movimentos.
“Quando chegam ao tubo digestivo, as proteínas são quebradas em unidades menores, os aminoácidos. O levodopa também é formado de aminoácidos”, diz a nutricionista Maria de Fátima Marucci, da Faculdade de Saúde Pública da USP, em São Paulo, uma das três autoras do livro. “POR ISSO, SE OS ALIMENTOS PROTÉICOS COMO A CARNE SÃO CONSUMIDOS EM EXCESSO, OS AMINOÁCIDOS DESSES ALIMENTOS PASSAM A COMPETIR COM OS AMINOÁCIDOS DO LEVODOPA”, explica.
O resultado é que as células absorvem menos os aminoácidos do levodopa, diminuindo o efeito do remédio. Maria de Fátima recomenda ainda que os alimentos que contêm proteínas sejam consumidos à noite. “Como o paciente vai dormir em seguida, não há muito problema se os tremores não forem controlados devidamente”, diz.
Outro conselho da nutricionista, que trabalhou com as pesquisadoras, Estefânia Pereira e Cláudia Farhud, também da USP, é DAR PREFERÊNCIA ÀS FRUTAS E VERDURAS. “Os portadores de Parkinson costumam se queixar de prisão de ventre. Não se sabe se ela deriva da doença em si ou se é agravada pela reação a algum medicamento, mas o consumo de fibras ameniza este problema”. BEBER MUITO LÍQUIDO – NO MÍNIMO DOIS LITROS POR DIA – TAMBÉM AJUDA O INTESTINO A FUNCIONAR NORMALMENTE.
Maria ressalta que os ALIMENTOS MAIS CALÓRICOS, EM ESPECIAL A GORDURA E OS CARBOIDRATOS (COMO PÃES E MASSAS), TAMBÉM CONTRIBUEM PARA O BEM-ESTAR DO PACIENTE. Um dos primeiros sintomas de quem sofre de mal de Parkinson é a perda de peso.
Apesar de o paciente geralmente abandonar a prática de exercícios, pois não consegue andar direito, os constantes tremores fazem o organismo consumir muita energia, Além disso, pela própria dificuldade de locomoção, há uma tendência de o paciente deixar de cozinhar ou sair para fazer compras de mercado. “Nem todos têm uma pessoa da família ou um acompanhante para fazer a comida”, lembra Maria de Fátima.
A vaidade é outra inimiga da boa alimentação. A nutricionista conta que uma de suas pacientes se recusava a comer quando tinha uma festa, pois o remédio conseguia controlar melhor os tremores. “Não havia competição entre os aminoácidos. Com isso, o efeito do medicamento era maior.”
Tratamento: não existe cura para a doença. As células danificadas não podem ser repostas, pois não conseguem se multiplicar. Remédios que controlam os movimentos involuntários são fundamentais. O levodopa é o principal, pois supre parte da deficiência de dopamina. ACOMPANHAMENTO NEUROLÓGICO, SESSÕES DE FISIOTERAPIA E FONOAUDIOLOGIA, ALÉM DE ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL E TERAPIA OCUPACIONAL TAMBÉM SÃO INDICADOS.
FOI POR ESSAS E OUTRAS QUE AS NUTRICIONISTAS RESOLVERAM ESCREVER O LIVRO, DISTRIBUÍDOS GRATUITAMENTE PELA ASSOCIAÇÃO BRASIL PARKINSON, EM SÃO PAULO. O MANUAL TAMBÉM PODE SER ADQUIRIDO PELO TELEFONE.
ENDEREÇO ABP:
Sede Social: Av. Bosque da Saúde, 1155, São Paulo - SP, CEP: 04142-092.
Telefone: 011) 2578-8177
http://www.gastronomiabrasil.com/Nutricao_e_Saude/Setembro_2001.htm
20/3/2009
Agência FAPESP – Um nova esperança para quem tem doença de Parkinson acaba de ser aberta com o anúncio de um tratamento eficiente e menos invasivo para o problema para o qual ainda não se descobriu cura. A novidade é resultado de um trabalho de pesquisa desenvolvido nos Estados Unidos por um grupo de pesquisadores coordenados pelo brasileiro Miguel Nicolelis, na Universidade Duke.
Trata-se da primeira terapia potencial para a doença a ter como alvo não o cérebro, mas a medula espinhal, a parte do sistema nervoso central contida na coluna vertebral. A descrição do método está em artigo destacado na capa da edição desta sexta-feira (20/3) da revista Science.
Os pesquisadores desenvolveram uma prótese para estimular eletricamente o principal condutor de informações táteis para o cérebro. O dispositivo foi conectado à superfície da medula espinhal em camundongos e em ratos com baixos níveis de dopamina, mediador químico indispensável para a atividade normal do cérebro.
O objetivo foi representar em modelos animais as características biológicas de indivíduos com Parkinson, incluindo a grave perda de habilidades motoras verificada em estágios avançados da doença.
Ao ligar o dispositivo protético, os animais tiveram grande melhoria nos movimentos, passando a adotar comportamentos de exemplares saudáveis. Segundo os cientistas, a melhoria foi observada em média apenas 3 segundos após o estímulo.
“Observamos uma mudança imediata e dramática na capacidade funcional do animal que tem sua medula espinhal estimulada pelo dispositivo. Além disso, trata-se de uma alternativa simples e significativamente menos invasiva do que as tradicionais, como a estimulação cerebral profunda, que tem potencial para uso amplo em conjunto com medicamentos tipicamente usados no tratamento da doença de Parkinson”, explicou Nicolelis.
Foram testados camundongos e ratos com déficit agudo e crônico de dopamina por meio de níveis variados de estimulação elétrica. Os estímulos foram usados em combinação com doses diferentes de terapia de substituição de dopamina (3,4 dihidroxifenilalanina ou L-dopa) para determinar os conjuntos mais eficazes.
Quando a prótese foi usada junto com o medicamento, apenas duas doses de L-dopa foram suficientes para produzir movimentos comparados com as cinco doses necessárias quando o medicamento é usado sozinho.
Enquanto a estimulação cerebral profunda – que envolve cirurgia para implantação de eletrodos – e outros tratamentos experimentais atacam a doença em sua origem, ou seja, no cérebro, Nicolelis e equipe escolheram uma abordagem diferente.
A ideia da estimulação elétrica surgiu quando os cientistas fizeram uma relação surpreendente com outra condição neurológica. “Foi um momento de súbita iluminação. Estávamos analisando a atividade cerebral de camundongos com Parkinson e, de repente, me lembrei de uma pesquisa que fiz sobre epilepsia uma década antes. A partir dali, as idéias começaram a fluir”, disse Nicolelis.
A atividade cerebral em animais com Parkinson se assemelha a episódios leves, contínuos e de baixa frequência observados em exemplares com epilepsia. Uma terapia eficaz para tratar epilepsia envolve a estimulação de nervos periféricos, o que facilita a comunicação entre a medula espinhal e o corpo. O cientista e seu grupo partiram desse conceito para desenvolver a abordagem voltada à doença de Parkinson.
Segundo Nicolelis, os episódios de baixa frequência, ou oscilações, vistos em modelos animais de Parkinson também já foram observados em humanos com a mesma condição. Estimular a porção dorsal da medula espinhal reduz tais oscilações.
“Nosso dispositivo atua junto ao cérebro de modo a produzir um estado neurológico favorável para a locomoção, facilitando a recuperação imediata e notável dos movimentos”, disse Per Petersson, outro autor do estudo.
Estudos clínicos
Os cientistas apontam que, se a prótese se mostrar segura e eficiente na continuação da pesquisa, poderá ser usada como ponto de partida para o desenvolvimento futuro de dispositivos para implante na medula espinhal humana. Esses dispositivos produziriam pequenas correntes elétricas e seriam alimentados por baterias inicialmente carregadas e, posteriormente, inseridas no próprio corpo.
“Se pudermos demonstrar que o dispositivo é seguro e eficiente a longo prazo em primatas e, depois, em humanos, virtualmente todos os pacientes [de Parkinson] poderão receber tal tratamento no futuro próximo”, disse Nicolelis.
O grupo de Duke está trabalhando com neurocientistas do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS) para testar o método em primatas, antes que estudos clínicos em humanos possam ser iniciados.
Cientistas do Instituto Cérebro e Mente da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, também participarão para auxiliar a aplicar os resultados em prática clínica.
Graduado em medicina pela Universidade de São Paulo, em 1984, Nicolelis fez em seguida doutorado na mesma instituição, com bolsa da FAPESP. Em 1992 concluiu pós-doutoramento na Universidade Hahnemann, nos Estados Unidos.
Nicolelis é professor titular do Departamento de Neurobiologia e co-diretor do Centro de Neuroengenharia da Universidade Duke, professor do Instituto Cérebro e Mente da Escola Politécnica Federal de Lausanne e fundador do IINN-ELS.
O artigo Spinal cord stimulation restores locomotion in animal models of Parkinson’s disease, de Miguel Nicolelis e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
Agradeço a ROS MARI ZENHA QUE ENVIOU ME O ARTIGO
e a todos os amigos que tem se manifestado nesta corrente de ESPERANÇA
Questão de opinião
Questão de opinião
Há momentos em que o paciente, inseguro ou com dúvidas em relação a determinado diagnóstico ou tratamento, enfrenta um verdadeiro dilema: ele deve ou não ouvir uma segunda opinião médica?
POR EULINA OLIVEIRA
Em certas situações de emergência, o nervosismo pode im pedir o paciente ou a família de discordar da opinião do médico. No caso da enfermeira Patrícia Hirata, de 26 anos, moradora de São Paulo, a sabedoria da mãe impediu que ela fosse submetida a uma cirurgia desnecessária, prescrita a partir de um diagnóstico errado.
Fonte : Revista VivaSaúde
Obs. Trata-se de uma matéria antiga mas vale a pena rever
Um pouco mais sobre a técnica idealizada por Nicolelis
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A técnica, idealizada por Nicolelis e desenvolvida pelo chileno Romulo Fuentes, consiste em conectar um pequeno eletrodo [uma lâmina de metal] na coluna dos animais e ligá-lo a uma bateria que dispara impulsos elétricos com uma frequência controlada.
Nos roedores, a estratégia conseguiu reverter os sintomas de Parkinson, doença degenerativa que afeta a habilidade motora das pessoas e causa tremores.
Como a aplicação de eletrodos na medula já se provou segura para tratamento de dor crônica em humanos, o uso da técnica contra Parkinson pode sair da fase experimental para a clínica mais rápido. E, a partir de agora, as pesquisas provavelmente serão feitas no Brasil.
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Dose reduzida
Outra vantagem do novo tratamento, diz Nicolelis, é que ele permite prolongar a eficácia da L-dopa, a droga usada para barrar os sintomas da doença nos estágios iniciais. O grande problema da L-dopa é que ela perde a eficácia à medida que o paciente a ingere.
Mas, quando foi usada em conjunto com a estimulação elétrica da medula, melhorou ainda mais o estado dos roedores, mesmo com a dose da droga reduzida em 80%.
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Cura de Parkinson promete avanços em outras doenças
Há promessa de avanços em doenças como paralisia, depressão e mal de Alzheimer. Quem afirma é o neurocientista Miguel Nicolelis.
JORGE PONTUAL Nova York
Mais adiante, a mesma técnica poderá ser usada para tratar outras doenças neurológicas, como depressão, esquizofrenia, mal de Alzheimer e paralisia. “Nós começamos a ver que existem outras doenças que, basicamente, oferecem condições para que a terapia possa ser usada”, afirma o neurocientista Miguel Nicolelis.
O objetivo é, em um futuro não muito distante, implantar aparelhos que enviem estímulos elétricos à medula dorsal para que os pacientes com mal de Parkinson possam ter uma atividade motora normal. Esses pacientes sofrem tremores e dificuldade em iniciar movimentos. Para aliviar os sintomas, eles tomam remédios que fornecem dopamina, um neurotransmissor que regula a atividade motora no cérebro. Mas, com o tempo, esse tratamento perde a eficácia.
Fonte : Bom Dia Brasil
"VAMOS JUNTOS, FAZER DO PARKINSON COISA DO PASSADO".
SEGUNDA-FEIRA É DIA DO AMIGOGAMP DA ABP
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