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segunda-feira, 23 de junho de 2008

FESTA JUNINA DA ABP -21 DE JUNHO 2008

"Diabetes tipo 3"

Além do pâncreas, outros órgãos estão envolvidos na regulação dos níveis de açúcar no sangue. Um deles, em particular, tem sido alvo de investigações exaustivas nas últimas duas décadas: o cérebro. As células neurais, já se sabe, têm um papel importante na produção do hormônio insulina e na estocagem de açúcar no sangue. Atualmente, os pesquisadores analisam a relação desse hormônio com o aparecimento de doenças neurológicas. Alterações nos níveis de insulina no cérebro passaram a ser associadas a distúrbios neurodegenerativos, como Alzheimer, Parkinson e Huntington. Isso porque o hormônio é fundamental nas funções de cognição e memória. "Em estudos com pacientes que usaram um spray nasal contendo insulina, houve uma melhora imediata nessas funções cerebrais", diz o endocrinologista Freddy Eliaschewitz.

Um estudo da Universidade Brown, nos Estados Unidos, comparou os níveis de insulina no cérebro de pessoas saudáveis com os de pacientes com Alzheimer. O hormônio era quatro vezes mais abundante nas áreas associadas a aprendizado e memória no grupo das saudáveis. Elas também apresentavam dez vezes mais receptores de insulina no cérebro. Outras pesquisas mostram que as vítimas de diabetes são duas vezes mais propensas a desenvolver o distúrbio. Por causa da relação tão estreita, alguns médicos já se referem ao Alzheimer como "diabetes tipo 3". A falta de insulina também foi detectada entre doentes de Parkinson e Huntington. Por causa disso, pelo menos metade das vítimas de Parkinson tem níveis de glicose alterados. Não há ainda uma resposta definitiva sobre os mecanismos pelos quais a insulina altera o funcionamento do cérebro. Uma das hipóteses é que a deficiência do hormônio resultaria na produção de placas tóxicas de proteína na região cerebral e, conseqüentemente, na morte de neurônios.

Fonte: Revista Veja edição 2064

Mayana Zatz
Geneticista e diretora do Centro
de Estudos do Genoma Humano (USP)
E-mail: mayanazatz.ciencia@gmail.com

Quinta-feira, 19 de Junho de 2008
Sobre as cobaias humanas

Ao ler o texto Cobaias Humanas, publicado neste espaço no dia 5, pela primeira vez vi alguém da comunidade científica favorável às pesquisas com células-tronco embrionárias vir a público e, de forma honesta, expor com clareza que a cura de várias doenças mediante a manipulação desses embriões é apenas uma possibilidade, nada mais do que isso - por enquanto. Antes da votação do Supremo Tribunal Federal sobre a questão, o mais comum era ouvir desses cientistas que a cura de várias doenças estava muito próxima, como se fosse um passe de mágica.
Quinta-feira, 19 de Junho de 2008
Sobre as cobaias humanas

Ao ler o texto Cobaias Humanas, publicado neste espaço no dia 5, pela primeira vez vi alguém da comunidade científica favorável às pesquisas com células-tronco embrionárias vir a público e, de forma honesta, expor com clareza que a cura de várias doenças mediante a manipulação desses embriões é apenas uma possibilidade, nada mais do que isso - por enquanto. Antes da votação do Supremo Tribunal Federal sobre a questão, o mais comum era ouvir desses cientistas que a cura de várias doenças estava muito próxima, como se fosse um passe de mágica.
Fonte: Revista Veja.Com