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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Uso de medicamentos naturais requer cuidados

TATIANA DINIZ da Folha de S.Paulo

Os usos dos medicamentos chamados de "naturais" enfrentam ressalvas. E é bom aprender a distinguir "naturais" de "fitoterápicos". Fitomedicamento é um remédio que tem como princípio ativo uma erva natural e cuja eficácia e segurança foram devidamente comprovadas. Esses medicamentos precisam ter uso autorizado pela Anvisa e registro no Ministério da Saúde. Para saber se o remédio é autorizado, o cliente deve observar na embalagem se há o número de registro do laboratório, como nos alopáticos.

De acordo com a clínica-geral e nefrologista Liliana Secaf, do hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, faltam estudos científicos sobre a eficácia e o efeito adverso de muitas plantas.

"Apesar de naturais, elas podem gerar um efeito danoso em vez de benefícios", afirma, citando que alguns chás medicinais de cogumelos são tóxicos ao fígado e ao rim e podem causar câncer renal.

Já os fitoterápicos ela considera mais seguros. "Ruim é comprar ervas em feiras e se automedicar", diz.

Para o clínico-geral Flávio Dantas, professor de clínica médica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), apesar de os remédios naturais serem mais seguros do que os alopáticos, já que contêm mais baixa dosagem de princípios ativos, isso não quer dizer que eles não tenham efeitos adversos. "Muitas pessoas exageram. O que diferencia o remédio do veneno é a dose. Tudo que é feito de plantas tem componentes químicos. Além disso, cada pessoa é única. Uma dose que para uma não faz nada pode causar um grande efeito em outra", alerta.

Ele também lembra que é preciso ficar atento à procedência das plantas. "Muitas pessoas as compram por aí e não sabem de onde elas vêm e se têm contaminação", aponta. Segundo Dantas, o fato de existir uma padronização para os fitoterápicos torna-os mais seguros. "Com as normas da Anvisa, é possível ter segurança sobre o produto que se receita", diz.

Fonte: Folha de São Paulo

Brasil tem um dos maiores bancos de doadores do mundo

medula óssea


JORNAL DA CBN

Medicamentos genéricos funciona exatamente como os originais

Entrevista com Odnir Finotti, presidente da Associação Brasileira das Industrias de Medicamentos Genéricos é o presidente da entidade.

Para acessar o Áudio

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Tempo seco aumenta casos de viroses

Pronto socorro de Bauru (SP) registrou aumento de 30% nos atendimentos
Do R7

O clima seco aumentou o número de crianças atendidas no pronto socorro infantil de Bauru, em São Paulo (SP) com sintomas de viroses que causam vômito e diarréia.

Veja como cuidar da saúde no clima seco

Em alguns casos, as crianças ficam mais suscetíveis a essas doenças porque não tiveram um bom aleitamento materno.

Jaime Barros Zimmermann, coordenador da pediatria, diz que as mães devem prolongar o maior tempo possível o aleitamento.

A diarréia é a segunda maior causa de morte de crianças com até cinco anos.

Outro diagnóstico preocupa os médicos. Segundo pediatras, o ar seco teria mudado os sintomas de doenças perigosas, como a pneumonia.

Assista ao vídeo:


Fonte : R7 Notícias Saúde

Nova radiografia da saúde do brasileiro prevê até coleta de sangue

Pesquisa inédita do IBGE deverá ser feita a partir de 2012 e será realizada a cada cinco anos

BRASÍLIA- Uma pesquisa inédita, planejada para ser a mais completa radiografia sobre a saúde do brasileiro e que está em fase de preparação pelo governo, prevê até a coleta de sangue de entrevistados.

O inquérito, que deverá ser feito a partir de 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pretende reunir dados como peso, pressão arterial, altura e circunferência da cintura, além de informações sobre doenças e estilo de vida dos habitantes.

Batizado de Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), o novo inquérito de base populacional será coordenado pelo Ministério da Saúde. A pesquisa, que ainda está em fase de construção, será realizada a cada cinco anos.

A entrevista para coleta de dados usados na pesquisa será domiciliar. De acordo com planejamento inicial, questionários serão feitos individualmente, com enfoque na condição de saúde e no estilo de vida do entrevistado.

Em cada residência, um sorteio apontará um único morador de 18 anos ou mais para responder o questionário. As questões que serão abordadas no trabalho ainda não foram definidas.

Hoje, o Ministério da Saúde lança um site para que pessoas interessadas mandem sugestões para a construção da pesquisa. A coleta de sangue ficará sob a responsabilidade do ministério.

O desenho da PNS começou a ser feito em 2003. De acordo com Ministério da Saúde, o plano de amostragem será delineado em conjunto com IBGE, incluindo uma fase piloto.

Desde 2006, a pasta se vale de informações obtidas em um outro inquérito, o Vigitel, feito em todas as capitais do país. As informações da pesquisa, no entanto, são obtidas durante entrevista feita por telefone e, por isso, muitas vezes são menos precisas do que o seria ideal. Mesmo assim, de acordo com Ministério da Saúde, o Vigitel será mantido.

Fonte :
Estadão.Com.Br - Saúde

JORNAL DA CBN

Pesquisadores identificam oito sintomas mais comuns em pessoas com câncer.

Entrevista com Paulo Hoff, diretor clínico do Instituto do Câncer do Estado de SP

Para Acessar o Áudio

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Desenvolva seus talentos e suas virtudes

Aqueles que buscam melhorar a si mesmos não devem estar presos à teorias ou palavras, mas procurar agir de maneira impecável, utilizando quatro virtudes que devem ser conservadas: coragem, sabedoria, amor e amizade.

Existem vários caminhos para isso, assim como existem várias trilhas para se chegar ao topo de uma montanha – mas este topo chama-se amor, e um verdadeiro guerreiro deve entender esta palavra cada vez que estiver diante de uma decisão.

Para isso, treine bastante, mas atue baseado em sua intuição, porque o amor sempre nos permite escolher o melhor caminho.

Fonte : G1 Paulo Coelho - mensagem do dia

BOM DIA, MAS BOM DIAAAA MESMO!!!



segunda-feira, 30 de agosto de 2010

FDA alerta sobre os perigos dos suplementos alimentares

Suplementos alimentares são produtos tomados por via oral, que contêm um ou mais ingredientes dietéticos. Estes incluem as vitaminas, sais minerais, aminoácidos, ervas, assim como outras substâncias que podem ser utilizadas para complementar uma dieta alimentar.

Estes suplementos alimentares são encontrados sob a forma de comprimidos, cápsulas, pós, barras energéticas e líquidos. Estão disponíveis em lojas de todo o país, bem como para venda na Internet.

O orgão americano FDA (Food and Drug Administration) sugere que você consulte com um profissional da saúde antes de usar qualquer tipo suplemento dietético. Muitos suplementos contêm ingredientes com fortes efeitos biológicos, sendo que estes produtos podem não ser seguros para todas as pessoas.

O FDA aconselha que:

-Os suplementos alimentares em geral, não se destinam a tratar, diagnosticar, curar ou aliviar os efeitos das doenças. Eles não podem prevenir completamente as doenças, como as vacinas, por exemplo. No entanto, alguns suplementos são úteis na redução do risco de certas doenças e são autorizados a divulgar em seu rótulo esses benefícios. Por exemplo, suplementos de ácido fólico podem reduzir do risco de malformações congênitas do cérebro e da medula espinhal, devendo ser usados por gestantes.

-A utilização inadequada de suplementos alimentares pode ser prejudicial. Tomar uma combinação de suplementos, utilizando estes produtos em conjunto com medicamentos alopáticos ou em substituição a estes últimos, podem trazer inúmeros malefícios à saúde.

-Alguns suplementos alimentares podem ter efeitos indesejáveis antes, durante ou após uma cirurgia. Por exemplo, o sangramento é um efeito colateral potencial do alho, ginkgo biloba, ginseng e da vitamina E. Além disso, a kava-kava e a valeriana, podem agir como sedativos e aumentar os efeitos dos anestésicos e outros medicamentos usados durante uma cirurgia. Antes de uma cirurgia, você deverá informar o seu profissional de saúde sobre todos os suplementos que você utiliza.

Fonte:[FDA]
http://www.nutrycionista.com.br/novidades.php?id=3226

Inflamação no cérebro pode acarretar obesidade e diabetes tipo 2

Especialista da Unicamp estuda relação entre hipotálamo e insulina.
Gorduras saturadas prejudicam o equilíbrio para evitar as doenças.

Mário Barra Do G1, em Águas de Lindóia

Uma relação pouco cogitada há 15 anos ganha cada vez mais força no estudo das causas da obesidade: a inflamação do hipotálamo - uma estrutura com 1,5 cm³ que compõe o cérebro e é responsável pela regulação da fome e do gasto de energia - pode ser causada pela ingestão de gorduras saturadas e não somente pelo hábito de comer muito.

Como se não fosse suficiente, a alteração do órgão, apontada como uma das principais causas para a obesidade, também pode levar à alteração da função do pâncreas, local responsável pela produção de insulina. A substância transporta a glicose presente no sangue para dentro das células, permitindo a produção de energia, vital para o corpo sobreviver. (...) segue

Fonte : G1 Ciência e Saúde

Assunto: Stress e Doenças Graves

Quanto maior for a intensidade do estresse emocional nos nossos dias, maior o comprometimento do organismo no que diz respeito ao desgaste inexoravel que pode conduzir a aceleração do processo do envelhecimento e doenças degenerativas.

Sob estresse continuo, celulas de defesas do corpo diminuem de quantidade e passamos a ser mais vulneraveis a serios problemas de saude. No nosso sistema celular de defesas existem celulas chamadas de NATURAL KILLERS (N K) que diminuem cerca de 7 vezes sob estresse, conforme constatações cientificas recentes, e que nos facilitam o desenvolvimento de tumores.

Como vivemos num mundo que nos agride
sob varias maneiras, a forma de se lidar com tensões reprimidas pode favorecer a manutenção de um sistema de defesas imunológicas que nos faça viver mais saudaveis e livres de processos degenerativos que incluem o cancer.

Fonte : Site Dr.Sérgio Vaismann

BOM DIA, FELIZ INICIO DE SEMANA!!!



Bom dia VIDA!

Tudo ocorre numa velocidade impressionante e todos correm alucinadamente para O mundo corporativo e as loucuras dos mercados altamente competitivos transformaram a nossa vida numa roda sem limites.

Pequenos detalhes passaram a ter uma importância jamais visto em outros tempos. Vivemos na era digital, onde t
mprirem seus objetivos profissionais.

A pressão é tão grande que mais cedo ou mais tarde, aquela máquina chamada ser humano pifa sem a gente esperar. Funde a “cuca”, dá uma paranóia, dá depressão e o mundo fica chato de viver.

O cansaço nestas horas de angústia bate biela, o estresse vem a jato e ai está instalado o caos em nossa vida. Bom, então é hora de parar, analisar os prós e os contra e reescrever a vida de uma forma diferente.

Apesar de estarmos vivendo num sistema altamente competitivo, existem vária maneiras de aliviar a pressão. A primeira e mais importante é saber se esta valendo a pena tudo isto? A segundo se tudo isto é um investimento para o futuro ou apenas um quebra galho?

A terceira é saber se você gosta deste novo mundo? Se você consegue se encaixar nos três questionamentos, meus parabéns, você irá suportar qualquer tipo de pressão.

Agora se não está conseguindo, mude de vida e procure urgentemente o que realmente lhe faz bem. Lembre-se você pode viver sem pressão. Basta querer mudar e sair pelo mundo a procurar!

De tanto procurar, um dia você encontrará o seu verdadeiro caminho.
Desejo-lhe uma semana feliz!

domingo, 29 de agosto de 2010

Os perigos do suplemento

O suplemento é uma BOMBA?

A análise de amostras de produtos muito utilizados para hipertrofi ar os resultados da musculação constatou a presença de anabolizantes na fórmula de 25% deles. E agora? Vamos entender direito essa história

O alerta partiu do renomado Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Lá, depois de receber inúmeras denúncias, uma equipe de pesquisadoras resolveu tirar a limpo a suspeita sobre suplementos vendidos a quem treina musculação. Foram analisados 111 produtos apreendidos em academias de ginástica paulistas pelo serviço de vigilância sanitária local. Ninguém divulgou as marcas, mas sabe-se que seis eram nacionais, dez eram fabricadas no exterior e 95 nem sequer apresentavam no rótulo o país de procedência.

O resultado da investigação foi bombástico: “Cerca de 25% dos suplementos tinham esteroides, substâncias derivadas do hormônio masculino e usadas para aumentar a massa muscular”, conta a farmacêutica Blanca Elena Ortega Markman, uma das pesquisadoras do Adolfo Lutz.

A desconfiança de que os suplementos alimentares podem conter substâncias prejudiciais não declaradas na embalagem vem de longa data. Outra pesquisa, esta realizada pelo Comitê Olímpico Internacional, o COI, em 2001, com marcas provenientes de 215 fabricantes de 31 países, revelou que, das 634 fórmulas avaliadas, 94 continham substâncias que não apareciam no rótulo e que dariam um resultado positivo no teste de dopping. “Nos últimos anos, muitas publicações internacionais vêm alertando sobre a presença de drogas de uso controlado, como estimulantes e anabolizantes, em produtos comercializados como simples suplementos nutricionais”, conta Blanca.

Como era de esperar, os resultados recentes obtidos no Adolfo Lutz levaram a polêmica, aquecida há tempos, a ponto de fervura. O nutrólogo Euclésio Bragança, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), saiu em defesa dos produtos nacionais. “As amostras contaminadas devem estar entre aquelas de procedência indefinida”, brada. “Os produtos vendidos em estabelecimentos sérios no Brasil têm registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e, por isso, passam por uma rígida avaliação”, garante Bragança. De fato, sem saber o nome das marcas, fica difícil ao consumidor separar o joio do trigo — ou melhor, suplemento de anabolizante.

Usar única e exclusivamente produtos com o aval da Anvisa é, sem a menor sombra de dúvida, a maneira segura de se esquivar da armadilha dos anabolizantes. E, claro, isso não significa que só porque os suplementos alimentares têm a aprovação dessa agência dá para tomá-los por conta própria. “É fundamental que sempre haja a indicação de um especialista, seja em medicina do esporte, em nutrologia, seja em nutrição”, afirma o cardiologista José Kawazoe Lazzoli, presidente eleito da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Até porque aqueles produtos sem anabolizantes também apresentam seus senões.

“Quem faz uso de suplementos à base de aminoácidos e proteínas precisa estar com os rins e o fígado trabalhando em perfeitas condições ou terá problemas nesses órgãos”, exemplifica Lazzoli. Pelo mesmo motivo, o acompanhamento é indispensável: até mesmo rins normais às vezes reagem mal se são obrigados a filtrar um excesso de moléculas proteicas. “Já os diabéticos precisam ser bem orientados em relação aos carboidratos”, complementa. A médica do esporte Renata Castro, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, complementa: “Há também o risco da hipervitaminose”. Em outras palavras, certas vitaminas além da conta causam intoxicações.

Malhação turbinada

Esqueça as propagandas enganosas. Ninguém vai ficar magro ou com músculos de mister Universo por causa de qualquer suplemento alimentar — sem os perigosos anabolizantes, bem entendido. Mas, bem indicados, ao fornecer determinados nutrientes, eles podem, sim, melhorar o desempenho de quem pratica atividade física. “Os produtos ricos em proteínas auxiliam no desenvolvimento muscular”, diz a nutricionista Mariana Del Bosco, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. “Já a reposição de carboidratos é fundamental antes e durante exercícios de longa duração”, acrescenta Lazzoli. É claro: nenhum suplemento substitui a boa alimentação. Aliás, alguns especialistas defendem a tese de que, quando o menu é equilibrado, esses produtos são totalmente desnecessários — pesando apenas no bolso e arriscando o bom funcionamento dos rins, por exemplo, à toa. “Eles só são recomendados quando há de fato uma deficiência na dieta diagnosticada por um especialista”, frisa Renata Castro, que também é da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

Fonte: Saúde Abril

POR DENTRO DO CÉREBRO…

O neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho conta os avanços nos tratamentos de doenças como o mal de Parkinson, e como evitar aneurisma e perda de memória.
E projeta, ainda, o futuro próximo, quando boa parte do sistema neurológico estará sob controle do homem.

Chegar à casa do neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, no alto da Gávea, no Rio de Jane iro, é uma emoção. A começar pela vista deslumbrante da cidade, passando pelos macacos que passeiam pelos galhos até avistar as orquídeas que caem em pencas das árvores, colorindo todo o jardim.
Cada uma dessas flores foi presente de um paciente do médico, que sua mulher, Isabel, replantou na parte externa da casa.
Ou seja: a competência desse médico, com 33 anos de profissão, que dedica sua vida à medicina com a paixão de um garoto, pode ser contada em flores. E são muitas.
Filho do lendário neurocirurgião Paulo Niemeyer, pioneiro da microneurocirurgia no Brasil, e sobrinho do arquiteto Oscar Niemeyer, Paulo escolheu a medicina ainda adolescente.

Aos 17 anos, entrou na Universidade Federal do Rio de Jane iro (UFRJ).
Quinze dias depois de formado, com 23 anos, mudou-se para a Inglaterra, onde foi estudar neurologia na Universidade de Londres.

De volta ao Brasil, fez doutorado na Escola Paulista de Medicina.
Ao todo, sua formação levou 20 anos de empenho absoluto. Mas a recompensa foi à altura. Apaixonado por seu ofício, Paulo chefia hoje os serviços de neurocirurgia da Santa Casa do Rio de Jane iro e da Clínica São Vicente, onde atende e opera de segunda a sábado, quando não há uma emergência no domingo, e ainda encontra tempo para dar aulas no curso de pós-graduação em neurocirurgia da PUC-Rio.
Por suas mãos já passaram o músico Herbert Vianna – de quem cuidou em 2001, depois do acidente de ultraleve em Mangaratiba, litoral do Rio -, o ator e diretor Paulo José, a atriz Malu Mader e, mais recentemente, o diretor de televisão Estevão Ciavatta – marido da atriz Regina Casé que, depois de um tombo do cavalo, recupera-se plenamente -, além de centenas de outros pacientes, muitos deles representados pelas belas flores que enchem de vida o seu jardim.

PODER: Seu pai também era neurocirurgião. Ele o influenciou?

PAULO NIEMEYER: Certamente. Acho que queria ser igual a ele, que era o meu ídolo.

PODER: Seu pai trabalhou até os 90 anos. A idade não é um complicador para um neurocirurgião? Ela não tira a destreza das mãos, numa área em que isso é crucial?

PN: A neurocirurgia é muito mais estratégia do que habilidade manual. Cada caso tem um planejamento específico e isso já é a metade do resultado. Você tem de ser um estrategista..

PODER: O que é essa inovação tecnológica que as pessoas estão chamando de marcapasso do cérebro?

PN: Tem uma área nova na neurocirurgia chamada neuromodulação, o que popularmente se chama de marcapasso, mas que nós chamamos de estimulação cerebral profunda. O estimulador fica embaixo da pele e são colocados eletrodos no cérebro, para estimular ou inibir o funcionamento de alguma área. Isso começou a ser utilizado para os pacientes de Parkinson. Quando a pessoa tem um tremor que não controla, você bota um eletrodo no ponto que o está provocando, inibe essa área e o tremor pára. Esse procedimento está sendo ampliado para outras doenças. Daqui a um ou dois anos, distúrbios alimentares como obesidade mórbida e anorexia nervosa vão ser tratados com um estimulador cerebral. Porque não são doenças do estômago, e sim da cabeça.

PODER: O que se conhece do cérebro humano?

PN: Hoje você tem os exames de ressonância magnética, em que consegue ver a ativação das áreas cerebrais, e cada vez mais o cérebro vem sendo desvendado.
Ainda há muito o que descobrir, mas, com essas técnicas de estimulação, você vai entendendo cada vez mais o funcionamento dessas áreas. O que ainda é um mistério é o psiquismo, que é muito mais complexo. Por quê um clone jamais será igual ao original?
Geneticamente será a mesma coisa, mas o comportamento depende muito da influência do meio e de outras causas que a gente nunca vai desvendar totalmente.

PODER: Existe uma discussão entre psicanalistas e psiquiatras, na qual os primeiros apostam na melhora por meio da investigação da subjetividade, e os últimos acreditam que boa parte dos problemas psíquicos se resolve com remédios. Qual é sua opinião?

PN: Há casos de depressão que são causados por tumores cerebrais: você opera e o doente fica bem. Há casos de depressão que são causados por deficiência química: você repõe a química que está faltando e a pessoa fica bem. Numa época em que se fazia psicocirurgia existiam doentes que ficavam trancados num quarto escuro e, quando faziam a cirurgia, se livravam da depressão e nunca mais tomavam remédio. E há os casos que são puramente psíquicos, emocionais, que não têm nenhuma indicação de tomar remédio.

PODER: Já existe alguma evolução na neurologia por causa das células-tronco?

PN: Muito pouco. O que acontece com as células-tronco é que você não sabe ainda como controlar. Por exemplo: o paciente tem um déficit motor, uma paralisia, então você injeta lá uma célula-tronco, mas não consegue ter certeza de que ela vai se transformar numa célula que faz o movimento. Ela pode se transformar em outra coisa, você não tem o controle ainda.

PODER: Existe alguma coisa que se possa fazer para o cérebro funcionar melhor?

PN: Você tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter motivação. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto.

PODER: Cabeça tem a ver com alma?

PN: Eu acho que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma. Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo.

PODER: O que se pode fazer para se prevenir de doenças neurológicas?

PN: Todo adulto deve incluir no check-up uma investigação cerebral.
Vou dar um exemplo: os aneurismas cerebrais têm uma mortalidade de 50% quando rompem, não importa o tratamento. Dos 50% que não morrem, 30% vão ter uma seqüela grave: ficar sem falar ou ter uma paralisia. Só 20% ficam bem. Agora, se você encontra o aneurisma num checkup, antes de ele sangrar, tem o risco do tratamento, que é de 2%, 3%. É uma doença muito grave, que pode ser prevenida com um check-up.

PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?

PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.

PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro?

PN: O exagero. Na bebida, nas drogas, na comida. O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra. É muito difícil um cérebro muito bem num corpo muito maltratado, e vice-versa.

PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?

PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que você vai entrar na célula, com partículas que carregam dentro delas um remédio que vai matar aquela célula doente. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.

PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer?

PN: Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso o que a gente espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem de saúde, de aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha, não é?

PODER: Você não vê contraindicações na manipulação dos processos naturais da vida?

PN: O que é perigoso nesse progresso todo é que, assim como vai criar novas soluções, ele também trará novos problemas. Com a genética, por exemplo, você vai fazer um exame de sangue e o resultado vai dizer que você tem 70% de chance de ter um câncer de mama. Mas 70% não querem dizer que você vai ter, até porque aquilo é uma tendência. Desenvolver depende do meio em que você vive, se fuma, de muitos outros fatores que interferem. Isso vai criar um certo pânico. E, além do mais, pode criar problemas, como a companhia de seguros exigir um exame genético para saber as suas tendências. Nós vamos ter problemas daqui para a frente que serão éticos, morais, comportamentais, relacionados a esse conhecimento que vem por aí, e eu acho que vai ser um período muito rico de debates.

PODER: Você acredita em que, na hora em que as pessoas puderem decidir geneticamente a sua hereditariedade e todo mundo tiver filhos fortes e lindos, os valores da sociedade vão se inverter e, em vez do belo, as qualidades serão se a pessoa é inteligente, se é culta, o que pensa?
PN: Mas aí você vai poder escolher isso também. Esse vai ser o problema: todo mundo vai ser inteligente. Isso vai tirar um pouco do romantismo e da graça da vida. Pelo menos diante do que a gente está acostumado. Acho que a vida vai ficar um pouco dura demais, sob certos aspectos. Mas, por outro lado, vai trazer curas e conforto.

PODER: Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas?

PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.

PODER: Paciente famoso dá mais trabalho?

PN: A revista New England Journal of Medicine publicou um artigo sobre as complicações do tratamento vip, mostrando que o perigoso nesse tipo de tratamento é que você muda a sua rotina. Eles deram o exemplo do papa João Paulo 2º e do ex-presidente norte-americano Ronald Regan, que levaram tiros. E mostraram momentos em que eles quase morreram porque, quando chega um doente desses, o hospital pára, todo mundo quer ver e ajudar, a sala de cirurgia fica lotada, o cirurgião deixa de fazer um exame que devia ser feito porque pode doer… O doente vip acaba influindo nas decisões médicas pela importância que tem, e isso pode complicar o tratamento. Ele tem de ser tratado igualzinho ao doente comum para poder dar certo.

PODER: Já aconteceu de você recomendar um procedimento e a pessoa não querer fazer??

PN: A gente recomenda, mas nunca pode forçar. Uma coisa é a ciência, e outra é a medicina. A pessoa, para se sentir viva, tem de ter um mínimo de qualidade. Estar vivo não é só estar respirando. A vida é um conjunto. Há doentes que preferem abreviar a vida em função de ter uma qualidade melhor. De que adianta ficar ali, só para dizer que está vivo, se o sujeito perde todas as suas referências, suas riquezas emocionais, psíquicas.
É muito difícil, a gente tem de respeitar muito.

PODER: Como é o seu dia-a-dia?

PN: Eu opero de segunda a sábado de manhã, e de tarde atendo no consultório. Na Santa Casa, que é o meu xodó, nós temos 50 leitos, só para pessoas pobres. Eu opero lá duas vezes por semana. E, nos outros dias, na Clínica São Vicente. O que a gente mais opera são os aneurismas cerebrais e os tumores. Então, é adrenalina todo dia. Sem ela a gente desanima e o cérebro funciona mal. (risos)

PODER: Você é workaholic?

PN: Não é que eu trabalhe muito, a minha vida é aquilo. Quando viajo, fico entediado. Depois de alguns dias, quero voltar. Você perde a sua referência, está acostumado com aquela pressão, aquele elástico esticado.

PODER: Como você lida com a impotência quando não consegue salvar um paciente?

PN: É evidente que depois de alguns anos, a gente aprende a se defender. Mas perder um doente faz mal a um cirurgião. Se acontece, eu paro com o grupo para discutir o que se passou, o que poderia ter sido melhor, onde foi a dificuldade. Não é uma coisa pela qual a gente passe batido. Se o cirurgião acha banal perder um paciente é porque alguma coisa não está bem com ele mesmo.

PODER: Como você lida com as famílias dos seus pacientes?

PN: Essa relação é muito importante. As famílias vão dar tranquilidade e confiança para fazer o que deve ser feito. Não basta o doente confiar no médico, o médico também tem de confiar no doente. E na família. Se é uma família que cria caso, que é brigada entre si, dividida, o cirurgião já não tem a mesma segurança de fazer o que deve ser feito. Muitas vezes o doente não tem como opinar, está anestesiado e no meio de uma cirurgia você encontra uma situação inesperada e tem de decidir por ele. Se tem certeza de que ele está fechado com você, a decisão é fácil. Mas se o doente é uma pessoa em quem você não confia, você fica inseguro de tomar certas decisões. É uma relação bilateral, como num casamento. Um doente que você opera é uma relação para o resto da vida.

PODER: Você acredita em Deus?

PN: Não raramente, depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando você acaba de operar, vai até a família e diz: “Ele está salvo”. Aí, a família olha pra você e diz: “Graças a Deus!”. Então, a gente acredita que não fomos apenas nós.

PODER: Como você relaxa?

PN: Estudando. A coisa de que mais gosto de fazer é ler. Sábado e domingo, depois do almoço, gosto de sentar e ler, ficar sozinho em silêncio absoluto.

PODER: E o que gosta de ler?

PN: Sobre medicina ou história. Agora estou lendo um livro antigo, chamado Bandeirantes e Pioneiro, do Vianna Moog, no qual ele compara a colonização dos Estados Unidos com a do Brasil. E discute porque os Estados Unidos, com 100 anos a menos que o Brasil, tiveram um enriquecimento e um progresso tão rápidos. Por que um país se desenvolveu em progressão geométrica e o outro em progressão aritmética.

Publicado por Tulio em 29 de agosto, 2010.
Fonte: eHelpCarolina

webvale net

Cuidados paliativos aliviam sofrimento e aumentam sobrevida de pacientes com câncer

Brasil discute legalização do “testamento vital”, que garante direitos dos pacientes.

Diego Junqueira, do R7

O "testamento vital" pode garantir respeito aos desejos dos pacientes terminais

Médicos especialistas em bioética, juízes e outros profissionais de direito e saúde se reúnem nesta quinta (26) e sexta-feira (27), em São Paulo, para discutir a implantação no país do “testamento vital”. O documento, que já existe em países como Espanha, Holanda, Estados Unidos e Uruguai, permite a pacientes que sofrem de uma doença incurável decidirem qual o limite do tratamento que querem receber.

Com o “testamento vital”, um paciente que não queira ser mantido vivo com a ajuda de aparelhos, nem receber “tratamento desproporcional” (ser submetido a procedimentos invasivos ou dolorosos), tem a chance de escolher um tipo de tratamento que alivia as dores e diminui o sofrimento. São os chamados cuidados paliativos.

A ideia do I Fórum Sobre Diretivas Antecipadas de Vontade, organizado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), é ser um importante passo para que esse documento se torne uma lei no país. Atualmente, mesmo que uma pessoa prepare um documento como esse, não há garantia nenhuma de que suas vontades serão respeitadas.

De acordo com José Eduardo Siqueira, da Sociedade Brasileira de Bioética, professor da UEL (Universidade Estadual de Londrina) e membro da comissão de cuidados paliativos do CFM, o grande avanço da medicina nas últimas décadas permitiu prolongar a vida das pessoas. Mas essas técnicas, segundo o médico, não são aplicadas de maneira adequada.

- Em condições de terminalidade, [e se o paciente escolher], o médico não introduz procedimentos desproporcionais, só os cuidados paliativos, que visam aliviar e confortar.

Uma pesquisa publicada este mês na revista científica The New England Journal of Medicine mostrou que os cuidados paliativos não somente possibilitaram menos sofrimento para os pacientes, como também aumentaram a sobrevida deles.

A pesquisa, realizada por um grupo de cientistas de diversos centros de estudos norte-americanos, avaliou 151 pacientes com um tipo de câncer de pulmão que faz com que eles se submetam a procedimentos invasivos no fim da vida. Desses pacientes, uma parte recebeu o tratamento padrão junto com os cuidados paliativos, enquanto a outra parte recebeu apenas o tratamento tradicional.

Os cientistas descobriram que os pacientes com cuidados paliativos, além de viverem mais que os do grupo padrão (11,6 meses contra 8,9), sofreram menos com sintomas de depressão (16% contra 38%).

Confira também

* Leia as manchetes do dia

Para a médica Maria Goretti Sales Maciel, chefe do Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, a discussão sobre o testamento vital se tornou uma necessidade, “quase uma emergência”.

- A medicina incorporou tecnologia em sua pratica, mas não incorporou as forma de como usar bem essa tecnologia, que são os limites para se usar essa tecnologia.
Confira também

* Leia as manchetes do dia

Fonte : R7 Notícias Saúde

SEGUNDA-FEIRA É DIA DO CHAT AMIGOGAMP



A partir das 20:30 hs

NOSSO BATE-PAPO AMIGO E FRATERNO

ASSOCIAÇÃO BRASIL PARKINSON


TEMA DA NOITE:

BATE-PAPO COM TEMA LIVRE



Samuel, Badu e demais amigos(as) esperam por você

Para participar
CLIQUE AQUI

Mudanças de hábitos para dormir melhor

RIO - A qualidade do sono vem caindo nos últimos 40 anos e, para piorar, as pessoas estão dormindo menos do que deveriam.

Segundo pesquisa britânica, a redução do tempo de sono de sete para cinco horas dobra o risco de infarto e derrame, e ainda aumenta a chance de sofrer de diabetes.

E pouco resolve tentar recuperar as horas de cama perdidas na semana, compensando com o sono extra no sábado ou domingo, alerta o neurologista Flávio Alóe, neurofisiologista clínico do Laboratório do Sono do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, que participou do XXIV Congresso Brasileiro de Neurologia, no Riocentro.

Nessa entrevista, ele fala dos principais distúrbios do sono e como se livrar deles

EM DÍVIDA COM A CAMA: "Estamos dormindo menos e pior. Somar horas de descanso depois de dias dormindo mal pouco adianta.

O nosso organismo foi programado para dormir pelo menos sete horas por noite. E não tem como mudar isso. Somos seres diurnos e estimulados pela luz.

As pessoas estão estudando e trabalhando abaixo do nível mínimo necessário para vigília e isso traz sérios prejuízos à saúde.

A privação de sono leva à obesidade, ao diabetes, à depressão, à ansiedade, ao abuso de álcool e cafeína. E dormir de dia é seguir na contramão do nosso relógio biológico. (...) segue

Fonte : O Globo Saúde

DIA DO CUIDADOR NA CÂMARA MUNICIPAL DE S.PAULO.

BOM DIA E UM FELIZ DOMINGO!!


O abraço

Que ao receber este pequeno gesto de carinho,saiba que alguém, neste momento, se lembrou o quanto você é importante na vida dela...

Que as distâncias serão sempre superadas, por algo que não se mede, nem pelo tempo e/ou espaço...

Sabemos que a falta de um sorriso, de um olhar, de um abraço, e até mesmo, o simples apertar das mãos, nos entristece e nos magoa...

Mas... também sentimos,que mesmo ao longe, os nossos pensamentos estão caminhando lado-a-lado, em busca de um novo dia e de um novo amanhã...

Receba, portanto o meu abraço apertado, que representa "apenas" a saudade... que sinto de você, longe de mim, neste instante...

Você acabou de ser abraçado. Isto é o começo de uma guerra de abraços...

Abrace todo mundo que você conhece,seus amigos, seus inimigos... todos. Abraço é o meu sinal de afeto favorito.

Isso pode fazer o dia de alguém brilhar. Todos precisamos de um abraço. Então... mande um para todos a quem você tem um carinho especial....

sábado, 28 de agosto de 2010

BOM DIA E FELIZ FIM DE SEMANA PARA NOSSOS AMIGOS!!!



Meu melhor amigo

Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e, em um determinado ponto da viagem, discutiram. O outro, ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.

No entanto seguiram viagem e chegaram a um oásis, onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se, porém sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se, pegou uma faca e escreveu numa pedra:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou:

- Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?
Sorrindo, o outro amigo respondeu:

- Quando um grande amigo nos ofende, deveremos escrever na areia onde o
vento do esquecimento e do perdão se encarregam de tudo apagar; porém, quando o amigo nos faz algo grandioso, deveremos gravar na pedra da memória do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

informativo

Informativo nr.1
Data 28.08.2010
 O Parkinson é uma doença grave ,que atinge o sistema neurológico,causando rigidez lentidão dos movimentos diminuição das letra, câimbras e muitas dores.
 Histórico :iniciamos nossas atividades em 22.06.08,com apoio do maestro Thomaz Abatti,temos coral todos os sábados a tardes15. Ás 17 hr,no centro comunitário da cohab.
1. Temos reunião segundas feiras horário 14.30 h fisioterapia no hospital regional das 14.30á s15.15.apoio psicológicos 15.30 ás 16 h.
2. Acunpuntura das 16 as 16.30
3. Equoterapia
Participe,vc vai gostar...
 Eventos,coral,itinerante, dia mais calçadão, apresentação coral.pic niq,confraternização. Terapia ocupacional, com artesanato e pintura.
Contamos com sua visita Noticias
Compensar nos despedims denosso amigo Ernesto Bernrdi Neto
11.09 pedágio/visitação de casa...
Dia 14.09 15.30 reunião marinhas

Dai18.09 reunião marinha
Dia 25.09 bingo

EU E O PARKINSON

Fiquei muito feliz e agradecida pelo convite  recebido de Badu para contribuir com o blogger ASSOCIAÇÃO BRASIL PARKINSON. Foi para mim um incentivo a pesquisar mais sobre o PK e também conviver, mesmo virtualente com pessoas que vivendo ou convivendo com o Parkinson não se isolam mas usam seus esforços e ,porque não dizer , talentos para ajudar e apoiar os demais.
Sempre gostei de escrever e desde menina usava relatar as coisas que me agradavam e as que me horrorizavam .Escrevia e ,quando era algo de ruim , lia umas quatro ou cinco vezes e então rasgava....
Hoje sinto vontade de reler o que rasguei ,mas creio que o que fazia era para exorcisar meus medos.Na época não sabia claro , mas hoje sei perfeitamente que quando estava rasgando o papel era minha vitória,a partir dali aquela questão estava resolvida.
Mas   por que estou falando sobre isso?
Só para contar a vontade que tenho de ver escrita em letras grandes e maiúsculas o diagnóstco de Parkinson e rasgá-lo com isso eliminando o medo e  proprio Parkinson.
Quando descobri ser portadora de PK, primeiro fiquei no chão . Depois,como os remedios fizeram logo efeito passe praticamente a  ignorar o sr PK.
Bem mas isso parece muito distante hoje ,principalmente depois que tive uma crise de hernia de disco lombar há cerca de um ano que deixou-me de cama por muito  tempo,creio que vinte dias. Mais,muito mais do que eu queria e menos do que o médico indicou.Ele queria pelo menos um mes de repouso absoluto..
Depois disso minha vida nunca mais foi a mesma. Não consigo andar direito pela manha,tendo que usar um andador (horrível,rsrsr ) mas nao quero fazer cirurgia e a dor segundo o  medico nao passa porque  nervo ciatico esta pinçado (nem sei o que significa bem isso,só sinto que é muito ruim sentir dor ).
De tanto remedio e maratona em consultorios e fisioterapias acabei enjoando e rebelde que sempre fui ,abandonei tudo.
Tomo a medicação do  PK normalmente, mas para dor uso minha velha Novalgina e estou buscando tratamentos aternativos para a hernia..
Tenho uado florais para  fortalecer o emocional . O resto vou levando,vivendo um dia de cada vez.
Tenho Parkinson segundo meu medico há uns 14 ou 15 anos,entao até acho ue esttou muito bem.
Creiio mesmo que so até privilegiada porque conto com o amor e apoio de meus queridos marido,filhas,genros,amigos e de meu neto,tesouro enorme que Deus houve por bem dar-me.
E agora, os amigos que sei, já tenho aqui entre meus pares , amigos do PARKINHO.
Obrigada pela oportunidade de expor um pouco de mim . espero vir a contribuir com o  que for preciso para que maior numero de PDK sejam ajudados.

VITAMINA C

Vitamina C só no frio não resolve
[Diário de São Paulo/SP]
Regiane Monteiro / Luciana Sobral

Aumentar a ingestão dessa substância com a intenção de prevenir gripes e resfriados nos meses de inverno não traz nenhum benefício para o organismo. Segundo especialistas, o ideal é consumir a mesma quantidade no ano inteiro e evitar suplementos vitamínicos sem orientação médica.

Basta chegar o inverno para que as pessoas aumentem o consumo de vitamina C. Para se ter uma idéia, de acordo com os laboratórios, as vendas nos meses frios costumam triplicar. Na maioria das vezes, o objetivo é fortalecer o sistema imunológico e se prevenir contra gripes e resfriados. Se você faz parte do grupo que espreme laranjas ou toma suplementos vitamínicos apenas nesse período, aqui vai um alerta: ingerir vitamina C com a única intenção de evitar as gripes de inverno não vai impedir a doença. E mais: aumentar a quantidade diária como forma de proteção também não trará benefícios. As miligramas a mais de vitamina C que o corpo não precisa vão acabar eliminadas na urina.

A vitamina C funciona como uma capa de proteção celular. Dessa forma, essa substância impede danos como a oxidação das células, aumenta a função dos órgãos e, consequentemente, protege o sistema imunológico. Mas tudo isso leva tempo. Não adianta passar uma semana bebendo suco de laranja ou tomar algumas cápsulas no mês. “A vitamina C deve fazer parte da dieta e ser consumida com outras vitaminas”, explica Luiz Roberto Ramos, diretor do Centro de Estudos do Envelhecimento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Não vai resolver ingerir apenas no inverno, como forma de proteção contra a gripe ou o resfriado”, completa.

Para a vitamina C ter efeito de proteção no organismo seu consumo deve ser diário. Normalmente, essa proteção celular estará totalmente formada em um ano. Um adulto deve ingerir até 95 miligramas por dia. Um copo de suco de laranja com 200 ml tem 80 miligramas de vitamina C. O ideal é consumir o suco até meia hora depois de pronto. A reação com o ar faz com que parte da vitamina se perca. “Um copo de suco de laranja é suficiente”, diz Rosana Tumas, da Unidade de Nutrição e Metabolismo do Instituto da Criança.

Segundo ela, consumir apenas como forma de prevenção em algumas épocas do ano terá pouco ou nenhum resultado. “Se a pessoa aumentar o consumo nesse período com essa finalidade, a vitamina que o organismo não absorve será eliminada na urina”, completa. Para Ramos, a dieta também tem importância fundamental na absorção das vitaminas. “Consumir só vitamina C não adianta. O ideal é uma dieta equilibrada e suplementos só com indicação médica”, afirma o especialista.

Envelhecimento

Como tem papel na proteção celular, a vitamina C também está em várias pesquisas sobre envelhecimento. “A pessoa pode aumentar o consumo a partir dos 40 anos, quando absorvemos menos as vitaminas dos alimentos”, lembra. Aumentar a ingestão dessa substância com a intenção de prevenir gripes e resfriados nos meses de inverno não traz nenhum benefício para o organismo. Segundo especialistas, o ideal é consumir a mesma quantidade no ano inteiro e evitar suplementos vitamínicos sem orientação médica.

Fonte: Unifesp


Saiba mais...
Tomar um comprimido de vitamina C por dia não protege a maioria das pessoas de resfriados comuns, de acordo com um estudo feito por cientistas na Austrália e na Finlândia.

Infecção
A atual dose diária recomendada de vitamina C é de apenas 60 miligramas, e Catherine Collins, uma nutricionista da Associação Dietética Britânica, disse que a dose ideal é de 200 miligramas por dia.

Mas ela disse que a maioria das pessoas pode facilmente obter essa quantidade da vitamina dos alimentos, comendo cinco porções de frutas e verduras todos os dias. Para a nutricionista, a ingestão de alimentos com vitamina C é suficiente.

Além disso, vitamina C em excesso não é absorvida e, portanto, é eliminada pelo organismo.
Embora os glóbulos brancos do organismo, que combatem infecções, utilizem vitamina C, Collins disse que há poucas evidências que sugerem que ela possa ajudar a impedir resfriados.

"Parece biologicamente plausível, porque a vitamina C ajuda a melhorar o sistema imunológico, mas ela só parece funcionar em pessoas com deficiência da vitamina C, o que é muito raro"
, afirmou. Mas ela acrescentou que o estudo é útil para um melhor conhecimento da vitamina C.

Pesquisadores desenvolvem córnea biossintética

Cientistas listam oito sintomas mais comuns do câncer

São sangue na urina, sangramento anal, ao tossir ou pós-menopausa, nódulo no seio ou na próstata, dificuldade para engolir e anemia.

BBC

Pesquisadores na Grã-Bretanha identificaram os oito sintomas mais comuns em pessoas que são diagnosticadas com câncer.

A pesquisa da Keele University, na cidade inglesa de Newcastle-under-Lyme, identificou oito sintomas: sangue na urina, anemia, sangramento anal, sangramento ao tossir, nódulo no seio, dificuldade para engolir, sangramento pós-menopausa e nódulo na próstata.

Segundo os cientistas, pessoas com esses sintomas têm probabilidade maior do que uma em 20 de ter algum tipo de câncer. Quanto mais cedo os pacientes identificarem a doença, maiores são as chances de um tratamento bem-sucedido.

Os cientistas analisaram os resultados de outras 25 pesquisas.

De todos os sintomas, apenas dois deles são considerados mais graves entre pessoas com menos de 55 anos: nódulos nos seios e próstata. Os demais são particularmente mais perigosos em pessoas com mais de 55 anos.

A entidade Cancer Research UK, de pesquisa sobre a doença, disse que quaisquer mudanças no corpo devem levar as pessoas a procurar os médicos.

"Os sintomas identificados neste estudo já são sinais importantes de câncer, mas há mais de 200 tipos de câncer, com muitos sintomas diferentes", disse um porta-voz da entidade.

"Então se houver uma mudança no corpo, é importante checar isso. Quando o câncer é diagnosticado cedo, o tratamento tem maiores chances de sucesso."(...) segue

Fonte : G1 Ciência e Saúde

Diabetes tipo 2 aumenta risco de desenvolver sinais no cérebro associados ao Alzheimer

Pré-diabéticos também têm mais chances de desenvolver os danos cerebrais

Do R7

Getty Images
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Aparelho tradicional mede glicose de pacientes diabéticos

Pessoas com resistência à insulina e que têm diabetes tipo 2 correm mais risco de desenvolver placas no cérebro que estão associadas à doença de Alzheimer, segundo uma pesquisa publicada no jornal da Academia Americana de Neurologia (American Academy of Neurology).

A resistência à insulina, considerada um estágio pré-diabetes, ocorre quando o hormônio, que é produzido pelo pâncreas, torna-se menos eficaz na sua função de fazer com que a glicose (açúcar) entre nas células.

O autor do estudo Kensuke Sasaki, da Universidade de Kyushu, em Fukuoka, no Japão, pede atenção a relação das doenças - diabetes tipo 2 e doença de Alzheimer - por estarem crescendo em níveis alarmantes em todo o mundo.

O estudo analisou 135 pessoas com uma idade média de 67 anos. Os participantes tinham diabetes e fizeram vários testes de glicose para medir os níveis de açúcar no sangue. Eles também foram monitorados quanto à probabilidade de ter os sintomas da doença de Alzheimer nos próximos dez a 15 anos. Durante esse tempo, 16% desenvolveram Alzheimer.

Depois da morte dos participantes, os investigadores examinaram seus cérebros por meio de autópsia para notar os sinais físicos do mal de Alzheimer, chamados de placas. Enquanto 16% tiveram os sintomas da doença de Alzheimer, enquanto vivos 65% tinham placas.

Fonte : R7 Notícia Saúde

Cientistas identificam novo fator genético para esclerose lateral amiotrófica

Síndrome da qual sofre o físico Stephen Hawking provoca degeneração dos neurônios motores

SÃO PAULO - Um novo fator genético de risco para o desenvolvimento da esclerose lateral amiotrófica (ELA) acaba de ser identificado por um estudo internacional liderado por cientistas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Os resultados da pesquisa estão na edição desta quinta-feira, 26, da revista Nature. A esclerose lateral amiotrófica é uma doença degenerativa progressiva e fatal, de causas ainda pouco conhecidas. Trata-se de uma síndrome complexa caracterizada pela degeneração dos neurônios motores.

Os autores do estudo utilizaram levedura e moscas-das-frutas como modelos, relacionando os resultados com os obtidos no sequenciamento do DNA humano, e encontraram evidência de que mutações no gene ataxina-2 representam um fator que contribui para a manifestação da doença.

Mais especificamente, a pesquisa mostrou que expansões do aminoácido glutamina no gene ataxina-2 estão associadas com um aumento no risco de desenvolver ELA. O gene contém um trato poliglutamínico, porção da proteína na qual o aminoácido é repetido muitas vezes.

Ao analisar o DNA de 915 pessoas com ELA, os pesquisadores observaram que, em alguns deles, uma mutação no ataxina-2 fez com que a poliglutamina se esticasse. Expansões de tamanho intermediário (entre 27 e 33 glutaminas) foram associadas de forma significativa com a esclerose lateral amiotrófica, respondendo por 4,7% dos casos. Parece pouco, mas, com isso, essa mutação específica se torna o marcador de risco genético mais comum para a doença de que se tem notícia.(...) segue

Fonte: Estadão com.br/Saúde

BOM DIA, HOJE É SEXTA-FEIRA VAMOS APROVEITAR!!



A sobrevivência dos Porcos-Espinhos

Durante uma era glacial, muito remota, quando o Globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim cada um podia sentir o calor do corpo do outro.

E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.

E eles então, afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportarem por mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito... Mas essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.

Os que não morreram, voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.

Assim, aprendendo a amar, resistiram a longa era glacial.
Sobreviveram! Quanto mais nos ocupamos com a felicidade dos outros, maior passa a ser nosso senso de bem-estar.

Cultivar um sentimento de proximidade e calor humano compassivo pelo outro, automaticamente coloca a nossa mente num estado de paz.

Isto ajuda a remover quaisquer medos, preocupações ou inseguranças que possamos ter, e nos dá muita força para lutar com qualquer obstáculo que encontrarmos. Esta é a causa mais poderosa de sucesso na vida.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Rio Neuro 2010 reunirá 3.500 profissionais de todo o país

De 24 a 27 de agosto, o Rio de Janeiro recebe a 24ª edição do Congresso Brasileiro de Neurologia – Rio Neuro 2010, que acontece no Riocentro. Promovido pela Academia Brasileira de Neurologia, o evento é o principal encontro da especialidade e, este ano, vai receber mais de 130 dos maiores expoentes na área, sendo 15 deles internacionais.

Saiba mais... [medicosbemviver.wordpress.com]

Novidades no tratamento do mal de Parkinson serão apresentadas na Rio Neuro 2010

Andrew Lees [University College London]

O Mal de Parkinson, doença degenerativa que atinge 1% da população mundial e cerca de 200 mil pessoas no Brasil, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, será assunto de uma das mais aguardadas conferências do 24º Congresso Brasileiro de Neurologia. Um dos principais especialistas do assunto no mundo, o neurologista britânico Andrew Lees apresenta pela primeira vez no país a palestra “Brainwashed by the Black Stuff”, que lhe rendeu o prêmio Lord Brain Memorial Medal, graças às suas colaborações científicas na área da neurologia. Em sua apresentação, o pesquisador vai abordar novas formas de tratamento para o mal e aspectos ainda pouco conhecidos da doença, além de dividir com o público a experiência adquirida durante sua carreira clínica.

A palestra “Brainwashed by the Black Stuff” é assim denominada devido ao jogo de palavras com o nome do mais significativo neurologista inglês dos anos 1940-1960, Russell Brain, e a substância nigra (negra, em latim), região do mesencéfalo severamente danificada pela doença de Parkinson. Sem atingir um grupo específico de pessoas, mas com os sintomas aparecendo principalmente nos maiores de 50 anos, o mal provoca a degeneração progressiva de células dessa área, que controla os movimentos e o equilíbrio. Com isso, surgem sintomas como rigidez muscular, lentidão dos movimentos e tremores, principalmente nas extremidades dos membros, com efeitos devastadores na qualidade de vida de quem sofre com o problema.

“O presidente da Academia Brasileira de Neurologia me convidou para repetir no Rio de Janeiro a palestra que apresentei no Royal London Hospital em junho deste ano. Nela, apresento métodos que usei para tentar achar a causa e a cura da doença de Parkinson durante a minha carreira, e aproveito para discutir com os outros especialistas novas possibilidades de tratamento para a doença”, explica o Dr. Andrew Lees, que foi eleito membro estrangeiro da Academia de Medicina Brasileira.

Os tratamentos a que o especialista se refere abrangem desde métodos mais tradicionais e seus efeitos, como as vantagens e desvantagens da reposição de dopamina, até o futuro de terapias ainda controversas e polêmicas, como as terapias celulares à base de células-tronco. “Vou falar também sobre tratamentos ainda em fase experimental, mas com grande probabilidade de dar certo, como o uso da erva chinesa Cogane e do veneno do lagarto monstro-de-gila como potenciais agentes neuroprotetores”, diz o pesquisador. Ele lembra que vai enfatizar, ainda, a importância do tratamento à base de apomorfina, que apesar de muito tradicional no exterior, ainda se encontra indisponível no Brasil por inexplicáveis razões políticas.

Além das formas de tratamento, serão discutidos também aspectos que envolvem o surgimento e a progressão do mal, como a hipótese de existir um evento aleatório que desencadeie o processo da doença em indivíduos geneticamente suscetíveis e estudos que sugerem que o seu desenvolvimento pode começar no mesencéfalo cerca de seis anos antes de os primeiros sintomas motores se tornarem detectáveis. E ao final do evento, serão estudados casos significativos do mal de Parkinson, como o do ex-jogador de futebol inglês Ray Kennnedy, que desenvolveu a doença aos 30 anos de idade, no auge de sua carreira no esporte.

Fonte: Médicos Bem Viver

DE MÉDICO E LOUCO, TODO MUNDO TEM UM POUCO…

ENTREVISTA DO DR. DRAUZIO VARELA COM O DR. Dr. Anthony Wong, é médico pediatra e toxicologista no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

“De médico e louco todo mundo tem um pouco. Por isso, muita gente não resiste à tentação de receitar um remedinho. É remédio natural, um comprimidinho para dor ou azia, o medicamento que a vizinha tomou quando caiu de cama com gripe, ou aquele famoso que se não fizer bem, mal não faz.
Essa prática comum não só entre os brasileiros está cercada de sérios riscos. Muitos dos tratamentos prescritos por pessoas não capacitadas podem ser extremamente perigosos. Todo o remédio pode apresentar efeitos colaterais indesejáveis e provocar problemas graves de saúde”. [Dr. Anthony Wong]

VITAMINAS

Drauzio – Quais os cuidados que se devem tomar com a vitamina C?

Wong – Antigamente, a única indicação da vitamina C era para prevenir o escorbuto, a doença dos marinheiros que ficavam muito tempo em alto mar sem ingerir alimentos frescos. Depois, ela começou a ser conhecida como uma vitamina segura e com propriedades antioxidantes ajudando na prevenção de diversas doenças, entre elas o câncer. Estudos realizados há 5 anos na Inglaterra revelaram que em doses inferiores a 200mg, ela realmente pode ser benéfica. Em doses superiores a 250mg, porém, o efeito antioxidante desaparece e quebram-se as pontes dentro da molécula de DNA, o nosso arquivo genético. Tanto isso é verdade que hoje há consenso de que as megadoses são desaconselhadas uma vez que a quantidade de vitamina C existente na alimentação é mais do que suficiente para preencher nossas necessidades diárias.

Drauzio – Você receita vitaminas para uma pessoa que tenha uma dieta normal?

Wong – Só receito para crianças abaixo de dois anos porque elas tomam pouco sol. Na realidade nem haveria muita necessidade, mas a mãe fica mais tranquila. Na adolescência, principalmente para as meninas, é importante dar uma reposição de ferro porque, estimuladas pelas manequins excessivamente magras, deixam de lado uma alimentação equilibrada e podem desenvolver anemia.

Por outro lado, não se pode negar que a vitamina A é útil para a visão e o betacaroteno, um bom antioxidante. No entanto, excesso de vitamina A pode provocar hipertensão intracraniana, isto é, aumento da pressão dentro do cérebro, e a criança pode sofrer convulsões. Excesso de vitamina D também tem contra-indicações sérias. Pode aumentar a incidência de cálculos renais e em outros órgãos, e provocar ossificação exagerada, ou seja, o osso perde a flexibilidade e fica mais sujeito a fraturas. Num país ensolarado como o Brasil, a necessidade de doses extras de vitamina D é bastante pequena.

Drauzio - Como se deve orientar as mães que gostam de dar suplementos com ferro para as crianças?

Wong – Excesso de ferro é perigoso, pois pode provocar problemas no fígado e nos rins. Uma cientista brasileira publicou um estudo bem fundamentado relacionando o excesso de ferro na infância ao desenvolvimento da doença de Parkinson no futuro. Normalmente, o ferro presente nos alimentos é suficiente para preencher as necessidades infantis e não há necessidade de doses suplementares.

EXCESSO DE MEDICAMENTOS NA TERCEIRA IDADE

Drauzio – Pessoas mais velhas, em geral, necessitam tomar vários medicamentos. São remédios para baixar o colesterol, controlar a pressão, o diabetes e as dores reumáticas. Muitas chegam a tomar de 10 a 15 comprimidos por dia. Se considerarmos que os problemas de visão e de memória se acentuam com a idade, qual a conseqüência do uso indevido de medicação na terceira idade?

Wong – Não gostaria de ser alarmista, mas infelizmente tenho que citar dados da literatura e da experiência pessoal. Embora seja pediatra, no departamento de toxicologia tratamos de pessoas de todas as idades e nas reuniões científicas internacionais de que participamos são discutidos casos independentemente da faixa etária que atravesse o paciente.

A medicação inapropriada, a automedicação e a autoprescrição, principalmente na terceira idade, é uma causa importante de morte. Um trabalho publicado recentemente na Finlândia mostrou que quase 25% das mortes de pessoas acima de 60 anos resultavam do acúmulo ou uso indevido de medicamentos. Há outros estudos afirmando que os eventos adversos aumentam conforme cresce o número de remédios prescritos. Se a pessoa estiver tomando cinco remédios, a incidência é menor do que 1%. De cinco a dez, passa para 8% e de dez a quinze, para 25%. Mais do que quinze, atinge 43%, quase a metade dos pacientes. Realmente, visão e memória comprometidas agravam a situação, mas esse não é o único ponto a considerar. Como os sintomas são diversos, a pessoa acaba consultando três ou quatro médicos diferentes e se esquece de contar para cada um deles o que o outro prescreveu. Resultado: a pessoa chega a tomar um número absurdo de comprimidos num único dia. Além disso, e infelizmente, muitos médicos não conhecem a interação dos medicamentos e sequer lêem a bula que acompanham os remédios.

Sabe por que, sendo pediatra, enveredei pelos caminhos da toxicologia? Por uma experiência que tive na UTI do Hospital das Clínicas. Uma garotinha de quatro meses foi internada com infecção. Demos-lhe um antibióticos dos mais potentes da época e a doença regrediu. Todavia, apesar do hemograma quase normal, ela continuava muito abatida. A conduta médica indicada em casos como esses é averiguar a existência de outras doenças que justifiquem o quadro. Para tanto, é preciso começar da estaca zero. A medicação foi reduzida a um antibiótico e a um remédio contra a dor e reintroduziu-se a alimentação normal da criança que, em 36 horas, estava disposta e corada.

É uma pena, mas isso acontece muitas vezes nos hospitais. No afã de combater uma doença, usamos remédios demais que interferem um no metabolismo do outro e acabam intoxicando ou neutralizando seus efeitos. Por isso, é sempre importante repensar a terapêutica adotada.

DIFERENÇA ENTRE REMÉDIO E VENENO ESTÁ NA DOSE

Drauzio – Todos os medicamentos têm efeitos colaterais ou há remédios sem essa característica?

Wong – Há uma frase de Paracelso, um famoso cientista suíço do passado, que ajuda a clarificar esse assunto: “Não há nada na natureza que não seja venenoso. A diferença entre remédio e veneno está na dose de prescrição”. A água, por exemplo, pode ser tóxica. Os afogamentos são causados por excesso de água e ela é um elemento de considerável importância nos casos de edema cerebral e pulmonar.

Seguindo a mesma linha de pensamento, por estranho que pareça, o veneno mais perigoso do mundo, a toxina botulínica, é usado hoje com efeitos terapêuticos e estéticos no botox.

Vale, então, o alerta para as pessoas que consideram inócuos os analgésicos e os antiinflamatórios porque a maioria é de prescrição livre. O ácido acetilsalicílico (AAS) indicado nos casos de reumatismo e para prevenir problemas cardíacos, se usado na vigência de certas viroses infantis, pode precipitar uma lesão hepática grave.

Drauzio – Vamos enfatizar essa informação porque é comum as mães darem AAS aos filhos com febre. Por que não se deve dar AAS para as crianças na suspeita de gripes, resfriados, varicela ou catapora?

Wong – Nas doenças febris, como a catapora ou varicela, e nas gripes fortes causadas pelo vírus da influenza, o AAS pode precipitar uma destruição maciça do fígado. Tanto isso é verdade que esse alerta foi transmitido aos pediatras do mundo inteiro e a incidência dessa complicação caiu, só nos Estados Unidos, de 1000 para 26 casos/ano. Além disso, apesar de ser convenientemente indicado no tratamento do reumatismo e na prevenção de problemas cardíacos, pessoas que foram operadas do coração e estão tomando anticoagulantes dicumarínicos não devem tomar doses excessivas de aspirina porque a recuperação se tornará mais difícil uma vez que o AAS é uma das causas mais importantes de sangramento gastrintestinal.

ANTIINFLAMATÓRIOS E ANALGÉSICOS: CONTRA-INDICAÇÕES

Drauzio – Quais as principais contra-indicações dos antiinflamatórios, medicamentos vendidos livremente nas farmácias?

Wong – O diclofenaco é o campeão de vendas de remédios no Brasil. Há pelo menos 40 marcas diferentes e ele é realmente útil para uma série de doenças podendo substituir o AAS no tratamento de entorses e dor nas juntas. Até para dor de garganta ele vem sendo usado ultimamente. Consumido em doses maiores, porém, ele aumenta a incidência de sangramentos gastrintestinais. E tem mais: muitos pacientes com dores reumáticas ou musculares, além de antiinflamatórios, tomam analgésicos para obter alívio maior da dor. Essa associação do diclofenaco (presente nos antiinflamatórios) com o paracetamol (substância encontrada em diversos analgésicos) aumenta o risco de lesões nos rins, especialmente nas pessoas acima dos 40 anos. Tais lesões chegam a ser tão graves que podem provocar parada da função renal. Por isso, a Associação Americana de Nefrologia já emitiu vários pareceres sobre o uso do paracetamol, pois associado a qualquer antiinflamatório pode aumentar a incidência de doença renal grave que, entre 10% e 30% dos casos, exige diálise.

Estudos epidemiológicos europeus e americanos já comprovaram esse fato. Portanto, o paracetamol deve ser usado com cautela e por tempo determinado e, se possível, procurar alternativas para sua indicação.

Fonte: Site Dr. Drauzio Varella