O mês de abril é dedicado à doença de Parkinson. A data foi escolhida para homenagear o médico James Parkinson, que nasceu no dia 11. Durante todo este mês, em vários países, inclusive no Brasil, estão sendo realizadas diversas atividades, principalmente campanhas de conscientização sobre a doença de Parkinson. Mas isso não basta!
É uma data para reflexão sobre como estão sendo tratados os portadores de Parkinson em nosso país. A falta de informação e o desconhecimento da população em geral e, pior, dos profissionais de saúde, é alarmante. A demora no diagnóstico por falta de conhecimento médico ou mesmo como tratar o paciente após o diagnóstico, seja medicamentoso ou mesmo por cirurgia, é uma realidade.
Além dos sintomas físicos, os portadores da doença têm de lidar com o impacto emocional causado pelas limitações que o Parkinson impõe e, principalmente, pelo preconceito e discriminação. E justamente por esse motivo, desenvolvem, paralelamente, doenças mentais como a depressão e a ansiedade. O que acontece é que faltam políticas públicas de saúde que alcancem pesquisa, diagnóstico e tratamento, assim como campanhas de esclarecimento e iniciativas de reinserção social dos doentes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 1% da população mundial com mais de 65 anos têm mal de Parkinson e estima-se que 400 mil brasileiros possuem a doença, sendo que a previsão para 2040 é a de que haverá no mundo em torno de 40 milhões de parkinsonianos.