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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Procedimento para acesso gratuito ao tratamento
da Doença de Parkinson (DP)

Fonte : Guia Prático do Paciente

Fala e Deglutição
na Doença de Parkinson

Dra. Alice Estevo Dias
Fonoaudióloga do Grupo de Estudos de Distúrbios do Movimento da Clínica de
Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Dr. Egberto Reis Barbosa
Livre Docente do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo.

Fonte : Fala e Deglutição
Vendendo o sonho das células-tronco
por Alysson Muotri em 21 de Novembro de 2008

Caso você seja um paciente com alguma doença incurável, como Mal de Parkinson, Alzheimer ou Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), saiba que existe uma clínica na Holanda que diz que pode ajudá-lo. O catálogo ou website informa que você pode ser curado com uma injeção de células-tronco aplicada embaixo da pele, num procedimento de apenas algumas horas. A clínica já tratou centenas de pessoas e atesta que tem resultados “surpreendentes”, com depoimentos emocionados de seus pacientes. Apesar do foco da clínica holandesa estar nas doenças do sistema nervoso, eles também aceitam pacientes com outras doenças, como artrite, lupus, insônia, disfunção sexual, queda de cabelo e falta de apetite.

Esse é só um exemplo de clínicas que estão oferecendo serviços baseados em células-tronco. Basta uma rápida procura na internet para encontrar centenas de sites, a grande maioria bem atraentes, com retratos de pessoas saudáveis e felizes, ou relatos de paciente atuais que foram “curados” ou tiveram uma melhora significativa. Muitas delas oferecem inclusive um pacote turístico junto, é o chamado turismo terapêutico. O custo varia muito, em geral em torno dos US$ 20 mil. Mesmo assim, existem milhares de pessoas na fila de espera. (...)

Mesmo assim, muitos pacientes continuam a procurar esse tipo de auxilio. Com justificativas do tipo “não me importa se ainda não foi provado cientificamente” ou “qualquer melhoria pra mim é bem vinda”, ou mesmo “não tenho nada a perder”, fica difícil de argumentar com pacientes que têm pressa na cura. A razão por trás disso inclui a divulgação exacerbada dos avanços das células-tronco pelos próprios cientistas e pela mídia em geral. Caso semelhante aconteceu na década de 80 com a “terapia gênica”. Com a morte de um voluntário, as pesquisas da área desapareceram por anos por falta de financiamento e só estão voltando agora. Um atraso científico e terapêutico irreparável. Será que já não teríamos a cura para diversas doenças se os avanços não tivessem sido interrompidos?

A esperança nas células-tronco é compartilhada por muitos, pacientes, familiares, pesquisadores, políticos. Infelizmente ainda não chegamos lá. Precisa-se investir muito em pesquisa básica. Ensaios experimentais clínicos devem ser controlados e sem retorno financeiro, garantindo a transparência. Sei que é difícil explicar isso para pacientes que se recusam a se conformar com seu estado. Mas acho que essa deva ser outra razão para que se pressione as agências de fomento governamentais a investir na área ou mesmo para organização de associações privadas, comandadas ou não por pacientes, que financiem pesquisas direcionadas para doenças específicas. Fonte: G1.