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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

ATITUDE: PALAVRA DE ORDEM!

Deixei um recadinho para nosso amigo Edgar, depois de ler sua postagem de hoje. Mas pensei que seria muito oportuno transcrevê-lo aqui tabém.

"Quase tudo que já li como descrição do Mal de Parkinson diz: "doença degenerativa, progressiva, incapacitante". Um dia lamentando minhas condições físicas, uma pessoa muito especial, com visão muito além da minha, disse: - "sua alma não tem parkinson". Então parei de sentir pena de mim mesma e cobrei respeito por mim. Não cobrei amor e respeito de outras pessoas. Cobrei amor e respeito de mim mesma. ATITUDE, é sim uma alavanca que nos move para o futuro. Temos limitações sim! Aceitar isso é questão de escolha de cada um. Sentir piedade ou não de nossa condição, também é escolha nossa. ATITUDE! E juntos vamos seguir em frente."

Não podemos exigir amor de quem convive conosco se não tivermos amor próprio. Igualmente não nos cabe esperar por respeito, quando nós mesmos não nos respeitamos. Se sofremos preconceito ou omissão por parte de algumas pessoas, não é porque somos pessoas despresíveis, mas porque essas pessoas não estão capacitadas ao amor verdadeiro, legítimo e incondicional, que nos coloca a todos num mesmo patamar de igualdade, onde as diferenças não devem ser fatores limitantes, mas sim agregador, somando experiências novas em nossa vivência, onde não separamos o "diferente", mas o acolhemos como "amigo".

Se temos limitações causadas pela doença, e não falo apenas do mal de Parkinson, nossa incapacidade é apenas física. No caso de pessoas preconceituosas e omissas o grau de incapacidade é muito mais grave.

E eu volto aqui a falar sobre a "Lei da Atração": se sinto-me pequena, só vou atrair coisas pequenas; se tenho medo de tentar só vou obter resultados frustrantes; se lamento minha condição apenas vou receber piedade das pessoas. Mas se tenho por mim mesma uma atitude de respeito, é respeito que vou receber das pessoas.

Não importa se somos pedreiro, balconista, dona-de-casa, empresário... temos que procurar o melhor naquilo que fazêmos. De nada adianta talento sem paixão.

Eu procuro a "excelência" a cada dia, apesar das limitações ou mesmo por causa delas eu procuro fazer o melhor que eu posso, em pequenas ou grandes decisões. Aprendi, nesta minha jornada, que a melhor escolha é a que se faz com o coração.

Sinto que tenho facilidade em me comunicar em palavras escritas, e isso não me faz melhor que ninguém. Isso apenas me dá a oportunidade de compartilhar minhas melhores vivências e as piores também. Sem a intenção de ser "modelo" de nada, meu maior anseio é mostrar que se eu superei, todos são capazes igualmente de superar momentos difíceis.

Um tijolo no alicerce de uma construção tem igual importância ao tijolo que está na cumieira, com funções diferentes, mas cada um desempenha o seu papel.

Já lamentei inúmeras vezes pela doença, mas agora não mais. Se não fosse pelo Parkinson eu teria deixado de conhecer muitas pessoas, eu teria deixado de fazer coisas que hoje julgo de grande importância no meu aprendizado de vida, porque na realidades cada um de nós é da vida um aprendiz. Se não fosse pelo Parkinson eu talvez nunca tivesse conhecido a Associação, nunca tivesse feito um blog, nunca teria me aproximado de vocês. Por isso tudo, já valeu toda minha caminhada até aqui.

Como escrevi outro dia eu escolhi ser feliz, mas não tenho o propósito de ir só. Estou esperando cada um de vocês, porque não dá para ser feliz sozinho!

Montanhas de abraços da amiga *TT.

Um comentário:

Baldoino disse...

Tetê, vejo que vc e o amigo Edgar batem um bolão, o Conversa de Parkinsoniano, ja faz parte do cotidiano da família da Parkinsoniana.