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sábado, 21 de março de 2009

Conversa com o neurocientista Iván Izquierdo

saúde

silêncio, por favor

Os ruídos atrapalham nossa qualidade de vida, acredita o neurocientista Iván Izquierdo. Mais: a profusão de estímulos pode afetar nossas memórias e emoções


Por Tatiana Bandeira
Revista Vida Simples - 02/2009

Para o neurocientista Iván Izquierdo, há ruídos demais no mundo. E, para saber diferenciar no meio da balbúrdia o que faz diferença, só usando o que se aprende desde pequeno: o bom senso. Ou cantar como Balu, o urso que adora aproveitar a vida no filme Mogli: “Eu digo o necessário, somente o necessário. Por isso que nessa vida eu vivo em paz”. Aos 71 anos, o coordenador do Centro de Pesquisas da Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e hoje pesquisando “basicamente o que faz com que as memórias persistam por mais tempo”, como diz, Izquierdo defende a necessidade de fazer escolhas – para escapar de tanto ruído. E sabe do que fala. Ele é autor do livro Silêncio, por Favor, no qual analisa a sociedade contemporânea e os ruídos – os mais variados possíveis – que atrapalham a qualidade de vida. O médico e pesquisador argentino, radicado no Brasil desde 1973, chama a atenção pela produção nada silenciosa: 630 artigos publicados, a maioria sobre a memória, e 18 livros. O mérito consiste em mesclar ciência e humanismo em boa parte de suas obras. Em uma sala coberta de publicações, ele conta, após desligar um rádio, que usa há dez anos aparelho auditivo. “Mas só em um ouvido”, faz questão de reforçar.

Fonte : Planeta Sustentável

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