Em 55% dos casos a intervenção cirúrgica traz muitos
benefícios para o doente
Distonia: Doença prejudica vida familiar e laboral
Os músculos errados contraem-se quando tentamos mover-nos ou contraem-se desnecessariamente mesmo quando não queremos, causando torções descontroladas, tremores e contracções. Todos estes sintomas correspondem a um caso típico de distonia, uma doença de baixa incidência, mas altamente incapacitante. O Hospital de Santo António, no Porto, operou recentemente, pela primeira vez, uma doente distónica.
Os primeiros indícios são de sucesso, e espera-se que Sara Cristina recupere a capacidade de escrever e de agarrar os objectos com segurança. No entanto, os resultados visíveis desta cirurgia podem demorar em alguns casos até seis meses a aparecerem.
"Em média, 55 por cento dos doentes melhoram. Não há forma de prever, mas é sempre de esperar melhorias", explicou ao CM o neurologista Alexandre Mendes, elemento da equipa médica responsável pela cirurgia. "É importante que o doente entenda bem os benefícios e os riscos e decida", acrescentou.
Os riscos são baixos, verificam-se em um a dois por cento dos casos, e traduzem-se numa possível hemorragia cerebral ou numa infecção intracraniana. Também na abertura das meninges é susceptível a entrada de ar. Há ainda as complicações mecânicas, em que o eléctrodo se parte ou desloca.
Fonte : Correio da Manhã
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