Visualizações de página do mês passado

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Equipa com portugueses identifica gene crucial

LUSAHoje[Photo

]Descoberta ajuda a compreender melhor características das células estaminais e também a forma de as obter a partir de células diferenciadas Uma equipa internacional de que fazem parte investigadores portugueses identificou um gene crucial (Chd1) para a capacidade das células estaminais embrionárias se diferenciarem em qualquer tipo de célula, num estudo publicado pela revista científica Nature. Alexandre Gaspar Maia, primeiro autor do estudo, disse que esse gene "tem também uma função na reprogramação de células diferenciadas em células estaminais pluripotentes induzidas", conhecidas por IPS (acrónimo em inglês). A descoberta ajuda a compreender melhor não só as características únicas das células estaminais mas também a forma de as obter a partir de células já diferenciadas, evitando os problemas decorrentes da utilização das células estaminais embrionárias. A relevância das IPS está em poderem ser feitas "à medida" e por continuar limitado, por razões éticas, o uso das células estaminais embrionárias. As IPS podem ser obtidas a partir de células diferenciadas de pacientes com doenças degenerativas, como Parkinson, e mesmo diabetes, sendo também possível usá-las para estudar in vitro os mecanismos do desenvolvimento dessas doenças e experimentar novos fármacos. Eventualmente, segundo Gaspar Maia, as IPS poderiam também ser usadas em terapias de reintrodução celular. "Mas para essas tecnologias serem possíveis, é necessário compreender o processo de reprogramação para o estado pluripotente, de modo a fazer células IPS de um modo mais eficiente e seguro", observa o investigador. A equipa de Gaspar Maia, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra e de Miguel Ramalho Santos, da Universidade da Califórnia, nos EUA, tem-se dedicado a estudar os mecanismos moleculares das células estaminais e identificou recentemente vários genes detectados em grandes quantidades nas células pluripotentes. O trabalho publicado pela Nature debruça-se sobre a potencial ligação entre um desses genes, o Chd1, e a pluripotência das células estaminais embrionárias. Embora esta investigação tenha sido feita a partir de células de ratinhos, o gene Chd1 existe nos humanos em quantidades muito mais elevadas nas células estaminais embrionárias do que nas células diferenciadas, sugerindo que a pluripotência associada a esse gene também funciona em humanos.

Tags: Ciência, Genética

Nenhum comentário: