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Sou anomalia insidiosa, a me insinuar, manifesto-me pela simples diminuição de seu piscar, em seu olhar fixo, em seus lentos movimentos.
Entranho-me na monotonia de sua voz, na oleosidade lustrosa, graxento de sua face ,nos tremores manifestados em suas mãos, que lhe são involuntários.
Sou a perda de neurônios a lhe roubar à dopamina, a lhe alterar os movimentos, a lhe causar problemas mentais, a lhe tornar a macha difícil.
Na fertinação do movimento acelerado, ou na casualidade congelada de sua locomoção, torno-me rigidez muscular.
Sou a degeneração de seu sistema nervoso central, sem causa conhecida, sem cura.
Sou a idiopática doença de PARKINSON.
Atente...
Lufague
2 comentários:
A gravura nos leva a um símbolo da liberdade, acho que essa foi a idéia do executor da matéria, sem duvida um brado à liberdade e ao direito de viver dos Doentes de Parkinson. Um retrato e um recado aos nossos governantes e legisladores que deveriam apoiar todas as iniciativas de saúde aos doentes portadores de doenças graves.
Esse foi o símbolo em homenagem a Mohamed Ali que a National Parkinson Fundation utilizou quando ele foi campeão em 1960 nas Olimpíadas.
Tornou-se o melhor lutador de boxe do seu tempo, hoje é considerado o rei do boxe mundial.
Mohamed Ali não tem a doença de Parkinson, mas uma afecção denominada parkinsonismo do pugilista, uma síndrome parkinsoniana, pois tem todas as características da doença de Parkinson, mas não é a própria doença. Em 2001, Will Smith interpretou Mohamed Ali no filme Ali.
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