Visualizações de página do mês passado

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Inclusão Pelo Toque

Instituto ensina massagem oriental a deficientes visuais e melhora perspectivas de vida e de trabalho

Mônica Tarantino

chamada.jpg
PRÁTICA
O massoterapeuta cego Fernando Tsukiyama (à esq.) atende paciente sob supervisão de Takahama

Todo vestido de branco, o deficiente visual José Luiz Oliveira, 39 anos, chega cedo à praça Benedito Calixto, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Depois de tomar um café e fazer exercícios de alongamento para braços, pernas e coluna, ele está pronto para dar início às sessões de massagem que variam entre 15 minutos e uma hora. Das 9h até cerca de 19h, ele atenderá, em média, 30 pessoas. Na mesma sala, cedida gratuitamente para massagem pela associação dos amigos da praça, encontramse mais duas massagistas com deficiência visual, Aparecida Santos e Samantha Gouvea. Os três são formados na mesma instituição, a Escola Profissionalizante Oniki, na Vila Guilhermina, zona leste de São Paulo. Antes de estudar massagem, Oliveira era pedreiro, armador e eletricista. Há nove anos, perdeu a visão por causa de glaucoma e uma doença chamada retinose pigmentar. Passou por muitas dificuldades até ser levado pela irmã, Maria da Saúde, também cega, à escola de massagistas. Agora, Oliveira diz que não tem mais do que se queixar. “Aprendi a fazer massagem oriental, tenho uma profissão e ganho o suficiente para me sustentar. Voltei a me sentir bem”, explica ele, que recebeu o diploma de massoterapeuta há dois anos e encontrou um caminho para a inclusão no mercado de trabalho. “Alunos como Oliveira são a concretização do ideal do fundador da escola, o massagista Ichijiro Oniki”, diz Fernando Takahama, administrador da escola que já formou 100 massagistas com deficiências visuais. (...) segue

img1.jpg
RECUPERAÇÃO
Oliveira massageia o médico Abel Menezes. Depois do curso, ele voltou a se sustentar

Fonte: Isto É

Nenhum comentário: