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terça-feira, 23 de março de 2010

Pouca fiscalização torna terapia online arriscada

Orientação pela internet depende da idoneidade do psicólogo e do cliente para não fugir à lei

Camila Neumam e Luiz Augusto Siqueira, do R7

Getty Images
Foto por Getty Images

Todos os sites devem apresentar um selo de certificação
concedido pelo Conselho Federal de Psicologia na página inicial

A consulta com psicólogos pela internet vem se espalhando pelo país nos últimos anos. Autorizada pela resolução nº 012/2005 do CFP (Conselho Federal de Psicologia), a prática chamada "orientação psicológica" permite que maiores de idade façam sessões pelo MSN, Skype ou qualquer outra ferramenta de bate-papo online, para que o profissional aconselhe de forma pontual, em no máximo dez sessões, seu cliente virtual.

A prática não pode ser confundida com a psicoterapia, de caráter longo e presencial.

Segundo o CFP, o profissional que ultrapassar esse prazo e desrespeitar as regras, como a de não manter o sigilo da conversa, por exemplo, pode responder a um processo ético e, em último caso, ter seu registro cassado.

Embora a prática ainda seja tímida no Brasil - dos 65 websites cadastrados no CFP, 30 estão proibidos de "clinicar", seis esperando pela renovação e 29 autorizados até esta sexta-feira (19) - deixa dúvidas quanto a sua segurança e rigor. Como o cliente pode ter a certeza que é um psicólogo que fala do outro lado da tela? E o psicólogo, de que fala com um maior? Como ter certeza de que sua orientação não vai "vazar" pela internet? É possível fiscalizar o número exato de sessões realizadas?

O caminho para fazer a consulta online é bem simples: acesse o site do profissional, preencha um cadastro com os dados, espere a resposta do site, faça o pagamento e adicione o profissional em sua rede de contatos do Skype ou do MSN. O uso da câmera pode ajudar no processo, mas não é tudo.

Todos os sites devem apresentar um selo de certificação concedido pelo CFP na página inicial. No próprio site do conselho há um link com a relação de sites que pediram autorização para funcionar. Lá, é possível conferir o status de cada site: aprovado, em renovação ou expirado. Os que já expiraram ou estão em renovação não podem operar, segundo a conselheira do CFP, Andrea dos Santos Nascimento. Mas, conforme foi observado pela reportagem, alguns que estão com o selo expirado ou em renovação continuam oferecendo o serviço na internet. (...)segue

Fonte : R7 noticias/saúde

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