Por Cristina Almeida
Entre todas as terapias complementares, a homeopatia é a mais popular. O princípio que fundamenta o método baseia-se no uso da lei dos semelhantes, já referida por Hipócrates no século IV a.C. Para os homeopatas, “semelhante cura semelhante”. E isso significa que uma doença deve ser tratada por alguma substância capaz de provocar sintomas idênticos em uma pessoa sadia. E como o corpo reage a esse tipo de intervenção? Segundo o médico Carlos Alberto Fiorot, presidente da Associação Médica Homeopática Brasileira, essa é uma questão que intriga a todos os que observam a terapia e os seus efeitos.
A importância da consulta
Fiorot explica que a maioria das pessoas tende a pensar e a ver as coisas de forma mecanicista: o corpo é tido como algo em estado de inércia. Se ele adoece, a causa foi um motivo externo. Para reagir ou melhorar, precisa de outro fator causal: um efeito químico, molecular, etc. “Essa seria a força suficiente e necessária para aliviar ou suprimir aquele estado”, diz. “Entretanto, o corpo é algo com vida própria. E se entendermos o organismo com essa mesma força, isto é, algo vivo, é fácil concluir que, se dermos a ele um tratamento que coloque essas forças em movimento, e no sentido da cura, ele dispensará fatores ou moléculas externas, que agiriam por si”, completa.
O objetivo da terapia, então, é recolocar o paciente no centro do paradigma da atenção. Assim, as consultas com especialistas, que são médicos formados em escolas tradicionais de Medicina, mas têm especialização em homeopatia, serão ligeiramente diferentes. A avaliação compreenderá as dimensões física, psicológica, social e cultural, pois a doença é vista como uma expressão da ruptura do equilíbrio dessas diferentes dimensões. Exames laboratoriais e radiológicos podem ser solicitados para o diagnóstico.
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Fonte : Revista VivaSaúde
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