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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sensor inserido na pele ajuda diabético a medir glicose sem picadas nos dedos

Do R7

Sistema manda informações para receptor do tamanho de um celular






Foto Reprodução
Sensor (à esq.) pode ficar
implantado por mais de um ano,
diabético de medidor convencional

PublicidadeEngenheiros da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, criaram um sensor que é inserido na pele para medir o nível de glicose de sangue, o que pode ajudar portadores de diabetes a controlar a doença sem o incômodo de aparelhos que exigem picadas nos dedos para fazer esse registro. O implante funciona por mais de um ano e pode ser substituído.

Diabetes é uma doença em que a insulina do corpo ou é destruída ou não age de forma adequada. Sem esse hormônio, a glicose não chega até as células, que precisam dela para transformá-la em energia. Por isso, são necessárias medições constantes nos níveis de glicose, para manter o problema sob controle. O diabetes é uma das doenças crônicas que mais atingem os brasileiros, chegando a 3,6% da população em geral.

O aparelho tem cerca de 3,8 cm de diâmetro e 1,5 cm de espessura e poderia ser implantado em um procedimento de ambulatório, sem necessidade de internação. As informações sobre a glicose são enviadas para um receptor de dados do tamanho de um celular – as informações poderiam inclusive para um programa instalado nesse tipo de telefone.

O sensor pode ser usado para alertar os pais se o nível de glicose dos filhos caíssem para níveis perigosos durante a noite, diz David Gough, principal autor de um estudo sobre o assunto, publicado pela revista científica Science Translational Medicine.

– Há pais com filhos diabéticos que perdem as noites de sono pela preocupação de que as crianças tenham hipoglicemia à noite.

Gough diz que a vantagem é que o monitoramento do problema passaria a ser constante.

– Hoje, o tratamento exige quatro picadas por dia nos dedos para medir os níveis de glicose, mas essas taxas podem variam bastante entre cada análise. Nós estamos indo na direção de algo é que é automático e bastante discreto.

O sistema já foi testado em animais e agora deve ser analisado em humanos.

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