Você está sentindo dores e há tempos procura uma brecha na agenda para marcar uma consulta. Enfim, consegue. Vai ao médico, responde às perguntas sem muita precisão; afinal, você deixou vários compromissos de lado para ir até lá. Ouve, sem dar muita atenção às recomendações do médico, sai do consultório com a prescrição de alguns medicamentos e um pedido de exame. Semanas depois, você encontra essas solicitações em meio às revistas que estavam no banco do carro...
É essa a relação que você tem com o seu médico? Ou melhor, com a sua saúde? Então cuidado, porque, ao “boicotar” um tratamento ou a realização de um exame, o maior prejudicado é você. “O paciente é co-responsável pela sua saúde. O médico faz a parte dele, que é diagnosticar e propor o tratamento, o que corresponde à metade do trabalho. Os outros 50% ficam por conta do paciente, ao aderir ao tratamento e seguir as recomendações”, explica a dra. Ana Merzel Kernkraut, coordenadora do Serviço de Psicologia do Einstein.
Seja por conta do pouco tempo da consulta ou por ter uma agenda lotada, o fato é que cada vez mais as pessoas relegam a saúde para o segundo, terceiro, último plano. São raros os casos de pacientes que vão até o médico como atitude preventiva, só para fazer um checkup e saber se tudo vai bem. O Espaço Saúde conversou com especialistas para levantar os pontos mais importantes na hora de marcar a consulta, entender as recomendações médicas e seguir o tratamento. Confira.
Escolha do médico
O hábito de olhar o livro do convênio e selecionar um profissional por comodidade ou indicação é um engano. É preciso buscar informações sobre o médico: onde ele se formou, que treinamentos e especializações fez, que casos costuma tratar. “O paciente precisa ter essa atitude crítica porque é a escolha da pessoa que vai tomar conta da sua saúde por uma consulta ou pela vida toda”, enfatiza a dra. Raquel Dilguerian de Oliveira Conceição, médica responsável pela Revisão Continuada em Saúde do Einstein.
Antes da consulta
Não sinta vergonha de fazer uma lista com todos os sintomas que o fizeram marcar consulta. Em caso de dor, por exemplo, vale anotar qual a intensidade, há quanto tempo existe, como e se desaparece.
Leve os exames realizados e, se for levar vários, separe-os em ordem cronológica para facilitar o entendimento do médico. “É muito bom ver o paciente com a lista. Isso é uma prova de que ele parou por cinco minutos para pensar na sua saúde”, afirma a dra. Raquel.
Durante a consulta
É preciso questionar, querer saber os porquês
Cabe ao médico ser claro em sua explicação e ao paciente, questionar e esclarecer todos os pontos que não tenha entendido. Acreditar que o médico fala e o paciente apenas ouve é uma atitude que já faz parte do passado. Não se pode ser passivo na consulta; afinal, é a sua saúde que está em discussão. “É preciso questionar, querer saber os porquês”, comenta a dra. Raquel. (...) segue
Fonte : www.einstein.br
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