Rafaela Carvalho, da Agência USP
SÃO PAULO - O organismo de crianças menores de 5 anos e de idosos acima de 60 reage de forma diferente quando se expõe à poluição atmosférica da cidade de São Paulo. Segundo uma pesquisa apresentada na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, as doenças respiratórias podem aparecer nas duas fases da vida, mas os idosos sofrem também com problemas no aparelho circulatório.
Para a tese de doutorado "Ambientes atmosféricos intraurbanos da cidade de São Paulo e possíveis correlações com doenças dos aparelhos respiratório e circulatório", a geógrafa Edelci Nunes da Silva analisou a parte Sul/Sudeste da cidade de São Paulo, dividindo-a em 14 distritos: Ibirapuera, Moema, Vila Mariana, Santo Amaro, Campo Belo, Socorro, Saúde, Cursino, Sacomã, Jabaquara, Cidade Ademar, Pedreira, Campo Grande e Cidade Dutra.
Nessa região, há duas estações meteorológicas, uma no Aeroporto de Congonhas e outra no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. A partir delas, a pesquisadora teve uma boa base de dados para avaliar o clima nesses distritos entre os anos de 2003 e 2007.
Para a realização da pesquisa, Edelci fez uma associação estatística entre dados de internação e variáveis climáticas como temperatura, umidade relativa do ar, amplitude térmica e índice de conforto. Assim, foi possível separar os distritos por perfis socioambientais, que mostraram que a poluição atmosférica não era sempre o principal fator de aumento do risco de internações. “A temperatura e a amplitude térmica também são fortes fatores de influência”, diz a pesquisadora. (...) segue
Fonte : Estadão.com.br/Saúde
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