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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Apoio de cuidadores muda a vida de quem sofre de Mal de Parkinson

Em Bauru, um grupo multidisciplinar oferece atendimento gratuito aos doentes.

Mal de Parkinson: uma doença que atinge uma a cada cem pessoas com mais de 50 anos no brasil. Embora sem cura e ainda bastante temida, ela já possui tratamentos que garantem a qualidade de vida do paciente.

Em Bauru, um grupo multidisciplinar oferece atendimento gratuito aos doentes e aos cuidadores, que, aliás, têm papel fundamental no tratamento.

A doença é causada pela falta de dopamina no cérebro, uma sustância que controla os movimentos do corpo. Há também um componente genético, porém, não é isso que determina a doença. O diagnóstico depende da avaliação do médico e não é simples, de acordo com esta neurologista, porque os sintomas são semelhantes aos de outras doenças.

"Tem remédios que o efeito colateral provoca quadro que se parece com a doença. Existem outras doenças neurológicas, tumores, que podem se parecer com a doença de Parkinson, há várias causas para os tremores mais frequentes do que a doença. Todo mundo que treme pensa que tem Parkinson, mas muitas vezes não é. O outro lado, que não treme é o que mais precisa de tratamento, que mais tem complicações", explica a médica neurologista Andréa Bruno.

As sessões de exercícios treinam pontos de deficiência: como equilíbrio, fortalecimento muscular e a marcha, ou seja, o ritmo da caminhada. "Não pode parar a fisioterapia, a marcha fica cada vez mais parada, vai agravando. Por isso não pode parar. Inclusive também é importante associar com os medicamentos", ressalta a fisioterapeuta Letícia Silva Orquisa.

Para ajudar os pacientes e cuidadores a lidarem melhor com a doença, as fisioterapeutas fazem parte de um grupo que reúne profissionais de várias áreas. 85 pacientes são atendidos de graça. Eles participam de sessões de fonoaudióloga e de psicologia, fundamental para o tratamento.

"Quando a pessoa descobre, primeiro entra em depressão porque começa a ver limitações. Precisamos trabalhar o emocional para ter qualidade de vida. Para que saia e continue no mesmo ritmo. as limitações levam ao isolamento. Nós trabalhamos esse isolamento", explica a psicóloga Beatriz de Andrade.

A memória também é estimulada numa atividade em grupo. Participam do grupo parkinsoniano e também cuidadores, geralmente pessoas da família, que acompanham os tratamentos, como Dirce Silva, esposa de Reinaldo, que descobriu a doença há poucos anos. "É importante para o parkinsoniano o apoio dos cuidadores. A gente incentiva e quando retorna pra casa volta outra pessoa", conta.

Fonte: Tem Mais Notícias

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