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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Os protegidos


Recentemente falei um pouco das nossas pesquisas no encontro que tivemos entre os pesquisadores do Centro do Genoma e pacientes com distrofias, humanos e caninos no GENOCÃO, na USP.

Contei dos nossos avanços com células-tronco, mas não de uma outra pesquisa também muito importante. Ela trata de cães muito especiais Ringo, Suflair e seus primos americanos que chamei de “os protegidos”. Esses nossos amigos caninos têm uma mutação que causa ausência de uma proteína muscular, a distrofina, que é essencial para a manutenção dos músculos. Sem ela eles degeneram e levam a uma fraqueza progressiva. Meninos que nascem sem distrofina no músculo – afetados pela distrofia de Duchenne ou DMD- vão perdendo as forças e aos 10-12
anos já não conseguem mais andar.

Cães sem distrofina são muito afetados

Cães que nascem com uma mutação que leva a ausência da distrofina, geralmente da raça golden retriever (GRMD) são clinicamente muito afetados. A maioria não chega aos dois anos de idade. Os que sobrevivem não conseguem correr, têm problemas para engolir e frequentemente comprometimento cardíaco também. Por isso tentativas terapêuticas com esses animais são tão importantes. Se conseguirmos bons resultados com eles, estaremos a um passo de iniciar pesquisas clínicas com seres humanos,(...) segue

Fonte : Revista Veja - Mayana Zatz

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