MARIANA LENHARO
Entre as mulheres, a associação entre o tabagismo e o Transtorno Mental Comum (TCM), um quadro psiquiátrico caracterizado por esquecimentos, falta de concentração, irritabilidade e dores de cabeça e de estômago sem fundamento físico, é de 41,2%. Essa foi uma das conclusões de um estudo desenvolvido na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) pela psicóloga Danuta Medeiros.
Entre os homens, porém, a associação entre o fumo e o distúrbio não é relevante estatisticamente, segundo a pesquisadora. Danuta diz que escolheu esse tema para seu estudo ao observar os dados do Inquérito de Saúde no Município de São Paulo (ISA – Capital 2003), baseado em questionários feitos por profissionais de saúde em domicílios. Ela conta que, desde o início, notou a relação entre tabagismo e TMC nas mulheres, mas ressalta que os sintomas da doença, muitas vezes, são vistos como “frescura”.
“Trata-se de um transtorno leve, mas que atrapalha muito o dia a dia do indivíduo. Se fosse melhor diagnosticado e tratado, poderia não chegar a se tornar uma depressão mais profunda, por exemplo”, acredita Danuta. Ela esclarece que seu estudo não pode determinar ainda se o cigarro é um fator de risco para o aparecimento do transtorno ou se é o próprio distúrbio que torna as mulheres mais propensas ao vício.
De acordo com o médico pneumologista Adriano César Guazzelli, coordenador do Ambulatório de Combate ao Tabagismo da Faculdade de Medicina do ABC, existem diferenças entre o homem e a mulher na forma como lidam com o cigarro. (...) segue
Fonte : Jornal da Tarde/Saúde
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