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quinta-feira, 28 de junho de 2012

A LIÇÃO DO MÁRMORE


No museu de fama internacional o piso coberto por belíssimos azulejos de mármore recebia visitas todos os dias, especialmente para admirar uma estátua, toda em mármore, enorme, exibida no salão de entrada. Pessoas do mundo inteiro vinham admira-la. Os mais entendidos se detinham em observar a perfeição de seus traços. Os românticos falavam da suavidade das linhas, mas todos sem exceção elogiavam sua beleza. Certa noite os pisos de mármore começaram a falar e reclamar com a estátua.
“- Estátua, isso não está certo, absolutamente não! As pessoas vem, pisam e pisam em nós só para admirar você. Ninguém olha para nós e muito menos se dá conta que também temos nossa beleza. Isso não é justo.”
“- Meu querido amigo piso de mármore, você ainda se lembra de quando eu e você estávamos na mesma caverna?” Perguntou a estátua.
“- Sim, é por isso que eu acho tudo muito injusto. Nós nascemos da mesma caverna e agora recebemos tratamento tão diferente. Não é justo.” Chorou novamente o piso.
A estátua continuou a explicar.
“- Então você ainda se lembra do dia em que o artista tentou trabalhar em você, mas você resistiu bravamente as ferramentas?”
“- Sim. Claro que me lembro. Odiei aquele sujeito. Como pode ele usar aquelas ferramentas em mim, doeu de mais.”
“- Isso é certo. Ele não pode trabalhar nada em você, porque você resistiu a sua ação. Quando ele desistiu de você veio para mim. Eu era um bloco de mármore sem forma. Em vez de resistir como você imediatamente soube que ele me transformaria em algo diferente. Não resisti, Agüentei firmemente todas as ferramentas dolorosas que ele usou em mim.”
O piso resmungou alguma coisa e a estátua concluiu.
“- Meu amigo, há um preço para tudo na vida. Nem sempre é fácil. As vezes é muito difícil e doloroso, mas temos que aprender e suportar os sofrimentos procurando crescer e aprender para nos transformar em algo mais belo.”
Assim como o piso de mármore somos nós. Quase sempre resistimos e nos rebelamos contra tudo que signifique disciplina, ordem, sacrifício. Preferimos as coisas fáceis que não requeiram esforço nem perseverança. Entretanto para que burilemos o espírito é imperioso que nos amoldemos ao martelo da dor, nos dobremos as leis da disciplina e obedeçamos a ordem. O cinzel e todas as ferramentas do escultor são na vida os conselhos dos mais experientes, as exigências dos nossos pais, professores e chefias, que em verdade somente desejam que nos tornemos criaturas melhores produzindo o bem.
Momento Espírita

Grande e afetuoso abraço e um beijo em vossos corações.

Até a próxima!

Humberto PK-13

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