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sábado, 16 de junho de 2012

VIVER O PARKINSON OU VIVER COM PARKINSON

Só aquele que vive uma situação pode realmente saber como é para os outros.
É por isso que em uma reunião de alcoólatras participam e fazem depoimentos aqueles que são doentes para o álcool. Até mesmo o dirigente dessas entidades de auxílio ao viciado tem que ser um dependente ou como são denominados; adictos.
No Parkinson o mesmo não acontece. Não há uma obrigatoriedade para que o dirigente seja doente, mas indiscutivelmente tem pelo menos que ter alguém muito próximo e que ame muito para estar no meio com a intenção  de minorar os sintomas da doença.
Quando o doente adoece a família também adoece, e se não há um fator de equilíbrio e uma base sólida, baseada no amor e querer bem a família acaba se desfazendo.
Conheço parkinsonianos que foram abandonados pela família, justamente por vergonha e interesses materiais, e isso é muito triste.  Choca saber que quando mais se precisa do apoio familiar é aí que descobrimos com quem vivemos .
Para o portador da Doença de Parkinson e para sua família há a necessidade de um acompanhamento terapêutico e psicológico, mas o mais importante é continuar fazendo as mesmas coisas que faziam até então, evidentemente observando e respeitando as limitações provocadas pela doença.
O abatimento e a depressão são sintomas característicos de qualquer doença, porém não devemos dar margem a que esses sentimentos tomem conta de nossas vidas. Se assim for o sofrimento de quem é acometido pelo mal será, no mínimo, dobrado.
Não devemos nos abater, nem desistir de continuar vivendo com qualidade, autoestima e principalmente amor a vida.
Façamos cada dia uma nova etapa para nosso próprio crescimento íntimo. Afinal de contas o grande benefício que a Doença de Parkinson nos possibilita é fazer uma constante reflexão sobre nossos valores e conceitos, observando como devemos nos posicionar diante da sociedade, como um todo, vivendo essa nova realidade.
A doença não deve determinar o que você é e o que faz, nós somos donos de nosso próprio destino. Por isso não devemos nos submeter aos “caprichos” da doença. Nós somos muito mais que tremores e rigidez muscular.
Grande e afetuoso abraço e um beijo em vossos corações.
Até a próxima!
Humberto     16/06/2012

Um comentário:

Unknown disse...

Humbertão, gosto de chamar vc dessa forma, você fala como gente grande, mas vejo que seu crescimento esta em saber viver como parkinsoniano, nos coloca algo muito importante a família é tudo que um PK precisa e tudo para se ter um bom tratamento, plagiando é o amor, é paciência, é carinho, é conhecimento, é fé.
Um feliz final de semana e nosso mui obrigado pela linda mensagem e estar aqui conosco.