Encontrei
este relato hoje no Facebook:
“Pequenas histórias
Senhor Antônio vende côco na praia, pela fustigada
pelo sol, aparenta mais idade do que realmente tem. Seu braço esquerdo junto ao
corpo, quase imóvel, empresta-lhe um ar sombrio e incômodo. Quando se
movimenta, o braço teima em ficar quieto. ao pegar o facão, o braço treme e
teima em não lhe emprestar a serventia necessária ao ofício. No silêncio, na
observação, volto-me as reflexões de uma parkinsoniana que medicada, instruída
vivencio os sintomas e aprendo a me adaptar as minhas dificuldades, me encontro
em uma posição confortável. Ao conversar com ele, descubro que ele não está
diagnosticado, mesmo acompanhado por clínicos. Os problemas de sono, depressão,
cansaço e isolamento pesam sobre seus ombros e ele continua sem saber o que
está acontecendo...
Até quando???”
Meu comentário:
Eu mesma, tendo condições de ser atendida por um
sistema de saúde particular além do público, esperei por dois anos, consultando
além de neurologistas, outras especialidades médicas, para ter um diagnóstico
correto. Ainda hoje conheço neurologistas clínicos que são sabem bem como
tratar a DP. Uma médica que consultei ano passado falou muito friamente: - “Parkinson? não há nada a ser feito. É daqui
pra pior”.
Mas sempre estou buscando informação e já consegui
um grande passo, (à espera da cura que não tarde demais), ao menos estou
estabilizada. Sei que sem recursos não há mesmo muito a ser feito. Orientação é
fundamental.
O tratamento da DP não é só medicamentoso. Exige
sim acompanhamento em outras áreas como prioridade à fisioterapia e nutrição.
Mas não dá para descartar o acompanhamento psicológico, principalmente no
início, logo após o diagnóstico, (que não raro nos cai como uma bomba).
A depressão, que para a maioria dos diagnosticados
acontece, deve ser tratada logo no início. Ao paciente parkinsoniano deve ser
dadas informação, orientação e condição para encaminhar sua vida a partir do
diagnóstico.
Eu infelizmente não tive nada disso no início.
Penei um bocado até compreender a dinâmica desta doença e suas implicações.
Hoje, vencida a depressão, sinto que estou bem estruturada, e a DP não tem mais
o peso de antes. Sinto que com exercícios físicos diários e dieta mais bem
cuidada estou fisicamente mais disposta que no início.
Mais que preciso é precioso dizer que
aprendi a conviver com o Parkinson muito mais "virtualmente", com a
vivência e experiências de amigos dos
blogs, chats e face, que nos próprios consultórios médicos.
E relembrando o que aprendi com minha convivência
com Sr. Parkinson: - "Ele é só um
vizinho chato que um dia fará suas malas e irá embora... NOSSO CORPPO TEM
PARKINSON, NOSSA ALMA NÃO".
Abraços fraternos, *TT
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